sábado, 30 de março de 2019

Downhill Lullaby


No momento ouvindo a música nova da Sky Ferreira no repeat enquanto decido qual texto ler. Inclusive, essa semana está sendo muito boa no mundo da música, vários lançamentos das minhas deusas.
Primeiro a Grimes lançou Pretty Dark que eu ouvi até cansar (ainda não cansei). É linda demais e me lembra um romance alienígena, do jeito que a Grimes faz muito bem, misturando uma coisa fora-do-mundo com sentimentos muito humanos ao mesmo tempo. Acho que é uma forma alienígena ou desconectada de sentir coisas humanas. Mais eu impossível.
Depois, eu descori Billie Eilish. Meio que de novo né, porque primeiro conheci When I was Older pelo instagram do Afonso Cuarón (inclusive, que feed monocromático perfeito) e fiquei viciadíssima por dias, igual com Pretty Dark. Mas WIWO tem uma vibe de tristeza à beira do mar que é muito única, inclusive, outras músicas da Billie me lembram isso. Melancolia, encanto e medo perante coisas grandiosas e lindas como o mar... é isso que me lembra. WIWO é linda em tudo, incluindo o título que eu amo por ser uma narrativa inlocalizável no tempo, falando do futuro no passado. Agora, me apaixonei por When the party's over, que é muito, muito delicada e tem uma letra linda. Tudo da Billie é lindo e eu me apaixonei pela personalidade dela também. Ela é um gênio, simplesmente.
Agora, estou ouvindo a nova da Sky, como eu disse, que é bem diferente das outras músicas que eu estava falando. É pesada, e por algum motivo me lembra um faroeste dramático, ou algum tipo de vertigem na terra... algo como Um corpo que cai, não sei.
Enfim, estou ouvindo muitas músicas porque estou sozinha no fim de semana na outra cidade, e (tenho certeza que graças ao meu antidepressivo) estou bem com isso, cuidando das coisas e equilibrando a maioria. Mas com certeza esse semestre se trata de recolocar prioridades, sendo a maior delas o meu bem-estar, e isso inclui um desempenho ok na faculdade, claro, mas tenho me sentido mais à vontade com tudo. O pânico ao ler textos diminuiu muito, e isso ajuda tudo.
Quanto ao meu coração e à minha vida, as coisas ainda estão assentando, mas tenho tido a impressão que eu deveria ter menos pretensões ou planos acerca dessas coisas, Acho que tenho que entender que talvez eu passe a vida sem romances mesmo, ou com coisas muito mais instáveis do que eu desejava. Porque eu sou instável. Não sei nada sobre amor, nem tenho ideia do que é, e acho que eu deveria ficar aonde sei andar. Estou conseguindo ficar bem mais alheia, dessa vez de um jeito menos triste, e acho isso bom. Não tenho intenção mesmo de me relacionar, então tenho que parar de tentar. Amizades ou não. Tenho parado. Acho que vai me fazer bem.
Bom, estou meio louca, mas acho que está tudo bem.
Que meu remédio me dê forças.

Acho que poderia continuar falando, mas vou ficar por aqui.
Até breve, espero.

Dill, xx.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Who believes anything at this point


No momento ouvindo How could an Angel break my heart repetidamente enquanto tento curar o coração do dia.
Cometi alguns erros bobos e sofri consequências exageradas e injustas, mas quando não é você que faz as regras, acredito que é responsabilidade sua agir de maneira a evitar as consequências que você já conhece. Basicamente, se eu sei que fogo queima e ainda assim sou descuidada e me queimo, a culpa não é do fogo.
Tenho tentado aprender mais com tudo e uma das coisas que mais tem me feito bem é reconhecer a culpa em mim e não nos outros. É muito sofrido tentar mudar outras pessoas. Nunca me dei bem com isso. Prefiro me afastar.
Aconteceram muitas coisas nos últimos dias, e eu já começo a me sentir meio dramática sobre voltar pras aulas na outra cidade.
Como sempre não quero muito ir, mas tenho tentado me preparar melhor dessa vez. Pela primeira vez, estou comprando decoração e pensando em maneiras de tornar o meu lugar lá menos estranho e mais familiar.
Muitas coisas estão me cansando um pouco agora e eu ainda estou em dúvida quanto a algumas decisões. Acho que ainda não me decidi quanto a minha própria implicação com as coisas que me acontecem. Tentar o seu máximo nem sempre é a melhor opção, hoje eu sei disso. Mas o peso dos meus traumas também me tornaram uma pessoa preguiçosa e medrosa, que acaba se envolvendo pouco nas próprias decisões. Fico esperando o vento aumentar pra me levar pra algum lugar novo ao invés de fazer isso com minhas próprias pernas.
Não sei o que fazer exatamente. Mas a sensação de que eu devia fazer alguma coisas sempre cresce.

Não tenho tanto a dizer quanto imaginei.
Acho que vou agora.

Dill, xx.