quinta-feira, 16 de abril de 2020

jackies

Hoje venho com um motivo menos sério, mais entediado. Só queria falar dos meus últimos desejos de moda. Basicamente jaquetas. Falar de jaquetas pra mim é maravilhoso, essa peça de roupa que me cobre, me faz sentir protegida e forte. Nos últimos tempos, fiquei obcecada com o modelo bomber, porque era o meu sonho há bastante tempo ter uma preta e nesse mês eu finalmente consegui. As primeiras fotos aqui são de uma bem parecida com a que comprei. O resto é inspiração 💜.





Estou simples, vejam. Querendo pouca coisa, hah.

C'est tout.

Dill, xx.

terça-feira, 14 de abril de 2020

It's a new dawn

"Birds flying high, you know how I feel
Sun in the sky, you know how I feel
Breeze driftin' on by, you know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good

Fish in the sea, you know how I feel
River running free, you know how I feel
Blossom on the tree, you know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good

Dragonfly out in the Sun
You know what I mean, don't you know
Butterflies all havin' fun, you know what I mean
Sleep in peace when day is done
That's what I mean

And this old world
Is a new world
And a bold world
For me

Stars when you shine you know how I feel
Scent of the pine you know how I feel
Oh, freedom is mine
And I know how I feel


It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me

Oh, I'm feeling good"


Quis colocar essa letra da Nina Simone aqui por muitos motivos. Admiro essa mulher com muita força, por tudo que ela fez e representa. Ouço a música dela quase chorando, porque conheço o contexto tão complicado em que ela viveu e criou, e fico inundada por tudo que ela transmite. O grito por liberdade em tudo que ela fez, sem esconder a dor, a revolta, o choque em lidar com um mundo de horror em que se exigia dela beleza. Como criar em um mundo de horror? Como não criar?

Vivemos pela arte e pela abstração, uns mais que os outros, e eu estou no time dos mais. Se respiro e falo, e canto e escrevo é porque acredito que existe uma maneira de se escapar do horror diário, dos absurdos tão tolerados por nossos colegas de vida. Viver dignamente no meio da indignidade. Uma missão, quase. Um sonho. E o absurdo de sonhar com isso me parece ao mesmo tempo, imprescindível. Como viver sem isso?

Escrevo isso com medo do mundo de agora, e dos tempos que vivemos. O amanhã é um mistério pra todos, mais do que nunca. As pequenas certezas do dia a dia, enfadonhas, monótonas, se foram em grande parte, e ficamos com os vazios, as partes que nos eram queridas por serem raras e valiosas. Agora que não são raras, fica algo de confusão e uma ansiedade por algo que deveria vir em seguida. A segunda-feira, o início do semestre, os começos que aprendemos a ter como aquilo que nos trariam conquistas e merecimento e satisfação, desapareceram. Ficamos nós.

E esse nós agora, para mim, é tão, tão confuso. Não estou realmente procurando respostas, mas o questionamento já me alivia. Estou longe de clarear a cabeça, mas devo começar.

Agradeço muito as condições de vida que me permitem ter essa clareza e os meios para pensar e me questionar.

Sejamos livres. Sejamos fortes.

Dill, xx.