segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

I'm not crazy, I'm just a little unwell.


 Novamente, minha mente está a mil. Está tudo correndo muito rápido dentro da minha cabeça, pensamentos repetidos, gastando tudo, mas dessa vez não é de uma forma ruim. Na última vez que eu escrevi aqui, eu estava descontroladamente pensando em tudo o que passou, o que acontece bastante comigo. Toda vez que eu fico assim, é como se tudo estivesse acontecendo de novo, como seu eu estivesse sendo deixada de novo, subjugada de novo, ignorada, machucada de novo. Agora eu estou num estado de desgaste do futuro, minha mente está 300 anos-luz na minha frente, vendo tudo, tudo, tudo.
Eu sei que isso soa doido, mas é só ansiedade mental. Acontece bastante. Eus estou com um pouco de dor de cabeça, acabei com todos os meus dedos de tanto roê-los, preciso ir tomar banho, dormir, mas de repente, resolvi escrever aqui. Novamente, outro escape repentino da minha mente super-rápida.
Eu estou assim, porque hoje estava planejando algumas coisas sobre meus estudos. Esse ano eu pretendo ficar estudando para entrar numa faculdade pública, e vou precisar estudar muito muito mesmo. Eu acho que sou inteligente, não tenho muita certeza. Eu era inteligente pelo menos, mas agora eu não sei mais, porque às vezes eu me pego dizendo que sou muito burra. Acho que sou uma inteligente com baixa auto-estima.
Também estou correndo porque falei com uma amiga minha agora e ela entrou para a faculdade, se mudou para uma república, estou muito animada por ela, acho que me animei demais (kkkkk). Espero realmente que ela se dê bem lá, que dê tudo certo para ela.

Às vezes, me pego pensando no futuro muito longe, e fico pensando como vai ser quando as coisas forem velhas. Quero dizer, quando eu for velha, e tudo o que eu conheço e gosto for velho. Quando as músicas super-modernas de hoje em dia estiverem tocando numa rádio de programação "flashback", e as crianças rirem quando ouvirem que eu passava músicas através de um cabo de dados chamado USB (eu posso ouvir elas rindo da palavra USB). É muito estranho saber que não importa o quão importante eu seja, um dia todas as pessoas que eu conheço vão morrer, e ninguém no mundo vai se lembrar de mim. Então será como se eu nunca tivesse existido. E isso acontecerá com todos, com cada um de nós.  E o mais estranho, é que apesar disso tudo, as coisas ainda são bonitas.

Bom, provavelmente esse texto ficou completamente sem nexo, mas é assim que eu estou me sentindo agora. Acho que o mais importante das coisas é a sinceridade. Se é real, então de alguma forma é bonito.

Acho que todas as coisas são bonitas, saber ver isso em tudo, principalmente em mim mesma, é o que eu preciso aprender.

I forgot that I might see so many beautiful things. I forgot that I might need to find out what the life could be.
Beautiful things.

P.S.: Não ligue para a imagem. Como todo o resto do texto, ela não faz sentido.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Going, going, gone.


 Minha cabeça está uma bagunça. Não sei bem por quê. Esse é um daqueles momentos em que eu tenho cada vez mais certeza de que eu tenho uma doença mental-emocional um tanto alarmante. Eu estava bem hoje, acordei feliz até, passei o dia mais ou menos. Aí veio o lanche da tarde, eu comi demais, e pronto. Eu tenho notado que meu problema é que eu não tolero a menor falha em mim mesma, e como eu sou toda errada, isso é bem exaustivo. Desde o lanche, estive chorando amargamente, até eu ir ver um seriado. Assisti, me destraí, passou. Quando terminei de ver, fui comer demais de novo, sei lá por quê, e o resultado foi o mesmo.

Acho que o que mais está me irritando nos últimos tempos é que nada está acontecendo. Está quente demais para sair, então eu passo os dia em casa. Não consigo fazer as coisas, todas as noites vou dormir com um peso porque não consegui fazer nada, e acordo feliz achando que hoje vou conseguir fazer tudo. Às vezes eu consigo. Mas nem isso tem me ajudado muito.
Estou me sentindo realmente vazia, um fracasso total, e a vontade de dar um soco na minha cara está aumentando com os dias pesados. Às vezes eu fico realmente com muita raiva, quase nojo de mim por ser tão inútil. Não consigo, simplesmente não consigo voltar a acreditar nas coisas, em mim mesma. Perdi completamente meu senso de personalidade, não sei dizer quais são meus traços, minhas características. Não sei como as pessoas me veem, mas na minha cabeça todas elas estão me xingando e rindo de mim, mas acho que quem faz isso na verdade sou eu mesma.
Minha cabeça está uma completa bagunça, desde quando as coisas começaram a desandar comigo, alguns anos atrás. Eu não consigo mais fazer qualquer coisa que exija ordem de pensamentos, articulação de ideias ou alguma coisa do tipo. Estou completamente perdida, e isso é tudo o que eu consigo pensar o tempo todo. Perdida perdida perdida.
Além disso, eu só sei de outra coisa: estou cansada de ser um desastre. Cansada de fingir pra mim que tenho planos reais, cansada de fingir que estou tentando, cansada de fugir, cansada da minha dor, cansada de não merecer as pessoas que me cercam. Não aguento mais ser todo esse peso e não saber o que fazer com ele.
E o pior é que amanhã eu vou acordar com esse sentimento ainda, e eu ainda não sei o que fazer. Eu não quero morrer. Eu não quero viver.
Acho que estou sumindo, tentando me apagar aos poucos do mundo.
Ou talvez seja só o verão, quente demais. Ou talvez seja tudo. Talvez não seja nada.

Or maybe I'm already dead.