sexta-feira, 14 de março de 2014

Because you're a crazy mess, that's why.

Já dá pra sentir alguma pista do inverno no ar. Principalmente quando se está em um lugar com ar-condicionado. ha. Bom, pelo menos as lojas já mudaram as vitrines e não está mais aquela coisa colorida e feia (não que colorido seja feio, é que estava feio mesmo). Aliás, agora está uma coisa bem punk né? Me pergunto como essas roupas vendem: ou as pessoas passam um tempo sem comprar nada (esse é o meu caso, passo o verão juntando dinheiro pro inverno), ou elas mudam de personalidade a cada seis meses, o que deve dar bastante trabalho ($$).  De qualquer forma, o inverno está vindo e eu vou poder voltar a fazer exercício em casa, tomar bebidas quentes, e... sei lá, ser feliz né. Porque nesse verão não deu :p

Não tenho feito muita coisa, na verdade não tenho feito nada, nem o que eu deveria estar fazendo. Estou ignorando as coisas que eu tenho que fazer, e aumentando problemas pra mim mesma, que é o que eu faço de melhor. Se eu usasse a energia que eu uso pra fazer as coisas darem errado pra mim pra fazer elas darem certo, eu nem me reconheceria. Seria outra vida. Não seria eu.

Bom, só estou fazendo esse post pra mexer com o blog, porque eu gosto daqui. Na verdade, essa é a única coisa que eu mantive desde antes de tudo começar, e é legal saber que fui eu quem criou. Parece que realmente eu sou a única pessoa destinada a fazer algo de bom por mim. Ou melhor, eu sou a única pessoa que eu permito que faça algo bom por mim.

Minha cabeça tem estado sem grandes problemas, só estou com a mesma sensação que eu sinto há uns dois anos ou mais, e que tem ficado mais pesada, não mais forte. Mais pesada, mais certa. É a sensação de nada. Não acho que tenha como explicar isso, pois é algo que antes de sentir, eu não conseguiria imaginar, e se eu pensasse saber, estaria errada. É como se eu fosse uma coisa que passa por tudo, apenas passa pelas coisas, pelas pessoas. Eu não consigo ver muito menos viver realmente as coisas, porque está tudo sempre além. O mais forte nisso tudo é que eu não acredito em nada. Nada. Isso também não tem como explicar. A única coisa que eu ainda sinto é medo. E o único sentimento que ainda tem forma exata em mim é dor. Ontem eu apenas parei, e prestei atenção no que eu sinto. Deixei vir qualquer coisa que viesse à minha mente, como se eu me perguntasse o que ninguém pergunta: como você está se sentindo? o que você está sentindo?  (Quando eu digo "o que ninguém pergunta, pode parecer que eu tenho raiva das pessoas que não perguntam, ou que eu queira que elas façam isso. Mas não é isso, até porque, se elas me perguntassem eu dificilmente responderia.) E na minha cabeça só vieram frases como "Por quê você me deixou? Por quê
 me deixaram sozinha pra morrer? Eu nunca machuquei ninguém. Eu machuquei alguém?" E, bom eu acho que é isso. Sinto como se tivessem me deixado, mas quem? Seu eu tivesse que fazer uma lista, colocaria no topo "eu", porque disso eu sei. Provavelmente coloraria minha mãe em segundo lugar. Eu não a odeio, eu a amo, mesmo, mas também sei que é verdade. Não foi culpa dela, não foi culpa minha. Apesar dos resultados serem desastrosos, às vezes não é culpa de ninguém, e isso eu aprendi.

Mas voltando, tudo o que sai de mim é abandono. Uma solidão imensa, que engole tudo, tudo. Isso é tudo o que eu sinto. Bom, isso é um progresso, já sei de alguma coisa. Agora por quê eu me sinto assim é algo que eu espero descobrir. Queria muito que a psicóloga me chamasse logo. Sei que vai ser difícil (na consulta de avaliação eu já chorei muito), mas são coisas que precisam vir pra poderem ir. E eu espero que elas vão logo.


P.S.: Deixo agora um vídeo com a música mais comfy and warm que eu ouvi nos últimos... 10 meses, eu acho. Essa música deixa tudo mais leve pra mim, espero que funcione pra você.

It's late. We are not awake... -_-

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