sábado, 30 de setembro de 2017

Trust issues

Love issues, heart issues.

Estou passando um final de semana na república depois de dois seguidos voltando pra casa. Apesar de amar ir pra casa, claro, viajar todo fim de semana me cansa muito, então estou tomando um descanso muito bem-vindo.

Hoje acordei com um tempo chuvoso, sem sol, e surpreendentemente fresco, e pude ficar sozinha no quarto pensando confortavelmente nos últimos tempos.
Sinto que cresci muito nos últimos dois anos de faculdade, mais do que achei que cresceria na minha vida. Porque eu sempre tive uma expectativa de vida muito baixa pra mim. Não que eu achasse exatamente que iria morrer cedo, mas sempre me pareceu natural não esperar que eu fosse viver muito tempo, nunca consegui me ver pra além dos 20 anos. E agora que passei dos 20, não consigo me imaginar nos 30. Parece que só consigo trabalhar com uma extensão de 5 anos no máximo, hah.
Com isso, ao mesmo tempo que fico muito feliz me surpreendendo com o quanto eu fiz com o que eu tinha, que de início era bem ruim, agora sinto que estou num momento um pouco estagnado, encontrando coisas que são barreiras maiores que as anteriores.
Porque acho que meus problemas anteriores na vida partiam das pessoas, das coisas. Eu não me sentia aceita, me sentia odiada, não me sentia amada, etc. As pessoas eram más comigo e eu "simplesmente" reagia a isso com todos os sintomas que preencheram e preenchem a minha vida. Já agora, sinto que passei um pouco disso. Não que eu tenha me tornado uma extrovertida que confia nas pessoas, se sente amada, etc. Acho que consigo ver que sou diferente da maioria das pessoas porque tive uma vida diferente, e nasci diferente. Ainda me sinto rancorosa com esse fato, não é como se eu fosse feliz e realizada sendo estranha. Mas acho que consigo conversar com essa estranheza e me confortar dentro dela.
Com isso, sinto como se eu passasse de uma fase que dá abertura pra outras, e aí surgem novos problemas. Diferente de antes, sinto agora que as principais questões que estão me perturbando vem de mim mesma. Sinto que não consigo me aproximar das pessoas, não consigo confiar. E não é como outras coisas como sair, ir em festas, coisas que eu não quero. Eu quero confiar, saber me abrir mais. Porque eu sei que sou arisca e arredia, sou difícil de lidar em quase todos os aspectos. Se eu me assusto (o que é frequente), qualquer possibilidade de contato é reduzida a quase zero, me fecho completamente. Sinto isso acontecer todos os dias. E acho que é esse ponto que me entristece: vejo que continuo com medo das pessoas, ainda sou assustada, machucada. As coisas ainda doem em mim e muitas vezes tenho medo que mesmo que aconteçam mil coisas boas comigo, essas coisas ruins continuem a me machucar e me impedir de me abrir e crescer emocionalmente.
Porque acredito em crescimento emocional, e detesto o sentimento muito recorrente de que sou infantil nesse sentido. Me sinto imatura perto das outras pessoas que parecem lidar tão bem com o que sentem e encontrar conexão com os outros também de forma fácil.

Muitas coisas são difíceis pra mim há muito tempo, e isso tem me cansado. Fico triste quando não vejo o que fazer, que é esse caso. Me sinto desconfortável e triste de estar como estou, mas ao mesmo tempo o pavor que sinto de me abrir com outras pessoas, de me expor emocionalmente acaba me fazendo ficar presa no meio dessas duas coisas.

Não escrevi esse post pra encontrar uma solução, porque sei que não sou eu e meu teclado que vamos resolver isso. Mas eu preciso colocar em palavras que preciso trabalhar minha confiança em mim e nos outros. Acho que só esforço e coragem podem me tirar de onde estou. E não sei se tenho isso.

E às vezes, fazendo as contas, penso que o custo-benefício disso tudo é muito baixo pra mim.

À bientôt,
Dill, xx.

P.S.: Vou colocar uma música que eu estava ouvindo por acaso enquanto escrevia esse post, e acho que ela tem muito a ver com tentar confiar nos outros.

"I'm looking for a place
I'm searching for a face
Is anybody here I know?
Cause nothing's going right
And everything is a mess
And no one likes to be alone

Isn't anyone trying to find me?
Won't somebody come take me home?

It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand, take me somewhere new?
I don't know who you are
But I... I'm with you
I'm with you


Why is everything so confusing?
Maybe I'm just out of my mind."

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Lost & tired


Estou na República, e acabei de acordar de um sono pesadíssimo, ainda com sono. Não sei por quê exatamente estou assim, mas procurando um culpado, só posso pensar nos sucrilhos que comi ontem (sim, continuo no glúten casual). Hoje estou cansada, com a cabeça pesada, dor de caabeça, sono demais... Só consegui ficar sentada na cama agora, porque eu só queria deitar.
Acabei faltando a última aula do dia que eu teria até as 18h porque estava exausta. Apesar de ter prometido pra mim mesma que eu não ia faltar aulas dessa matéria nesse semestre, me senti bem hoje ao faltar, já que eu só ficaria triste e cansada na aula. Tem que equilibrar bom senso com responsabilidade, né.

Estou engordando nos últimos tempos e sem me importar muito com isso, o que é ruim. Já não fico sem comer pra emagrecer, e frequentemente uso a comida como fator de conforto e relaxamento, o que eu acho completamente errado. Queria voltar a fazer exercícios, e comer menos e melhor. Espero melhorar a partir de hoje.

Continuo num hiato irritante com as minhas fotos. Na verdade, estou mais tristinha mesmo com isso. Queria muito estar fotografando, mas nunca mais saí pra nada, ahha. Muito triste isso. Só tenho ido a shoppings, coisas banais e ainda assim, só quando preciso porque a passagem está bem cara.

De resto, acho que estou passando por uma fase boa, porque voltei a tomar meus remédios. Cara, eu preciso MESMO dos meus remédios. Sempre que começo a melhorar, fico com mania de "esquecer" de tomar. Sei lá, fico achando que me curei ou algo assim, aí passo uns dias tomando meio errado, e depois de pouco tempo estou chorando igual uma criança por qualquer coisa. Tive uma crise dessas no fim de semana passado, fiquei irritada com pessoas que não tinham nada a ver, chorei antes de sair de casa sem motivo, o que só consegui controlar tomando outro remédio que o psiquiatra passou. Não consigo visualizar um futura tão próximo aonde eu deixe de tomar esses remédios.
Mas pra dizer algo bom (muito bom), eu praticamente não tomo mais o Clonazepan, estou aguentando muito bem sem ele. Fiquei duas semanas seguidas sem tomar, mesmo estando na faculdade. Só fui sentir falta essa semana, aí tomei. Acho que só estou mais deprimida agora, não mais tão ansiosa talvez. Mas no fundo, dá quase no mesmo, sei lá. Mas é bom não sentir tanto medo o tempo todo.

Passei as últimas semanas tendo uma reflexão meio profunda sobre meu jeito de ser e como as pessoas me tratam, e como eu trato elas também. Cheguei a começar um post sobre isso, mas perdi ele no meio e fiquei bem triste, hah.

Vou reescrever assim que puder.

J'ai des choses à faire.

Dill, xx.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

The Trucker jacket



Num dia muito quente que traz os presságios do verão, trago um post sobre a última peça de inverno que comprei esse ano. No meio das longas e lindas liquidações de inverno, consegui comprar algumas coisas e a última foi uma jaqueta cujo modelo eu descobri se chamar Trucker. É aquela jaqueta tiozão, que você vê quase sempre em rodoviárias sendo usadas por senhores de 40+.

Quando vi essa na loja, me veio a expressão: found a gem! Ela é única, cheia de personalidade. Adorei a cor que finalmente não é preta ou branco ou jeans azul no meu armário, hah.



Queria fazer mais posts sobre minhas roupinhas aqui, já que, vendo roupas como arte, vejo a moda como um trabalho criativo que traz muita graça pro dia-a-dia (às vezes a única graça, diga-se de passagem).

Espero voltar aqui em breve.

Dill, xx.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Chez moi (j'ai du temps)

Nesse semestre foi uma confusão pra arrumar as minhas matérias. Teve falha no sistema, conflito de horário em quase tudo que eu queria, inscrição sem saber se eu ia conseguir entrar na matéria, etc. Mas no final acabei ficando sem aula na segunda-feira, e nem foi de propósito, hah. Tô adorando 💙

Por isso, estou hoje em casa. Queria querer sair, mas a verdade é que estou bem cansada. Tenho ficado com medo de dormir de luz apagada de novo (hehe), aí estou dormindo com a luz acesa e sentindo que isso está me cansando. Hoje tomei café e estou de volta na cama escrevendo isso.

Tenho tido bastante problema com meu cabelo porque estou deixando ele crescer. E eu não sei se era o frio que estava fazendo, mas meu cabelo estava horrível, horrível. Duro, seco, triste de ver hahaha. Estava me irritando bastante e eu estava doida pra sair comprando um monte de produto pra ele. Ainda não consegui tudo que eu queria, mas já comprei um shampoo e condicionador e uma máscara que vou usar por bastante tempo direto, até sentir que ele está voltando a ficar bom. Usei uma vez o shampoo e um creme da minha irmã que é muito bom e já senti ele dar uma recuperada grande, mas vou continuar a usar as coisas porque cabelo longo é difícil. Não quero cortar, mas já está começando a dar muito trabalho. Vejamos até onde aguento, haha.

Minha pele também está horrível, e com isso estou tendo mais dificuldade ainda porque não entendo direito qual o problema. A única coisa que consigo pensar é na alimentação, porque estou comendo muito açúcar. Tenho dificuldade em me segurar nisso, e ultimamente tenho estado mais nem aí ainda. Pelo menos ainda me importo com o que vejo no espelho, então acho que vou me esforçar pra mudar alguma coisa.

De qualquer forma, acho que estou animada com esse mês, mas sinto que tenho que tentar ser mais ativa. Tenho tendência a ficar horas parada pensando que eu devia estar fazendo alguma outra coisa. Nisso perco muito tempo, claro. Tenho que estudar mais, me esforçar mais em algumas coisas da faculdade.

Também estou querendo muito voltar a tirar fotos, mas está difícil porque não quero sair, haha. Estou cansada. Mas me incomoda ficar sem as fotos. Bom, espero poder fazer isso logo. O feriado está chegando e vou ficar alguns dias em casa, acho que vou ter tempo aí.

Buenas, vou fazer alguma coisa agora, eu acho.

Adieu,
Dill, xx.