Meus últimos pensamentos aqui:
Hoje voltando pra casa sozinha depois de uma tentativa ruim de sair mais, percebi que estou muito cansada de sofrer, e que acho que já sofri o suficiente. Apesar disso, sei que isso não vai parar porque não tenho controle sobre a vida ou sobre mim mesma, considerando que tenho coisas físicas que me fazem quem sou.
Fico pensando agora no quanto estou tentando, e apesar de ficar feliz em perceber que minha promessa de nunca me matar seguir firme, fico presa nesse presente ruim em que não faço mais ideia do que fazer, do que tentar, por onde ir.
Desistir agora me machucaria muito, e o preço de continuar (financeira e emocionalmente) está se tornando gigante, surreal, e não sei mais qual seria o limite do aceitável aqui.
Estou tentando ser mais sincera também, e demonstrar mais meu descontentamento pra mim mesma e para os outros, pois tenho direito a algum espaço nesse mundo, por menor que seja.
Acho que não quero falar mais nada.
domingo, 23 de fevereiro de 2020
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
Writing is
Estou tentando seguir depois de uma queda profunda. Acho que a proximidade com meu aniversário me deixou bem mal.
Mas minha família me levou pra comemorar, e fiquei muito feliz. Assisti Aves de Rapina e no dia seguinte saímos pra comer. Minha irmã comprou uma camisa preta pra mim de um modelo que eu estava querendo há muito tempo.
Estou feliz no momento por isso. E estou focando em não perder o controle de novo. Sei que vou precisar muito em breve.
O dia inteiro fico inquieta em casa, tentando ter ideias e desistindo de me concentrar em qualquer coisa academicamente produtiva.
Quero que as coisas deem certo mas ao mesmo tempo acho que já esperei demais.
Estou feliz com as mudanças estéticas que tenho feito. Estou passando para uma fase mais "gótica" e mudado um pouco minhas roupas. Sigo com o sonho do cabelo longuíssimo, que está cada vez mais difícil de controlar, e basicamente deixando tudo preto.
Mais uma vez quero acreditar que esse ano vai ser diferente e vou fazer progressos de verdade. Mas pensando esses dias, acho que eu preciso também tomar mais consciência dos progressos que eu já fiz na vida e faço todo dia. Porque às vezes me lembro de um acontecimento bom e nem consigo entender aonde ele se encaixa na minha vida. Parece que não pertence a mim.
Sinto que tenho tido muito medo de escrever ultimamente. Essa atividade de introspecção e consciência que é escrever tem me assustado bastante. Apesar de eu saber que quando escrevo sobre as coisas, elas se tornam mais reais e menos monstruosas.
Enfim, estou me sentindo em uma grande fila de espera. Como se não acontecesse nada, mas sei que vou sentir muita falta desses dias daqui a uns meses. Isso também me assusta e entristece. Sei pra onde vou voltar e tenho que ser forte de novo.
Espero voltar em menos tempo.
Dill, xx.
Mas minha família me levou pra comemorar, e fiquei muito feliz. Assisti Aves de Rapina e no dia seguinte saímos pra comer. Minha irmã comprou uma camisa preta pra mim de um modelo que eu estava querendo há muito tempo.
Estou feliz no momento por isso. E estou focando em não perder o controle de novo. Sei que vou precisar muito em breve.
O dia inteiro fico inquieta em casa, tentando ter ideias e desistindo de me concentrar em qualquer coisa academicamente produtiva.
Quero que as coisas deem certo mas ao mesmo tempo acho que já esperei demais.
Estou feliz com as mudanças estéticas que tenho feito. Estou passando para uma fase mais "gótica" e mudado um pouco minhas roupas. Sigo com o sonho do cabelo longuíssimo, que está cada vez mais difícil de controlar, e basicamente deixando tudo preto.
Mais uma vez quero acreditar que esse ano vai ser diferente e vou fazer progressos de verdade. Mas pensando esses dias, acho que eu preciso também tomar mais consciência dos progressos que eu já fiz na vida e faço todo dia. Porque às vezes me lembro de um acontecimento bom e nem consigo entender aonde ele se encaixa na minha vida. Parece que não pertence a mim.
Sinto que tenho tido muito medo de escrever ultimamente. Essa atividade de introspecção e consciência que é escrever tem me assustado bastante. Apesar de eu saber que quando escrevo sobre as coisas, elas se tornam mais reais e menos monstruosas.
Enfim, estou me sentindo em uma grande fila de espera. Como se não acontecesse nada, mas sei que vou sentir muita falta desses dias daqui a uns meses. Isso também me assusta e entristece. Sei pra onde vou voltar e tenho que ser forte de novo.
Espero voltar em menos tempo.
Dill, xx.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020
Depois de muito tempo, volto aqui. Não gosto mais de escrever sobre o que acontece de diferente comigo... tenho tentado na verdade perceber as semelhanças e as constantes nos problemas que passo.
Com isso, percebi muita coisa nessas férias, que têm sido um pouco inconstantes (como eu).
Meu humor tem mudado muito com os dias, e principalmente, tudo tem me machucado. Tudo me ofende e me machuca demais, por menor que seja a ofensa. E isso me faz me perguntar por quê.
Pensando melhor nos sentimentos que me atingem, percebi que acima de tudo, talvez na raiz da maioria dos meus problemas, está uma certeza forte de que não sou amada, e que cedo ou tarde algo que eu fizer vai ser insuportável para as pessoas à minha volta e elas vão me abandonar. Por isso, em cada ofensa eu vejo na verdade uma ameaça de abandono, e o desespero da solidão e da morte que ela ameaça trazer me atingem com tudo.
É difícil explicar isso, e tenho certeza que é muito complicado pra minha família. Mas mesmo assim, tento me proteger e tomar algumas atitudes melhores.
Tento me afastar quando necessário, e tento refletir bastante sobre as coisas, digerir mesmo.
Agora mesmo, ouvi coisas que acho desnecessárias, e vim pro meu quarto. Acho que é o melhor.
Apesar dessas coisas, estou tentando fazer progressos. Esse ano comecei a me organizar financeiramente, e apesar do pouco tempo já vejo resultados. Esse mês foi excelente, nem acredito que paguei todas as contas, fiz compra no DÉBITO e ainda sobrou um pouquinho.
Comprei hoje a única roupa desse mês, uma camisa preta de viscose com um caimento per fei to. Preta, muito preta. Pra eu vestir com o resto das minhas roupas pretas. Estou mergulhando no mono-cromatismo com força.
Fora isso, comprei uma choker, e espero que chegue. Inclusive estou apaixonada por chokers, e vou me planejar pra ir comprando umas diferentes, aos poucos. A minha desse mês junto com a camisa preta foram meus presentes de aniversário.
Eu só quero perdoar e aprender com os meus erros. Às vezes esqueço do meu compromisso com a vida e vacilo, me ataco e machuco. Mas sei que sempre poso voltar e fazer a escolha de novo. Não sei se liberdade é realmente uma escolha, até onde ela pode ser feita, mas tentar fazer isso é sempre importante.
Tento manter esse compromisso comigo, com meus pés e minhas mãos,meus olhos e minha garganta. Que deles nada de ruim venha e que eu saiba lidar com o que possa acontecer a eles.
Dill, xx
Com isso, percebi muita coisa nessas férias, que têm sido um pouco inconstantes (como eu).
Meu humor tem mudado muito com os dias, e principalmente, tudo tem me machucado. Tudo me ofende e me machuca demais, por menor que seja a ofensa. E isso me faz me perguntar por quê.
Pensando melhor nos sentimentos que me atingem, percebi que acima de tudo, talvez na raiz da maioria dos meus problemas, está uma certeza forte de que não sou amada, e que cedo ou tarde algo que eu fizer vai ser insuportável para as pessoas à minha volta e elas vão me abandonar. Por isso, em cada ofensa eu vejo na verdade uma ameaça de abandono, e o desespero da solidão e da morte que ela ameaça trazer me atingem com tudo.
É difícil explicar isso, e tenho certeza que é muito complicado pra minha família. Mas mesmo assim, tento me proteger e tomar algumas atitudes melhores.
Tento me afastar quando necessário, e tento refletir bastante sobre as coisas, digerir mesmo.
Agora mesmo, ouvi coisas que acho desnecessárias, e vim pro meu quarto. Acho que é o melhor.
Apesar dessas coisas, estou tentando fazer progressos. Esse ano comecei a me organizar financeiramente, e apesar do pouco tempo já vejo resultados. Esse mês foi excelente, nem acredito que paguei todas as contas, fiz compra no DÉBITO e ainda sobrou um pouquinho.
Comprei hoje a única roupa desse mês, uma camisa preta de viscose com um caimento per fei to. Preta, muito preta. Pra eu vestir com o resto das minhas roupas pretas. Estou mergulhando no mono-cromatismo com força.
Fora isso, comprei uma choker, e espero que chegue. Inclusive estou apaixonada por chokers, e vou me planejar pra ir comprando umas diferentes, aos poucos. A minha desse mês junto com a camisa preta foram meus presentes de aniversário.
Eu só quero perdoar e aprender com os meus erros. Às vezes esqueço do meu compromisso com a vida e vacilo, me ataco e machuco. Mas sei que sempre poso voltar e fazer a escolha de novo. Não sei se liberdade é realmente uma escolha, até onde ela pode ser feita, mas tentar fazer isso é sempre importante.
Tento manter esse compromisso comigo, com meus pés e minhas mãos,meus olhos e minha garganta. Que deles nada de ruim venha e que eu saiba lidar com o que possa acontecer a eles.
Dill, xx
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