domingo, 26 de junho de 2016

Keep your hopes up high and your head down low

Dear Derek

São quase 23:00 e amanhã eu vou acordar as 4:30, mas faz um bom tempo que não escrevo e no momento estou me sentindo bem pra escrever aqui. Amanhã bem cedo vou pegar um ônibus pra ir pra cidade onde estou fazendo faculdade, pra depois pegar um ônibus pra república em que estou morando e ir correndo pra faculdade. Entre fracassos e sucessos, esses últimos meses tem sido uma mistura forte de emoções pra mim, e não sei dizer como me sinto sobre isso no geral. Acho que ainda predomina o medo em mim apesar de eu saber o quão incrível é tudo o que estou tendo oportunidade de viver.
Mas por mais que eu veja esses lados bons, ainda me dói bastante voltar todo domingo pra cidade onde às vezes eu acho que não tenho nada, e às vezes acho que poderia viver nela pelo resto da vida. Me dói muito deixar minhas irmãs e esse ambiente onde tenho liberdade pra tantas coisas, mas que ao mesmo tempo, me sufoca (afinal, foi por isso que eu cogitei ir pra longe). Às vezes vou chorando um pouco no ônibus me forçando a ser mais otimista e aberta. Acho que a parte difícil ainda é o medo da reprovação das pessoas. Ainda me privo de mil coisas pra não chamar atenção, passar vergonha ou simplesmente ser vista. Ainda me excluo dos grupos onde eu devia me incluir e perco oportunidades o tempo todo. Essas coisas me cansam e deixam triste no dia-a-dia.
Estive pensando muito sobre a minha doença (ansiedade/fobia social) e achei até uns artigos legais sobre isso. Ler sobre isso quase sempre me faz chorar em algum ponto do texto porque o que mais me dói sobre tudo isso é o quanto uma doença pode mudar uma vida, uma pessoa, uma história de vida. Eu não sei dizer em mim o que é "personalidade" e o que é doença. Quase sempre acho que eu inteira sou uma doença, e essa é uma das piores partes. E o que me dói muito também é que mesmo que um dia eu entenda o que eu sou e os limites da doença em mim, isso nunca vai ficar claro o suficiente pras pessoas. Como sempre, não sei o que fazer ou pensar sobre isso.

Apesar do meu tom, não estou na pior das semanas. Aliás, estou impressionada comigo porque essa semana tenho um trabalho pra fazer e uma prova e não estou ansiosa hoje (talvez fique ao longo da semana, mas geralmente tenho um ataques antes de ir embora). Estou calma, acho que porque estou tentando resolver as coisas e estou tendo algum progresso.
Essa semana passei um tempo a mais que o normal em casa e estou bem feliz com isso. Comi muito, muito mesmo, consegui estudar, baixar filmes e até vi dois episódios de Penny Dreadful. Também finalmente li as duas Hqs de Umbrella Academy, do Gerard Way (vulgo minha vida) e Gabriel Bá. Sim, realizei esse sonho, nem acredito *o*.  Na verdade ainda vou terminar a segunda Hq, mas já estou no final, e cara, amei mesmo. Gostei muito dos personagens e da ambientação da história, assim que der vou reler as duas.
Por falar em ler, estou tentando ler tudo o que posso mas não conseguindo ler tudo o que devo. Enquanto estou atrasada nas leituras da faculdade, fico planejando de comprar livros que eu não sei de onde vou tirar tempo pra ler, ha (estou triste). Mas estou mesmo tentando parar de comprar roupas e comprar mais livros. Acho que vale mais a pena mesmo.
Queria muito escrever mais aqui, mas minha cabeça está confusa pelo sono e eu tenho que ir. Meu coração ultimamente está mais cheio de saudade do que qualquer outra coisa. Sinto falta de tudo, e principalmente de apreciar o que me é familiar. Espero voltar pra casa em breve.

"All I want is a place to call my own
to mend the heart of everyone who feels alone
Keep your hopes up high
And your head down low"

Dill, xx.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Taking a breath

grunge-not-me-girl
 
Finalmente tirei um tempo pra escrever aqui. Ufa. Estou dividindo meu tempo entre fazer as coisas que eu devo fazer e ficar me sentindo culpada pelas coisas que não consigo fazer (que, claro, parecem ser a maioria).
Tive minha primeira prova de verdade da faculdade nessa semana, de Antropologia, e cara, eu me ferrei. Ainda não vi a nota mas tenho certeza que não vai ser mais que 4 (sendo sincera, acho que tirei 2 ou menos). E isso porque eu estudei. Passei dois dias dormindo menos de 6 horas e ainda assim o resultado foi horrível. Isso me faz perceber que eu tenho que mudar o meu jeito de estudar, porque o problema não foi exatamente o tempo que eu dediquei à matéria, e sim que eu não sabia como estudar.  E tenho sentido essa dificuldade com todas as matérias. São matérias de conteúdo extenso, denso e sobre os quais eu não tinha quase nenhum conhecimento prévio. Fiquei tentando (e ainda estou) não me sentir muito mal com isso tudo, já que eu sinto que estou indo mal em todas as matérias e não só nessa.
É verdade que eu deixei tudo isso acumular, porque passei as primeiras semanas meio letárgica, como se no fundo eu não esperasse ficar aqui. Sei lá, tenho dessas coisas. Acho que passei muito tempo passando por lugares por períodos curtos e agora fica difícil pra mim pensar e planejar a longo prazo. Mas estou lutando contra isso todo santo dia, assim como contra várias outras coisas.

Estou tentando ter paciência comigo e com as coisas. Eu tenho dias bons, dias ótimos, dias ruins e dias horríveis, e o pior é que quando fico muito triste aqui, me sinto pior por estar longe da minha família. Agora eu entendo o que significa ser sozinho no mundo, é muito difícil ser você por você mesmo o tempo todo.
Alguns dias eu me sinto ótima, parece que estou conseguindo cumprir as coisas, falo com as pessoas durante o dia, e minha ansiedade parece normal. Outros dias sinto que sou a única burra na sala, que só eu vou reprovar na matéria mais fácil, não consigo falar com ninguém e sinto que todos estão me notando como a estranha da coisa toda.
Inclusive, durante um tempo aqui eu tive uma piora no meu problema de contrações musculares involuntárias. Eu estava ficando muito ruim mesmo, e o pior é que ter as contrações em público me deixam ainda mais nervosa, o que é a causa das contrações, e a coisa toda ia se piorando sozinha. Bom, agora achei um remédio calmante aqui que é melhor do que o que eu tomava antes, e que é indicado na verdade pra transtornos do sono associados à ansiedade, mas funciona muito bem pra mim. Não resolveu o problema, mas agora as contrações estão quase iguais a antes. Ele me ajudou muito no sono também, que aliás, eu nem notava que era afetado pela minha ansiedade. Eu acordava às 6, 6:30 e não conseguia mais dormir, mas eu achava que era costume mesmo. Agora com o remédio, além de dormir um sono mais profundo, estou acordando 7, às vezes 8 horas.

Bom, queria falar mil coisas aqui, mas pra não enrolar, vou fazer uma lista:

- estou ouvindo muito Fidlar, que acho que é minha banda preferida agora, já que Sleigh Bells está ficando cada vez mais pop :'(
- Agora que estou "morando sozinha", estou ficando meio viciada em sucrilhos, haha. Compro quase toda semana, mas tenho que parar por causa do preço :(
- Acho que posso dizer que finalmente fiz amigas na faculdade. Pelo menos duas delas eu tenho certeza que me ajudariam se eu precisasse, hehe.
- Passo a semana toda aqui com uma gula do inferno, querendo comer tudo mesmo. Sempre quero doces, salgados, tudo. Mas como tenho pouca comida aqui, tenho que esperar o fim de semana pra ir pra casa comer
- tenho que estudar, então vou encurtar esse post.

Estou com muita saudades desse blog, da minha família, da minha cidade. Acho que realmente não existe lugar como nosso lar, apesar de tudo.

Adieu,
Dill, xx.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

The broken hearted's struggle

Apenas uma das imagens do tumblr que me definem como pessoa

Continuo passando por nuances entre o desespero, angústia, esperança e nervosismo sem saber muito bem o que significa cada um. Desta vez estou tentando notar os erros, e fico mesmo anotando tudo, checando a cada segundo as coisas que eu faço. Está sendo sufocante e a culpa é minha. Aliás, acho que cheguei um pouco mais perto de entender os últimos acontecimentos e acho que a culpa de tudo é mesmo minha. Tenho repetido muito pra mim: "se você agir como se estivesse sozinha, vai ficar sozinha", e é verdade. Notei que meu isolamento era causado metade pelas pessoas, e metade por mim, porque por mais que sentisse que era rejeitada pelos outros, sempre aceitei essa posição muito bem, e "cumpria o meu papel" nisso. É isso que estou tentando mudar agora. Tento falar com as pessoas mesmo que elas pareçam não gostar de mim ou não estarem interessadas. Penso "se eu falar com ela, ela vai ter que responder, certo? Ninguém é surdo, eles têm que no mínimo responder". Mesmo que de cara amarrada, curtos, grossos, simpáticos, felizes, atenciosos, eles respondem. E isso já é muito pra mim, muito mesmo.
Porque eu notei que eu continuo com dificuldades muito grandes pra aceitar/ entender que eu existo. Sério, eu saio e pra mim é comum não ser vista e eu literalmente me assusto quando noto que alguém está me olhando nos olhos sem que eu tenha que chamar atenção dessa pessoa. Eu me apavoro e não entendo quando alguém lembra de mim em um lugar que eu frequento (por exemplo, nota a minha falta ou me chama pelo nome depois de termos sido apresentados). 

No momento, comecei a faculdade e estou me matando pra entender as coisas. Não só matérias, que são a minha menor preocupação, mas as pessoas. Estou triste em ver que ainda recuo, me assusto, evito, e não procuro ninguém. Uma das coisas que eu mais tenho notado é a minha dificuldade em pedir ajuda. Nas coisas mais básicas, eu simplesmente não consigo contar com as pessoas. Sabe, contar? Saber que você pode recorrer a alguém pra alguma coisa? E não estou falando de confiança, amizade, estou falando das coisas mais básicas tipo perguntar informações, pedir explicações. Por exemplo, na minha primeira semana na república onde estou eu esqueci o sal na minha casa e fiquei sem ele aqui. Eu queria fazer tapioca mas não podia porque não tinha sal, e passei bastante fome porque não queria comprar no mercado. Não me passou pela cabeça, nem por um segundo, pedir às três meninas que moravam comigo um pouco de sal. Porque eu simplesmente não cogito a presença de qualquer outro ser humano além de mim, em qualquer lugar. É como se na minha cabeça eu fosse um esquimó isolado, sem a menor possibilidade de reber ajuda. E isso não é só com pessoas desconhecidas.

Na última semana tive que fcar em casa por motivos de saúde, e não podia me mexer quase nada, nem me esforçar, nem deitar ou levantar da cama sozinha. Quando o médico me deu essas instruções eu achei que tivesse entendido, mas quem explica as coisas pro me cérebro de esquimó? Eu fazia tudo sozinha, e do mesmo jeito que com as meninas, não conseguia sequer pensar em pedir ajuda. Teve um dia em que eu estava numa loja com minha irmã vendo roupas, e eu fiquei um tempo considerável me esforçando pra pegar uma roupa que estava meio alta, e nem me passou pela cabeça pedir isso à minha irmã, que estava a pouco metros de mim.

Com isso tudo, tenho tentado entender porquê fiquei assim. Sou a pessoa mais arredia que eu conheço, pareço um cachorro maltratado, que desconfia de todo mundo. Mas não é muito difícil entender por quê, afinal, na maior parte da minha vida quando eu não estava sendo rejeitada eu estava me isolando pra evitar a rejeição. Principalmente agora que eu passei meus últimos 3 anos em casa, sem frequentar praticamente nada, nem um cursinho sequer, e mesmo os que eu frequentei (por exemplo, o francês, por dois anos), eu consegui ficar durante o curso todo calada e sozinha. 
Eu não sei o que é ser bem-vinda em lugar nenhum. Eu não sei o que é ter pessoas preocupadas comigo. Eu não sei o que é ter pessoas interessadas em mim. Eu só sei ficar quieta e passar pelos lugares sem deixar nada além de um nome numa lista, geralmente.
Mas como eu disse as coisas mudaram, os motivos que faziam as pessoas me rejeitarem e até essas pessoas mudaram. Eu não sou mais a criança feia, gorda do óculos estranho e cabelo ruim de antes, e as pessoas que convivem comigo não são mais crianças cruéis. São pessoas da minha idade que, muito melhor que eu, entendem que cada um tem o seu lugar no mundo.
Mas isso não é fácil de mudar nos nossos insintos. Eu sinto que fui criada na guerra e para a guerra, e por isso não sei agir em momentos de paz. Inclusive, notei com tristeza que me sinto mais confortável quando as coisas estão ruins, quando eu tenho motivos concretos pra chorar, quando me rejeitam e quando me isolam. Porque nessas situações eu tenho um lugar designado, uma cadeira pra eu sentar com meu nome e tudo. Eu sei o que fazer. Em situações que me acolhem eu fico em pé e perdida. Não entendo, não sei o que fazer, e não consigo abaixar a guarda porque nunca fiz isso.

Estou tentando acalmar meu coração, aprender a viver em paz. Porque se tem uma coisa que isso tudo me mostrou é que a paz que eu esperava encontrar ao meu redor já existe há anos, e que a guerra está e sempre esteve dentro de mim. Ela transbordava pelos meu olhos e me fazia ver guerra em tudo. Eu uso essa palavra, guerra, porque acho mesmo que é a mais próxima do que eu tenho vivido. É feio, sujo, cruel e muito doloroso. Agora tenho que me conformar em ter a mim como problema e começar a me reeducar. Isso provavelmente vai levar a minha vida inteira, e devo dizer, não é tão confortante quanto pode parecer. Como eu disse, cheguei em um ponto em que me sinto melhor quando tenho que sofrer. Mas, pro bem ou pro mal, essa é uma fase que já passou, e só cabe a mim me levantar desse teatro vazio em que fiquei sentada sozinha muito tempo depois de todos já terem ido embora.

Muito obrigada, quem quer que você seja.
Still Dill, xx.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Finding peace


"Carrying bags and a navy taxi man said
"Take your time love
'Cause you don't have to rush
'Cause it's your life and it's no one else's, sweetheart
Don't let someone put you in a box."


So I take all that other stuff that I said before
And I'm gonna make it work
'Cause I'm losing my mind and it's driving me up the wall"


Kate nash - Navy Taxi

 Esse blog é para mim a coisa mais próxima de um lar dos sonhos: sempre disponível e que de alguma forma nunca é afetado por acontecimentos externos.
Quando eu era pequena e já lutava há muito tempo com as coisas dentro e fora de mim eu lembro de ter lido em algum lgar a história de um poeta que tinha, se não me engano, síndrome de aspenger, e que por isso, numa certa idade ele se mudou pra uma cabana isolada de tudo e ficou lá até morrer. Desde que eu li essa história anos atrás tenho pensado se existe pra mim uma cabana como a dele em algum lugar. E sempre, sempre que me encontro em uma situação desconfortável ou desesperadora eu me lembro imediatamente da cabana. Acho que, basicamente, fico me perguntando se existe paz pra mim.

Estou resgatando tudo isso porque passou muito tempo desde o último post, onde eu ainda estava enrolada com a matrícula da faculdade e tudo parecia muito incerto. Agora eu já estou matriculada, me instalei na outra cidade, frequentei algumas aulas, e ainda assim tudo parece muito incerto. Acontece que tive que fazer uma cirurgia que eu devia ter feito há tempos, mas quem sou eu pra saber a hora das coisas, certo? De qualquer forma, agora ao invés de estar socializando (ou tentando) com meus colegas de turma e estudando, estou em casa, longe da faculdade, sem poder me mexer direito e com a cabeça queimando de nervoso com as coisas que eu devia estar fazendo e não estou. Já perdi e ainda vou perder muitas aulas, e sinceramente, ainda não sei o que fazer pra contornar essa situação gigante. Ainda assim, devo dizer que estou muito nervosa mas não do jeito que eu ficava há uns anos atrás, onde eu era puro desespero. Agora estou nervosa e preocupada, mas mantenho dentro de mim aquela ilha de calma que me diz que tudo tem um jeito. Até porque, sejamos sinceros, tudo tem um jeito.
Mas a realidade não é tão simples como repetir para si mesmo uma frase, e por mais bonita que seja a esperança vaga, ela não resolve nada na prática. Mas o que eu estou tentando conseguir mesmo com esse texto é assegurar pra mim mesma de que quando tudo isso acabar, aquela parte dentro de mim que é a única que importa para eu seguir vivendo vai estar intacta.

Infelizmente estou meio sem tempo e paciência pra trabalhar melhor esse post. Então, que fique assim por enquanto.

Bonne nuite,
toujours Dill, xx.


 

terça-feira, 5 de abril de 2016

Everything that I hold in (is everything I can't let go)









Aconteceram muitas coisas nos últimos dias mas não quero falar de nenhuma delas. Não estou muito feliz agora. Queria dormir mas não estou conseguindo. Coisas sérias pra resolver.
Tenho ouvido muito Fidlar e The Drums, acho que são minhas bandas preferidas agora.

Daqui a duas semanas as coisas vão estar melhores, talvez.

Has someone taken you faith?


Dill,xx. 

sexta-feira, 25 de março de 2016

B-E-H-A-V-E never more

Esta foto não tem nada a ver com o post a seguir 


Depois de dois dias de um milagroso frescor, hoje parece que está voltando a esquentar. Me pergunto quando o outono vai começar de verdade.
Tenho passado uns dias bons, apesar do meu tom desanimado. Acho que nunca vou conseguir me expressar sincera e simplesmente feliz, haha.
Essa semana minha irmã comprou chocolate (barra de 1kg) pra gente fazer nossos ovos de páscoa porque a gente resolveu isso esse ano. Preciso dizer que foi bem mais difícil do que eu imaginava, mas só por causa do chocolate. É que minha irmã comprou o da Nestlé (quis bancar a gourmet) que é muito macio mesmo, aí quando a gente derreteu e colocou na fôrma, ele parecia que nunca endurecia. Tivemos que botar no congelador pra pegar na fôrma mesmo, e ainda assim, sempre que a gente tirava ele derretia muito rápido na nossa mão, tipo se desfazendo mesmo. Mas como ninguém tem dinheiro pra comprar outra barra, fizemos com esse mesmo. Pelo menos eu fiz o meu de 500g assim (é, comprei uma fôrma enorme mesmo). Achei uma receita de marshmallow de maracujá pro recheio que eu achei que fosse ser difícil de fazer, mas acabou sendo o mais fácil, haha. Deu muito certo, ficou uma delícia mesmo. Então, no final meu ovo deu certo apesar de estar derretendo meio fácil.

Esse mês está sendo o meu primeiro mês sem mesada, e eu estou sentindo brutalmente o impacto. Sério, esse mês ia ser o primeiro mês em que eu ia conseguir guardar algum dinheiro (ia me sobrar 80 reais) porque eu consegui me segurar bem o mês todo, mas eu esqueci que já era abril, o mês em que eu já vou """me mudar""" (muitas aspas já que vou voltar todo fim de semana por qneuanto) pra cidade onde eu vou fazer a faculdade YEYY  \o/.
Às vezes eu nem acredito que isso vai mesmo acontecer comigo, é tão legal que parece a vida de outra pessoa, haha.  Bom, graças à essa nova despesa, eu vou ficar sem mesada a partir desse mês, e está sendo estranho e difícil saber que eu não vou poder comprar mais nada sem falar com ninguém a partir de agora. Eu ganho mesada desde tipo 11 anos (ganhava uns 10 reais nessa época), e sempre preferi assim do que ter que ficar pedindo as coisas. E pela ironia do destino, vou ficar sem mesada logo no inverno, hahaha alguém me odeia lá embaixo


Eu ia fazer um post de fotos mas agora já escrevi demais. E agora vou ver Gotham. Adieeu,
Dill, xx.


quinta-feira, 17 de março de 2016

Don't tell me that they're all the same

 Cause even the sound of his name
carries me over their reach
back to some golden beach
where only he remains



 Estive tentando assistir umas coisas diferentes nos últimos tempos, mas como estou comprometida com umas 20 séries, sempre me sinto mal em começar outra. Mesmo assim comecei a assistir Love na Netflix, só pra ver como era mesmo, e acabei gostando muito muito. É uma série muito leve, super diferente da maioria disponível ultimamente, e apesar de ser comédia romântica, não tem nada daquelas piadas horríveis sobre padrões femininos ou masculinos (piadas sobre "jeito de mulher"). E eu adorei a trilha sonora também, o episódio sempre terminava com uma música ótima (ou engraçada), como é o caso de "Ooo", que é o título desse post.

Assisti Love bem rápido, e acabei hoje. Acho que só assisti Narcos mais rápido que isso (saudades do Escobar). Devo dizer que a Mickey da série é a minha alma gêmea. Ele é muito grumpy, tá sempre emburrada, é grossa, bruta, mas é pequenininha e bonitinha contrastando com todo o resto, haha. Adoro ela.

Hoje fiquei vendo vídeos de rock e pop antigos no youtube, relembrando minha infância muito estranha. Achei umas músicas que eu só lembrava de ouvido do Eminem porque na época eu não falava nada de inglês então nunca soube o nome das músicas. Eu tinha a batida de Without Me certinha na cabeça, incrível como a gente tem espaço na cabeça, ha. Vi uns clipes da P!nk também, depois Linkin Park, Green Day (que saudaade que American idiot me deu cara, meu coração doeu), Evanescence (ainda acho de verdade que Bring me to Life é o melhor clipe da história. Sério.), Red Hot e Foo Fighters. Ia começar a ver os clipes de indie tipo The Vaccines, Franz Ferdinand e outros da vida, mas meu ouvido começou a doer porque tenho ouvido música muito alto.

Ah, essa semana fui buscar um super ultra presente que minha psicóloga me deu. Ela tinha dito que me daria a coleção de Freud dela se eu passasse no vestibular, então essa semana fui lá buscar com ela. Nem preciso dizer como eu amei né. Estão lindos na minha estante, são daquele estilo antigo, capa vermelha de couro (acho que sintético), letras em dourado. Nem sei o que dizer pra agradecer esse tipo de coisa. Acho que teria que ir na Lua esticar uma faixa escrito Obrigada, haha. Sério, sempre vou lembrar dela, não só por isso, mas pelo que o tratamento todo fez comigo. Simplesmente me salvou.

Ah, no mesmo dia passei no shopping basicamente pra desestressar porque como eu disse fico bastande estressada em casa sem sair. Aí, andando nas lojinhas, achei uma jardineira jeans branca pela bagatela de 50 reais o.O
Ficou ótima em mim, e mesmo com esse preço consegui achar meu tamanho. Acho que é isso que as pessoas chamam de alma gêmea, haha. Comprei e pretendo tingir de preto (óbevio), mas gostei muito dela branca e acho que vou usar assim um pouco antes de tingir. Não sei porquê, mas qundo visto essa jardineira me sinto um pintor de paredes.



Boa noite,
sleepy Dill, xx.