quinta-feira, 21 de novembro de 2019

2am

Sigo perdendo coisas que nunca foram minhas.
Não consigo mais escrever nesse blog como antes, explicando as coisas. Normalmente venho aqui justamente pra não falar sobre as coisas que acontecem. Pra falar do meu medo delas.
Ontem experimentei a solidão mais dura, depois de algum tempo tendo esquecido de como é. Aquela absoluta falta de conexão com as pessoas que me deixa num vazio cheio.
Queria ir pra casa, mas o tempo tem sido traiçoeiro. Tudo passa rápido demais e acaba não valendo a pena.
Amanhã tenho que sair, me mover no mundo e agir coisas para mim. Não é tão óbvio nem fácil pro ser humano defender a si mesmo às vezes. Particularmente, acho que falho muito em me ajudar e realmente defender do mundo.
Queria dizer mais e fechar o texto com algo positivo, mas tudo bem.
Só preciso ter em mim tudo o que preciso.

Dill, xx.

sábado, 19 de outubro de 2019

TooAfraid


Tenho evitado pensar nas coisas, como sempre. Me acostumei com isso, com essa forma de fugir das coisas, e isso não é muito bom. Porque a verdade é que as coisas continuam lá.
Estou passando um tempo em casa, e por isso, sofrendo menos, mas mais uma vez o fim do ano vem chegando e eu estou cansada e com medo de não aguentar as coisas.
O medo da fase de estágio está voltando e eu fico pensando no pior.
Quando começo a ficar com medo assim, só quero me enrolar e ficar quieta. Tenho medo dessa infantilidade, da minha fragilidade que sempre volta com muita força. Às vezes preciso de apoio até pra respirar, preciso saber que tem alguém ali.
Continuo sem saber construir, perdida em relação ao que tenho que fazer ou ser.

Eu não sei como, mas aparentemente estou acumulando mais medo ao longo da vida quando sempre achei que aconteceria o contrário. Sempre tive muitos sonhos, e sonhos grandes, e eles têm diminuído e se tornado objetivos simples como sobreviver e ter algum conforto. Manter a família perto.

A verdade é que ainda não me recuperei do baque enorme do ano passado. Perdi muita coisa, e foi tudo muito pesado. Às vezes esqueço disso e tenho pressa, quero estar bem, produtiva. Mas hoje tenho condição de fazer menos, ainda que eu sinta que preciso me arriscar mais.
Estou cansada de sentir tanto medo. Mas sigo, mesmo sem saber pra onde.

Dill, xx.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Update (hopeful)

Ontem tive um dia muito bom, o melhor em algum tempo. Tenho estado menos nervosa eu acho, tentando dar lugar às coisas e encarar as realidades que eu posso suportar. Percebo que estou sempre tentando me aproximar de coisas que no fundo eu acredito que são impossíveis pra mim, o que acaba só gerando experiências de incapacidade. Nos últimos meses, tenho tentado me conformar com os cantos e com o anonimato, me arriscando menos talvez. Não sei se isso é bom, mas acho que só estou procurando formas seguras de viver.
Hoje estou com bastante sono, e tenho estado assim, meio bocejante, mas o que tem me incomodado é a dificuldade de dormir e relaxar de noite.
Não consigo deitar relaxada, e olha que estou evitando o café exagerado nos últimos dias. Espero que isso passe.

Ontem fui na casa de uma amiga que estava um pouco mal e acabamos nos divertindo muito. Fico ainda com a impressão de ter incomodado, de ter sido invasiva, mas tento me conformar com a impossibilidade de se saber o que se passa no outro. Tenho de modo geral tentado demonstrar mais o carinho que sinto pelas pessoas, o que me dá menos trabalho que me aproximar de desconhecidos.
Enfim, hoje vou pra casa e espero estar menos cansada. Meus fins de semana em casa têm sido muito corridos, muito mesmo, e quando eu pisco estou de volta à outra cidade. Mas sempre vale a pena, apesar de eu ter algumas oscilações de humor no meio do caminho. Em casa, tudo é mais tranquilo eu acho.
Tenho umas coisas pra ir buscar lá, mais uma camisa xadrez que comprei e um caderninho que vou usar como diário de terapia. Eu acho pela primeira vez que exagerei na compra de camisas xadrez, apesar de saber que vou usar todas até rasgarem. Esse mês comprei uma cinza e uma vermelha, e mês passado comprei uma preta e branca. Todas perfeitas e úteis, mas acho que agora tenho que dar um tempo disso.
Estou louca pra umas gargantilhas chegarem, que comprei num site estrangeiro. Eu amo demais investir na minha estética punk rock.

Enfim, acho que é o primeiro post com alguma coerência que eu faço, e isso é bom. Espero conseguir voltar aos poucos. Tenho tantas coisas que gostaria de fazer em breve, que preciso me organizar e seguir em frente.
Com coragem e paciência, sempre.

Dill, xx.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Anxious

Queria vir melhor aqui, organizar e contar as coisas direito, mas ao mesmo tempo não quero passar pelo processo de pensar tudo.
No momento estou nervosa e em caminho de me acalmar depois de um rivotril.
Tenho passado os dias bem solitária, mas me recuperando cada vez mais com a psicóloga que eu estou adorando. Sinto pela primeira vez em muito tempo que posso me recuperar.

Estou muito ansiosa pro rock in rio, então só consigo pensar em como eu amo rock e como quero estar lá logo.
Nos últimos dias fiz algumas compras que estou sentindo que serão as últimas em algum tempo. Talvez um bom tempo. Estou assumindo mais minhas responsabilidades e pedindo menos ajuda. Ou tentando.
Enfim, assim, meio que como despedida também, comprei algumas coisas que ainda estão pra chegar e outras hoje.
Não sei como o final desse período vai ser mas ainda tenho coisas a fazer. E vou precisar de força.

Acho que só consigo escrever até aqui. Até a próxima.

Dill, xx.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

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Estou meio sem energia pra narrar as coisas, como geralmente faço aqui. Acho que posso falar que estou em uma fase difícil, mas já me preparando pra me recuperar. Sei mais ou menos o que fazer, eu acho, mas tenho bastante medo. E dessa vez, não saber no que as coisas podem dar é meio que um alívio. Porque a certeza de que vai dar errado é horrível e eu ainda sinto esse gosto às vezes.
Estou aqui e estou tentando. Só quero que as coisas deem certo.
Preciso me proteger e me arriscar ao mesmo tempo, o que é difícil.
Não quero falar mais muito, até porque todo o resto é incerto.

Queria falar que esse mês de descanso foi bom em muitas coisas: todos os momentos em que eu pude deitar com roupas macias na minha cama, no meu quarto de tarde, foram sem preço. Aliás, cada vez mais vejo quão precioso é o meu dia-a-dia em casa, meu conforto. Adoro estar no quintal recolhendo roupa enquanto ouço minha mãe fazendo o almoço, acordar e ouvir do meu quarto os talheres na cozinha e ir lá sabendo que vou ter rostos conhecidos por perto.
Vou sentir muita falta disso, é do que eu sempre sinto falta.

De resto, esse mês fiz algumas conquistas materiais: comprei roupas, minha irmã me deu um all star novo, comprei maquiagens e cafés no starbucks com certa liberdade. E meio que do nada, fiz minha primeira tatuagem ontem, 08/08/19. Nem preciso dizer que adorei. Amei completamente e sei mais ainda que quero fazer a maior parte possível do corpo.

Enfim, tenho esses momentos de coisas boas que me ajudam. Que continuem.

Dill, xx.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Encore là

Quis vir escrever aqui porque não tenho conseguido escrever nada muito longo, então faço pedaços por vez.
Hoje estou meio triste, com medo e nervosa. Acho que é só a aproximação do semestre. Mas tenho estado com mais medo porque me sinto mais esgotada e com menos força pra reagir. E é o de sempre, eu preciso lutar muito pra terminar cada dia. E pensar que eu possa ficar fraca a ponto de não conseguir, isso me assusta muito.
Sei que tenho de ir aos poucos, mas ao mesmo tempo com muito compromisso. Sinto que não posso perder mais tempo do que já perdi.
E ultimamente tenho tido medo de simplesmente não ser boa o suficiente.  Às vezes penso que já falhei na faculdade como um todo, mesmo que eu consiga terminar.
Continuo sem saber como melhorar, mas ainda estou aqui e ainda estou tentando.

Hoje foi um dia bom, saí com minha família e comprei meu all star novo, além de umas blusas que talvez eu não devesse ter comprado. Me sinto um pouco perdida, sem muita noção do que eu faço. Tomar decisões tem sido difícil. Mas não desisto de mim porque é tudo o que tenho.

Dill, xx.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

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Estou tentando escrever há vários dias, mas o tédio, o medo ou a tristeza me bloqueiam.
Estou de férias há bastante tempo e têm sido um bom período de cura pra mim. Consegui curtir bastante, estar com amigos e minha família. Tive alguns problemas com a família na última semana, mas aprendi com isso e mudei meu comportamento. Percebi que estar sempre disponível e pedindo companhia como eu ficava não é bom. Estou ficando atenta pra saber a hora de me retirar.
Estou também abrindo mão de agir sobre algumas coisas aqui em casa, porque percebi que também tenho meus problemas e não posso salvar ninguém.
Acho que posso dizer que até semana passada eu estava ok, procurando preencher os dias. Mas nessa semana acho que a noção de que minhas férias estão acabando está batendo, e estou triste. Tenho muito medo de voltar pra tudo o que me faz sofrer. Quero acreditar que pode ser diferente, mas não consigo. Minha esperança é nesse semestre conseguir firmar meu psicólogo lá. Acho que vou focar nisso e o resto é lucro.
Não sei como as coisas vão ser, mas sei que vou estar lá. Pro bem e pro mal.

Dill, xx.