Consegui marcar e ir num psiquiatra na semana passada, e agora estou tomando dois remédios. Comecei a tomar ontem, e hoje estou bastante lerda, o que eu espero que mude com os dias. Ao mesmo tempo que me preocupo de tomar remédios desse tipo todo dia, eu sempre reclamei de instabilidade emocional, e isso sempre afetou a mim e às pessoas ao meu redor. Então talvez as coisas devam ser assim mesmo. Vou ver se e como me adapto a isso.
Estou depositando bastante esperança principalmente no antidepressivo porque um pouquinho de serotonina não ia me fazer mal nenhum, tenho certeza.
Bom, não estou fotografando, nem pintando nem bordando tanto quanto eu queria (na verdade, nem posso dizer que a coisa do bordado começou) mas tenho lido mais nos últimos dias, pelo menos.
------
Comecei a escrever esse post, e depois por algum motivo desisti dele.
O remédio que estou tomando está me deixando bem lesada, está difícil manter meus pensamentos por muito tempo ou seguir com uma ideia. Toda vez que tomo ele lembro da Effy nessa cena...
porque parece que eu me droguei
Mudando muito de assunto, com as coisas que tenho vivido nas últimas semanas, acho que finalmente entendi o que as pessoas querem dizer quando dizem que lutam/lutaram muito pra aprender a se amar. Percebi que minha maior luta é me aceitar e aceitar as pessoas que tenho à minha volta. Melhorei muito, muito nisso, e percebi que isso envolve tomar decisões que visem o meu bem-estar e não apenas minha sobrevivência. Sempre estive preocupada em sobreviver, em superar, em ficar nos lugares apenas o tempo suficiente pra que aquilo acabasse e eu pudesse ir embora. Enfim, nunca me dei tempo pra viver o que eu queria ou sequer pra planejar uma vida que eu quisesse. Sempre busquei o mais lógico, o que parecia mais "lucrativo" de certa forma (o que me faria ter mais vantagens no final, ou que me machucasse menos). Agora vejo que isso não tem nenhum ou pouquíssimo valor a longo prazo, e no momento me preocupo em não ver sentido no que estou fazendo todos os dias.
Mas vejo também que não é nem um pouco tarde pra mudar o meu jeito de viver ou de tomar minhas decisões, claro. Sou muito nova, e mesmo que eu fosse 20 anos mais velha não seria tarde pra mudar isso. O bom de não ter muita coisa é que nunca tenho muito a perder.
Enfim, me sinto mais livre pra muita coisa agora, tanto pra me realizar fazendo coisas que sempre quis por mais simples que sejam, quanto pra não fazer nada, ser absolutamente improdutiva ou mesmo pra me destruir. Pertenço a mim, e talvez pela primeira vez eu confie um pouco nisso.
Dill, xx.
Nenhum comentário:
Postar um comentário