quarta-feira, 4 de abril de 2018

I never know how to be alone


Oie.
Estou numa quarta-feira meio cheia. Meu semestre já começou, e com 9 matérias, o que significa 9 textos por semana, basicamente. Depois do delay mental da primeira semana de aulas, estou com textos da 1a e 2a semana acumulados. Yey.
Acho que essa semana foi boa, no sentido que comecei a conseguir agir algumas coisas ao invés de acumular mais. Estou tentando me organizar mais, anotando mais minhas tarefas já que na minha cabeça as coisas se misturam completamente. Com isso, consegui tickar algumas coisas dessas listas infindáveis.

Neste momento, eu deveria estar lendo um texto pra uma aula que tenho às 7h amanhã. Acontece que de tarde, estava me sentindo muito nervosa, muito mesmo, sentindo gosto amargo na boca, coração acelerado, sem conseguir me sentir à vontade nos lugares, etc. Aí acabei tomando um rivotril, e fazia até um tempo que eu não tomava. Fiquei naquela onda maravilhosa, sem notar as pessoas à minha volta, vendo uma coisa de cada vez, pensando uma coisa de cada vez, sem conseguir me preocupar. Eu estava numa aula em roda, daquelas de discussão, e acho que foi isso que acabou me deixando muito tensa. Quando voltei pra ela, não poderia estar mais tranquila. Fiquei até com medo de perder o equilíbrio algumas horas hahaha. Mas fui tomar um café quietinha na cantina, sozinha, sem ligar pra isso. Foi muito bom.

Aliás, isso me incomodou um pouco essa semana: me senti muito sozinha. Não sei por quê, muitas das aulas que fui, minhas amigas simplesmente não apareceram. Isso já é bastante ruim, porque não me sinto muito à vontade sozinha e fico sentindo que as pessoas estão notando minha solidão, reparando que estou sempre sozinha e sempre fico triste e com medo de ser pensada como "a garota sozinha".  Sempre tive vontade de ter muitos amigos, mas a verdade é  que me sinto muito pouco à vontade conhecendo pessoas novas, salvo alguns momentos específicos da minha vida. Então acaba que fico sempre presa entre odiar todos à minha volta e sofrer muito por estar sozinha.
Enfim, isso já é um drama de longa data em mim, mas nessa semana especificamente, me incomodou o afastamento das minhas amigas. Às vezes eu simplesmente não gosto do comportamento delas comigo. Acontece com uma certa frequência de elas me ignorarem, desde não olhar pra mim numa roda de conversa, até simplesmente sentarem longe de mim na aula, ou chegar na sala e não falarem comigo. Eu, por mais fria que seja, nunca deixo de falar com elas quando estão perto de mim. Ontem numa aula, uma delas sentou na minha frente, e outra do meu lado, e se falaram comigo foi tipo, um sorriso de cumprimento. Aí a menina que estava do meu lado começou mexer no cabelo da que estava na minha frente, o que eu já odeio por si só (já notei que é frequente pessoas em colégios e afins ficarem assim com as amigas, fazendo trança durante a aula, ou só alisando o cabelo dos outros e isso me irrita PRA CARALHO), e além disso, pra alcançar o cabelo da outra ela tinha que ficar inclinada em cima de mim, e eu tive que ficar vendo aquilo na minha cara, sendo 100% ignorada, sem que ela sequer pedisse licença pra ficar no meu espaço daquele jeito. Me senti invisível, morta, uma planta. Isso me incomodou muito, e eu fiquei triste também, porque elas conversavam entre si como se eu não estivesse lá, sendo que eu estava a centímetros delas. Isso não se faz, e ainda não sei o que pensar sobre tudo isso.
Hoje também aconteceu algo parecido em outra aula, e eu já estou meio que decidida a parar de correr atrás delas, tentar ficar com elas o tanto de tempo possível, porque simplesmente não é recíproco. E também, na companhia delas, acabo ficando perto de outras amigas delas que não são minhas amigas, e enfim... outro incômodo. Só quero ficar tranquila e confortável.

Escrever aqui sempre me ajuda a refletir sobre as coisas que acontecem.

Enfim, amanhã volto pra casa, e vou acordar cedo, então vou me preparando pra dormir. Estou cansada, mas no geral, satisfeita. Nada está perfeito e tenho muito com o que lidar, mas tenho partes da minha vida que fazem todo o resto valer a pena, e colocando as coisas no seu devido lugar de importância, tudo fica bem.

À bientôt,
Dill, xx

Nenhum comentário:

Postar um comentário