quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Kill yourself or get over it




Child Psychology - Black Box Recorder

I stopped talking when I was six years old
I didn't want anything more to do with the outside world
I was happy being quiet
But, of course, they wouldn't leave me alone
My parents tried every trick in the book
From speech therapists to child psychologists
They even tried bribery
I could have anything
As long as I said it out loud

Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it

Of course this episode didn't last forever
I'd made my point and it was time to move on
To peel away the next layer of deceit
And see what new surprises lay in store
My school report said I showed no interest
"A disruptive influence"
I felt sorry for them in a way
And when they finally expelled me
It didn't mean a thing

Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it

(At that time she stopped what she was doing, she stopped playing. She stared, she had the facial grimicing, and then the psychiatrist was saying, "Julie, Julie, can you hear me? Can you open your eyes? Can you stick out your tongue?" And all of a sudden, Julie struck out.)

The November day when I came home
The Christmas decorations were already up
Spray on snow, coloured flashing lights
And an artificial tree that played Silent Night
Over and over again
My parents welcomed me with loving arms
But within an hour were back at each others throats
Normal, happy childhood back on course
Batteries not included

Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it

sábado, 21 de janeiro de 2017

Everything is unbearable


Não sei mais como começar meus posts sobre fases ruins, porque parece que estou sempre nelas. Mas dessa vez, se serve de consolo, estou descobrindo algumas coisas interessantes.
Na semana passada eu estava muito irritada por não ter nada pra comer aqui em casa (nada pra mim, claro), e com muita raiva disso também. Minha mãe tinha feito empadão de frango pra ela e minha irmã, e não tinha nada pra eu comer. Isso é o mais chato dessas intolerâncias, nunca tem nada pra mim. Se existe uma opção, eu tenho que sair pra comprar porque minha mãe não faz isso. Como odeio sair, fico comendo a mesma coisa sempre. Faz umas duas semanas que só como ovo mexido. Sério.
Bom, com isso, acabei ficando muito irritada e resolvi comer de tudo que quisesse, e usei como desculpa um teste de intolerância a lactose que eu tinha no dia seguinte. Pensei: se já vou irritar meu intestino amanhã de qualquer forma, vou comer o que eu quiser. Mas acabei estendendo isso pro dia seguinte. Enfim, passei dois dias comendo tudo o que eu não podia. No primeiro dia não deu graandes problemas, só o de sempre, mas hoje, quase uma semana depois, estou me sentindo horrível.
Além de estar constipada desde o exame (o que já é comum pra mim), estou notando crises emocionais. Já li várias coisas sobre ligação entre o intestino e o cérebro, doenças psicológicas e alimentação, etc, e até mesmo já vi que depressão é um dos sintomas da síndrome do intestino irritável, que é o que acho que tenho. Bom, o que estou sentindo nos últimos dias é uma explosão do que tive a vida inteira: tristeza intensa sem motivo, incapacidade de suportar as menores coisas (choro por causa do calor, porque não tem comida, porque comi muito, porque não sei o que fazer, porque não consegui fazer o queria, porque não posso sair, porque tenho que sair, etc), variação intensa de humor, depressão. Ontem fui no mercado e por causa disso tive que sair no sol, coisa que já não gosto, mas no estado em que estou, voltei chorando na rua, e só não me enchi de lágrimas mesmo porque não queria chamar atenção. Também chorei no mercado, porque estava com muita vontade de comer alguma coisa mas TUDO que eu queria eu não podia comer. Novamente, esse tipo de coisa já é comum pra mim, e por isso notei a diferença: eu não estava conseguindo suportar as dificuldades com as quais eu já lido há muito tempo.

Enfim, estive pensando então que talvez boa parte dos meus problemas psicológicos/emocionais sejam devido a minha alimentação, mais precisamente a essa síndrome. Essa piora no meu estado emocional deve ser por causa da ingestão de glúten e lactose intensa da semana passada, e como eu não comia nada disso há muito tempo, estou vendo o efeito brusco que eles causam em mim. É louco, mas voltando a sentir tudo o que estou sentindo - física e psicologicamente - é como voltar a minha infância, adolescência. Porque muito do que estou sentindo agora é o que senti a vida toda. Eu sempre chorei muito, e sempre fui muito triste. Sem exagero algum, tive apenas momentos, fases curtíssimas de felicidade. Sempre estou sofrendo, chorando, me sentindo deprimida. Tudo isso me é muito familiar. Até mesmo ver os sintomas como sintomas é difícil pra mim, porque eu pensava ser simplesmente parte de quem eu sou.
Não sei o que queria dizer com esse post, porque na verdade eu só estou muito triste. Passei o dia assim, mas fiquei um pouco mais tranquila depois de tomar o remédio. Mas estive pensando que seria ótimo se eu tomasse antidepressivos. Talvez parasse essa roda gigante de humor que eu tenho.

Mas eu só queria mesmo desabafar sobre tudo que estou sentindo. Estou cansada de sentir a vida toda meu corpo sofrendo. Sempre foi assim, mil coisas me dão problemas físicos. Machucados, irritações, inflamações, cicatrizes, manchas. Meu corpo sempre foi e ainda é marcado por dentro e por fora. Sempre sendo agredido, sempre sofrendo, sempre, sempre. Tento melhorar as coisas, mas às vezes parece que muito pouco mudou.
Não sei se gosto de ser uma tragédia ou se isso só é tudo o que eu sei ser.

Só sei que estou cansada de nunca ter nada de bom a oferecer, nem pra mim nem pros outros. Realmente não sei qual é a utilidade de uma vida como a minha.

Nem sei mais o que escrevi aqui, só espero que não seja tão idiota.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Back from ashes


meu mais novo amor
 Vou escrever rápido porque minhas irmãs já estão indo dormir e eu deveria também. Não sei direito o que estive fazendo. Essas férias começaram muito, muito mal, mas as coisas melhoraram e o ambiente está tolerável aqui. Fico procurando fórmulas, soluções definitivas pra lidar com minha mãe, mas sei que isso é uma armadilha, já que ela sempre se adapta e nada dura pra sempre quando o assunto é ter paz com ela. Talvez meu apetite por guerra seja hereditário. Bom, estou conseguindo relativamente me controlar, e pra isso, tomar o remédio com regularidade tem sido importante. Sério, remédios psicológicos são essenciais pra algumas vidas. Só de pensar no que o rivotril me proporciona eu quase choro, porque é uma possibilidade de paz, equilíbrio e produtividade que há anos eu achava que estava perdida.

Há alguns dias comecei a ver Skins, a terceira temporada na verdade, porque minha irmã me recomendou. Pulei os primeiros episódios porque, cara, de início tudo é muito idiota. Os personagens são explosivos de primeira já, e eu achei tudo muito "adolescente emburrado fazendo besteira vivendo a vida loca". Mas depois os personagens se aprofundam e acho que é por isso que Skins faz sucesso, porque coloca problemas sérios e profundos sobre adolescência, tirando aquela aura de "juventude é felicidade" que a maioria dos conteúdos trazem. Nisso tudo, tenho que destacar que me apaixonei pela Effy. Imaginei que isso fosse acontecer já que eu amava as fotos da personagem sem nem assistir (e até desgostar bastante) a série. Mas ela é perfeita. Amei demais, e ela entrou pra minha lista de personagens amadas junto com a Lisbeth Salander e a Sarah Manning. Você pode perceber que a jaqueta de couro é uma constante nessa lista.

No geral, estou tolerando bem as férias. Parei de tentar fugir e comecei a viver cada segundo da bosta de rotina daqui quando percebi que não ia poder mudar nada. Estou absolutamente (absolutamente) sem dinheiro, devendo até a alma, e isso cortou todas as possibilidades de sair de casa pra fugir dos problemas. Por isso nos primeiros dias foi bem difícil, fiquei me dopando mesmo e dormindo, e chorando, basicamente. Mas agora, estou limpando a casa todo dia, faço questão, porque sei que só assim minha mãe fica ~calma~. Passo pano mesmo quando o chão já está limpo, porque o negócio é fazer alguma coisa pra ela ver.
É ruim, mas como eu falei, acho que já aceitei que é isso o que eu tenho. O calor insuportável também não ajuda, se não eu poderia estar saindo pra caminhar ou indo em ligares ao ar livre. Fui num parque na semana passada e, juro, assim que cheguei lá já queria voltar. Estava já suada e cheirando mal, e não tinha como me limpar. Pouca água, muito sol. Concluí que passeios ao ar livre, principalmente na natureza não é muito a minha cara mesmo, a não ser que seja um cenário bem sombrio, estilo campos ingleses. Essas florestas supercoloridas aqui no Rio me desanimam.

Bom, escrevi mais pra resumir o que tenho feito e falar que ainda estou viva. Muito do que planejei pras férias está parado ou cancelado, infelizmente. Fiz uma compra meio grande inclusive, baseada num desses projetos de férias, e sinto que me ferrei de novo. Eu faço umas coisas comigo mesma que sinceramente.

Estive ouvindo muito The Neighbourhood, que, meu deus, tem as músicas mais sexy-calmas do universo. Sério. Fora isso, tenho procurado bandas antigas tipo The Clash, que eu adorei.

Espero continuar com minha paciência, e com meu estoque de rivotril em dia. O que é basicamente a mesma coisa.


Dills still here,
xx.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Eptyfullmind

Sinceramente, ainda não sei por quê continuo vindo escrever aqui.


Ontem estava tão perturbada que não conseguia dormir, e acordei às 5h perturbada do mesmo jeito. Levantei pensando que seria bom ter um horário em que só eu estivesse acordada, em que eu pudesse ficar mais tranquila. Minha mãe estava acordada também então tive apenas alguns minutos de paz. Tão irritada logo cedo, estava brigando e chorando antes das 9:00.

Tomei dois conprimidos que ainda bem, me colocaram pra dormir, e eu dormi praticamente até 17:00. O único jeito de passar os dias nessa casa é se dopando e eu sei disso há anos. Aqui ninguém vive, a gente se concentra pra sobreviver. É como estar em um campo minado. Não tem descanso, o tempo todo é tenso e estamos sempre prestes a ter uma discussão feia. Geralmente por causa de mim. Sinto pena das minhas irmãs. Estive pensando em ir embora hoje, de tão perturbada que estava. Voltar pra república na cidade onde estudo, pra deixar tudo pra trás. Notei que nem minhas irmãs sentem minha falta mais porque quem eu sou aqui é um bicho briguento e amargurado. Causo brigas, sou grossa, e quando não estou fazendo isso estou isolada, chorando me lamentando e querendo morrer.

O remédio afastou essas coisas. Eu só conseguia pensar em me bater e bater nela, mas agora mal consigo pensar uma coisa de cada vez. Espero que o efeito dure.

É uma pena e muito triste que as coisas sejam assim. E que eu ainda queira destruir tudo.

Penso em voltar pra outra cidade principalmente porque aqui não consigo estudar. Mal estou conseguindo ler. Planejei tantas coisas pras férias, conteúdos da faculdade que eu tinha que aprofundar ou acrescentar, mas não consigo fazer nada.

Estive pensando sinceramente em morrer. Sempre achei uma boa ideia. mas ultimamente tem parecido quase necessária. Só sinto que se eu puder sair de onde estou, posso me concentrar no que amo e sei fazer, e crescer através disso. Mas enquanto desejo matar e morrer nada disso existe. Não tem como surgir nada bom da vida que estou vivendo agora.

O mais triste é que eu não quero recuperar o que tinha aqui, não quero perdoar ela. Quero que ela suma ou sofra. Só isso. É a minha mais antiga e pior parte.