quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Back from ashes


meu mais novo amor
 Vou escrever rápido porque minhas irmãs já estão indo dormir e eu deveria também. Não sei direito o que estive fazendo. Essas férias começaram muito, muito mal, mas as coisas melhoraram e o ambiente está tolerável aqui. Fico procurando fórmulas, soluções definitivas pra lidar com minha mãe, mas sei que isso é uma armadilha, já que ela sempre se adapta e nada dura pra sempre quando o assunto é ter paz com ela. Talvez meu apetite por guerra seja hereditário. Bom, estou conseguindo relativamente me controlar, e pra isso, tomar o remédio com regularidade tem sido importante. Sério, remédios psicológicos são essenciais pra algumas vidas. Só de pensar no que o rivotril me proporciona eu quase choro, porque é uma possibilidade de paz, equilíbrio e produtividade que há anos eu achava que estava perdida.

Há alguns dias comecei a ver Skins, a terceira temporada na verdade, porque minha irmã me recomendou. Pulei os primeiros episódios porque, cara, de início tudo é muito idiota. Os personagens são explosivos de primeira já, e eu achei tudo muito "adolescente emburrado fazendo besteira vivendo a vida loca". Mas depois os personagens se aprofundam e acho que é por isso que Skins faz sucesso, porque coloca problemas sérios e profundos sobre adolescência, tirando aquela aura de "juventude é felicidade" que a maioria dos conteúdos trazem. Nisso tudo, tenho que destacar que me apaixonei pela Effy. Imaginei que isso fosse acontecer já que eu amava as fotos da personagem sem nem assistir (e até desgostar bastante) a série. Mas ela é perfeita. Amei demais, e ela entrou pra minha lista de personagens amadas junto com a Lisbeth Salander e a Sarah Manning. Você pode perceber que a jaqueta de couro é uma constante nessa lista.

No geral, estou tolerando bem as férias. Parei de tentar fugir e comecei a viver cada segundo da bosta de rotina daqui quando percebi que não ia poder mudar nada. Estou absolutamente (absolutamente) sem dinheiro, devendo até a alma, e isso cortou todas as possibilidades de sair de casa pra fugir dos problemas. Por isso nos primeiros dias foi bem difícil, fiquei me dopando mesmo e dormindo, e chorando, basicamente. Mas agora, estou limpando a casa todo dia, faço questão, porque sei que só assim minha mãe fica ~calma~. Passo pano mesmo quando o chão já está limpo, porque o negócio é fazer alguma coisa pra ela ver.
É ruim, mas como eu falei, acho que já aceitei que é isso o que eu tenho. O calor insuportável também não ajuda, se não eu poderia estar saindo pra caminhar ou indo em ligares ao ar livre. Fui num parque na semana passada e, juro, assim que cheguei lá já queria voltar. Estava já suada e cheirando mal, e não tinha como me limpar. Pouca água, muito sol. Concluí que passeios ao ar livre, principalmente na natureza não é muito a minha cara mesmo, a não ser que seja um cenário bem sombrio, estilo campos ingleses. Essas florestas supercoloridas aqui no Rio me desanimam.

Bom, escrevi mais pra resumir o que tenho feito e falar que ainda estou viva. Muito do que planejei pras férias está parado ou cancelado, infelizmente. Fiz uma compra meio grande inclusive, baseada num desses projetos de férias, e sinto que me ferrei de novo. Eu faço umas coisas comigo mesma que sinceramente.

Estive ouvindo muito The Neighbourhood, que, meu deus, tem as músicas mais sexy-calmas do universo. Sério. Fora isso, tenho procurado bandas antigas tipo The Clash, que eu adorei.

Espero continuar com minha paciência, e com meu estoque de rivotril em dia. O que é basicamente a mesma coisa.


Dills still here,
xx.

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