Sinceramente, ainda não sei por quê continuo vindo escrever aqui.
Ontem estava tão perturbada que não conseguia dormir, e acordei às 5h perturbada do mesmo jeito. Levantei pensando que seria bom ter um horário em que só eu estivesse acordada, em que eu pudesse ficar mais tranquila. Minha mãe estava acordada também então tive apenas alguns minutos de paz. Tão irritada logo cedo, estava brigando e chorando antes das 9:00.
Tomei dois conprimidos que ainda bem, me colocaram pra dormir, e eu dormi praticamente até 17:00. O único jeito de passar os dias nessa casa é se dopando e eu sei disso há anos. Aqui ninguém vive, a gente se concentra pra sobreviver. É como estar em um campo minado. Não tem descanso, o tempo todo é tenso e estamos sempre prestes a ter uma discussão feia. Geralmente por causa de mim. Sinto pena das minhas irmãs. Estive pensando em ir embora hoje, de tão perturbada que estava. Voltar pra república na cidade onde estudo, pra deixar tudo pra trás. Notei que nem minhas irmãs sentem minha falta mais porque quem eu sou aqui é um bicho briguento e amargurado. Causo brigas, sou grossa, e quando não estou fazendo isso estou isolada, chorando me lamentando e querendo morrer.
O remédio afastou essas coisas. Eu só conseguia pensar em me bater e bater nela, mas agora mal consigo pensar uma coisa de cada vez. Espero que o efeito dure.
É uma pena e muito triste que as coisas sejam assim. E que eu ainda queira destruir tudo.
Penso em voltar pra outra cidade principalmente porque aqui não consigo estudar. Mal estou conseguindo ler. Planejei tantas coisas pras férias, conteúdos da faculdade que eu tinha que aprofundar ou acrescentar, mas não consigo fazer nada.
Estive pensando sinceramente em morrer. Sempre achei uma boa ideia. mas ultimamente tem parecido quase necessária. Só sinto que se eu puder sair de onde estou, posso me concentrar no que amo e sei fazer, e crescer através disso. Mas enquanto desejo matar e morrer nada disso existe. Não tem como surgir nada bom da vida que estou vivendo agora.
O mais triste é que eu não quero recuperar o que tinha aqui, não quero perdoar ela. Quero que ela suma ou sofra. Só isso. É a minha mais antiga e pior parte.
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