terça-feira, 21 de maio de 2019
Enchanted
Eu estou encantada com uma música. Infelizmente é da Taylor Swift, mas devo reconhecer q ela sabe fazer músicas tristes/românticas.
Algumas músicas dela tipo Back to december e Safe and sound transmitem muito muito bem sentimentos difíceis. Back to december é a melhor música sobre arrependimento amoroso, até porque acho que poucas músicas falam sobre isso.
Mas eu estou nesse momento de Enchanted e hoje depois de ouvir 894 vezes pensei que provavelmente estou ouvindo ela demais porque estou num momento muito esperançoso e sofrido. A palavra longing não tem uma tradução exata infelizmente mas é exatamente o que eu sinto. Porque é essa ânsia sofrida, esse desejo que envelhece e se torna medroso mas ainda espera. Me sinto bastante estagnada e um pouco cansada dos golpes diários de me ver ainda recuando, ainda incapaz de confiar e corresponder.
Tirei meu tarot hoje e na carta do "problema" tirei 7 de ouros, e o significado que encontrei foi: "A carta sete de ouros no Tarot tem um significado muito interessante. Ela indica que você provavelmente vive uma prisão interior que dificulta o enfrentamento de alguma mudança mais do que necessária no seu caminho."
Não tenho muito o que falar mais sobre isso. Conheço meus problemas mas ainda não sei lidar com eles. Talvez eu deva parar e pensar novas estratégias.
Fora isso, tenho tido meus momentos. Estou confusa e bastante insatifeita a maior parte do tempo mas não vejo muito o que fazer porque sei que é a fase pela qual estou passando. E isso vai passar. Mas outra carta que eu tirei, Cavaleiro de copas (que inclusive é a segunda tiragem seguida que pego essa mesma carta pra parte do Eu), falou sobre como eu preciso procurar colocar mais alegria nos meus dias mesmo que nessa fase que eu sei que vai ser difícil:
"ele quer te avisar que você está insatisfeito há muito tempo com alguma questão, mas que não sabe ou não tem coragem de finalizar este ciclo. Este sentimento está te prendendo não somente à situação, mas também está pesando e estagnando a sua vida. Portanto, tire um tempo para refletir sobre suas lutas e seus anseios, veja o que te faz feliz, esta é sua vida e você precisa se colocar em primeiro lugar, você necessita lutar pela felicidade, sendo assim, o único medo que você deve ter é o de não desfrutar plenamente desta vida que possui."
Assim, sei que preciso mudar, e talvez deva começar a me esforçar mais nisso. Fazer eu mesma as coisas boas que eu espero. Acho que pode dar muito certo.
Dill, xx.
sábado, 18 de maio de 2019
StressedOut
A última semana tem sido difícil, não sei dizer muito bem por quê. O semestre embarcou naquele ritmo de 4 trabalhos por semana e isso com certeza tá ajudando no estresse, mas a minha falta de dinheiro também está ajudando muito. Quando venho pra casa fico doida pra sair mas não posso. Quando estou lá, a mesma coisa. Semana passada ainda cheguei a ir em uma cafeteria e comprar chocolates, um luxo que não posso manter de jeito nenhum. Já pedi dinheiro emprestado pra minha mãe duas vezes esse mês, e estou ficando cansada. Estou tentando ir melhorando as coisas, mas tenho muito pouca paciência.
Hoje era pra eu ter saído mas começou uma chuva pesada que durou quase o dia todo, e quando está assim fica muito difícil sair aonde moro. Chato pisar em poças o tempo todo. Mas acabei ficando muito frustrada com isso, porque já estava acumulando frustração a semana toda. Além disso, quando tento me distrair das minhas fantasias consumistas, só tenho as coisas da faculdade pra fazer, o que torna bem difícil eu ter cabeça pra estudar. Agora mesmo estou com meus cadernos, anotações e canetas à mão, sei o que tenho que fazer, mas meu estresse só aumenta quando tento começar qualquer coisa.
Queria dar um tempo. Pouco tempo, só um pouco mesmo. A sequência de golpes é o que acaba comigo.
Além disso, essa semana também tenho que resolver meu psiquiatra porque nem eu nem minha irmã mantivemos um bom ritmo de consultas e por isso estamos sem nosso ansiolítico. Tenho exatamente um comprimido agora e não sei o que vou fazer. Tenho que relaxar.
Além disso tudo, na faculdade eu estou com um azar da desgraça pra trabalho porque estou em dois deles muito complicados, aonde eu sou a única pessoa que está se preocupando com os trabalhos. Os grupos de whatsapp dos trabalhos estão mortos, ninguém fala nada, como se o trabalho nem existisse, e isso ME MATA. Estou ficando muito estressada com isso, mas esse fim de semana resolvi que vou deixar eles se virarem e não vou falar mais nada. Não vou fazer trabalho de grupo sozinha. Que morram.
Esse é o nível de estresse que eu estou. Quero relaxar mas não faço ideia como. Talvez eu deva pegar a vodka da dispensa e beber pura o quanto conseguir ou ir jogar videogame até cansar. Ou os dois. Deixar meus textos pra lá, mesmo que na minha cabeça eu já esteja planejando tomar café de madrugada no domingo pra fazer as coisas. Não consigo abandonar completamente porque são coisas importantes pra mim, mas do jeito que está não quero continuar. Tenho que sair ou mudar. Talvez os dois.
Estou sentindo falta de praticar minha wicca e talvez seja a hora de começar um grimório. Talvez. Pelo menos um bem primitivo, intencional.
Espero melhorar.
Dill, xx.
P.S.: Com o coração sensível, estou ouvindo muitas músicas de encanto e esperança, que é um pouco como me sinto agora. Estou ouvindo Enchanted da Taylor swift, que eu odeio como pessoa mas gosto de algumas músicas que têm muito uma vibe de filme infantil de princesa. Enchanted fala de alguém muito encantável, como eu, e suplicante, como eu. Alguém que espera tanto que dá pena.
Hoje era pra eu ter saído mas começou uma chuva pesada que durou quase o dia todo, e quando está assim fica muito difícil sair aonde moro. Chato pisar em poças o tempo todo. Mas acabei ficando muito frustrada com isso, porque já estava acumulando frustração a semana toda. Além disso, quando tento me distrair das minhas fantasias consumistas, só tenho as coisas da faculdade pra fazer, o que torna bem difícil eu ter cabeça pra estudar. Agora mesmo estou com meus cadernos, anotações e canetas à mão, sei o que tenho que fazer, mas meu estresse só aumenta quando tento começar qualquer coisa.
Queria dar um tempo. Pouco tempo, só um pouco mesmo. A sequência de golpes é o que acaba comigo.
Além disso, essa semana também tenho que resolver meu psiquiatra porque nem eu nem minha irmã mantivemos um bom ritmo de consultas e por isso estamos sem nosso ansiolítico. Tenho exatamente um comprimido agora e não sei o que vou fazer. Tenho que relaxar.
Além disso tudo, na faculdade eu estou com um azar da desgraça pra trabalho porque estou em dois deles muito complicados, aonde eu sou a única pessoa que está se preocupando com os trabalhos. Os grupos de whatsapp dos trabalhos estão mortos, ninguém fala nada, como se o trabalho nem existisse, e isso ME MATA. Estou ficando muito estressada com isso, mas esse fim de semana resolvi que vou deixar eles se virarem e não vou falar mais nada. Não vou fazer trabalho de grupo sozinha. Que morram.
Esse é o nível de estresse que eu estou. Quero relaxar mas não faço ideia como. Talvez eu deva pegar a vodka da dispensa e beber pura o quanto conseguir ou ir jogar videogame até cansar. Ou os dois. Deixar meus textos pra lá, mesmo que na minha cabeça eu já esteja planejando tomar café de madrugada no domingo pra fazer as coisas. Não consigo abandonar completamente porque são coisas importantes pra mim, mas do jeito que está não quero continuar. Tenho que sair ou mudar. Talvez os dois.
Estou sentindo falta de praticar minha wicca e talvez seja a hora de começar um grimório. Talvez. Pelo menos um bem primitivo, intencional.
Espero melhorar.
Dill, xx.
P.S.: Com o coração sensível, estou ouvindo muitas músicas de encanto e esperança, que é um pouco como me sinto agora. Estou ouvindo Enchanted da Taylor swift, que eu odeio como pessoa mas gosto de algumas músicas que têm muito uma vibe de filme infantil de princesa. Enchanted fala de alguém muito encantável, como eu, e suplicante, como eu. Alguém que espera tanto que dá pena.
sexta-feira, 26 de abril de 2019
Daily apocalipse
Nunca sei direito como falar das coisas aqui... se falo delas no agora, de como foi meu dia ou se falo do macro, do gigante que me esmaga todo dia.
Porque hoje, agora, estou com medo. Medo porque aquela tristeza que me acompanha continua aqui, e a cada dia que ela fica eu tenho medo de que ela nunca vá embora. A cada coisa boa que acontece e eu percebo que essa dor não foi aniquilada, eu tenho medo. Nos últimos dias fiquei muito cansada, e isso sempre piora as coisas. Além disso, está muito quente, e isso também piora. Tudo me agride no calor, e hoje eu nem consegui sair de casa porque não consegui encontrar uma roupa que tapasse meus braços.
E o cansaço me deixa automaticamente triste e nervosa.
Eu ainda estou tentando seguir as coisas no dia-a-dia, tentando terminar a semana bem, cumprindo minhas coisas. Mas algumas coisas ainda me deixam triste, porque no fundo, nada muda.
Acho que quando comecei a faculdade, não imaginei o quanto isso levaria de mim. Ao mesmo tempo, não sei como seria de outra forma.
Eu não tenho nada, e o único jeito inteligente de construir seria fazendo o que fiz.
Minha única opção é a esperança. Não posso fazer mais nada além de lutar até o final.
Por enquanto vou vivendo esses apocalipses diários com toda a força que eu tenho.
Porque hoje, agora, estou com medo. Medo porque aquela tristeza que me acompanha continua aqui, e a cada dia que ela fica eu tenho medo de que ela nunca vá embora. A cada coisa boa que acontece e eu percebo que essa dor não foi aniquilada, eu tenho medo. Nos últimos dias fiquei muito cansada, e isso sempre piora as coisas. Além disso, está muito quente, e isso também piora. Tudo me agride no calor, e hoje eu nem consegui sair de casa porque não consegui encontrar uma roupa que tapasse meus braços.
E o cansaço me deixa automaticamente triste e nervosa.
Eu ainda estou tentando seguir as coisas no dia-a-dia, tentando terminar a semana bem, cumprindo minhas coisas. Mas algumas coisas ainda me deixam triste, porque no fundo, nada muda.
Acho que quando comecei a faculdade, não imaginei o quanto isso levaria de mim. Ao mesmo tempo, não sei como seria de outra forma.
Eu não tenho nada, e o único jeito inteligente de construir seria fazendo o que fiz.
Minha única opção é a esperança. Não posso fazer mais nada além de lutar até o final.
Por enquanto vou vivendo esses apocalipses diários com toda a força que eu tenho.
quinta-feira, 11 de abril de 2019
Whatever ever
It's not true
tell me I've been lied to
What the hell did I do?
Never been the type to
Let someone see right through
Estou muito triste desde ontem sem saber o por quê. Acho que é a primeira vez que isso me acontece, geralmente tenho uma causa bem específica.
Não estou dormindo direito e talvez seja isso, mas ainda me parece muito estranho. Parece que esqueci de tomar meus remédios, mas estou tomando. Hoje fiquei sentindo aquele buraco doído no peito, uma sensação horrível. Ontem também, sempre como se quisesse chorar mas sem conseguir.
Voltei pra casa mais cedo e muito triste ouvindo Billie Eilish e procurando algum lugar pra ficar, mas não encontrei. Passei por umas amigas e percebi que elas não iam parar pra falar comigo.
É engraçado porque sei que não sou uma pessoa muito querida e que também não faço nada pra mudar isso, mas me entristece ser insignificante como sou.
Estou extremamente cansada e louca pra ir pra casa, mas o dia amanhã ainda vai ser longo antes de eu poder ir. Mesmo assim me alivia dizer que amanhã vou pra casa.
É estranho como estou cansada, não tenho achado a rotina tão pesada assim. Mas enfim.
Estou me controlando muito mais financeiramente e esse mẽs talvez a vergonha seja menor.
Só quero ficar bem, e sei que vou.
Dill, xx.
tell me I've been lied to
What the hell did I do?
Never been the type to
Let someone see right through
Estou muito triste desde ontem sem saber o por quê. Acho que é a primeira vez que isso me acontece, geralmente tenho uma causa bem específica.
Não estou dormindo direito e talvez seja isso, mas ainda me parece muito estranho. Parece que esqueci de tomar meus remédios, mas estou tomando. Hoje fiquei sentindo aquele buraco doído no peito, uma sensação horrível. Ontem também, sempre como se quisesse chorar mas sem conseguir.
Voltei pra casa mais cedo e muito triste ouvindo Billie Eilish e procurando algum lugar pra ficar, mas não encontrei. Passei por umas amigas e percebi que elas não iam parar pra falar comigo.
É engraçado porque sei que não sou uma pessoa muito querida e que também não faço nada pra mudar isso, mas me entristece ser insignificante como sou.
Estou extremamente cansada e louca pra ir pra casa, mas o dia amanhã ainda vai ser longo antes de eu poder ir. Mesmo assim me alivia dizer que amanhã vou pra casa.
É estranho como estou cansada, não tenho achado a rotina tão pesada assim. Mas enfim.
Estou me controlando muito mais financeiramente e esse mẽs talvez a vergonha seja menor.
Só quero ficar bem, e sei que vou.
Dill, xx.
sábado, 30 de março de 2019
Downhill Lullaby
No momento ouvindo a música nova da Sky Ferreira no repeat enquanto decido qual texto ler. Inclusive, essa semana está sendo muito boa no mundo da música, vários lançamentos das minhas deusas.
Primeiro a Grimes lançou Pretty Dark que eu ouvi até cansar (ainda não cansei). É linda demais e me lembra um romance alienígena, do jeito que a Grimes faz muito bem, misturando uma coisa fora-do-mundo com sentimentos muito humanos ao mesmo tempo. Acho que é uma forma alienígena ou desconectada de sentir coisas humanas. Mais eu impossível.
Depois, eu descori Billie Eilish. Meio que de novo né, porque primeiro conheci When I was Older pelo instagram do Afonso Cuarón (inclusive, que feed monocromático perfeito) e fiquei viciadíssima por dias, igual com Pretty Dark. Mas WIWO tem uma vibe de tristeza à beira do mar que é muito única, inclusive, outras músicas da Billie me lembram isso. Melancolia, encanto e medo perante coisas grandiosas e lindas como o mar... é isso que me lembra. WIWO é linda em tudo, incluindo o título que eu amo por ser uma narrativa inlocalizável no tempo, falando do futuro no passado. Agora, me apaixonei por When the party's over, que é muito, muito delicada e tem uma letra linda. Tudo da Billie é lindo e eu me apaixonei pela personalidade dela também. Ela é um gênio, simplesmente.
Agora, estou ouvindo a nova da Sky, como eu disse, que é bem diferente das outras músicas que eu estava falando. É pesada, e por algum motivo me lembra um faroeste dramático, ou algum tipo de vertigem na terra... algo como Um corpo que cai, não sei.
Enfim, estou ouvindo muitas músicas porque estou sozinha no fim de semana na outra cidade, e (tenho certeza que graças ao meu antidepressivo) estou bem com isso, cuidando das coisas e equilibrando a maioria. Mas com certeza esse semestre se trata de recolocar prioridades, sendo a maior delas o meu bem-estar, e isso inclui um desempenho ok na faculdade, claro, mas tenho me sentido mais à vontade com tudo. O pânico ao ler textos diminuiu muito, e isso ajuda tudo.
Quanto ao meu coração e à minha vida, as coisas ainda estão assentando, mas tenho tido a impressão que eu deveria ter menos pretensões ou planos acerca dessas coisas, Acho que tenho que entender que talvez eu passe a vida sem romances mesmo, ou com coisas muito mais instáveis do que eu desejava. Porque eu sou instável. Não sei nada sobre amor, nem tenho ideia do que é, e acho que eu deveria ficar aonde sei andar. Estou conseguindo ficar bem mais alheia, dessa vez de um jeito menos triste, e acho isso bom. Não tenho intenção mesmo de me relacionar, então tenho que parar de tentar. Amizades ou não. Tenho parado. Acho que vai me fazer bem.
Bom, estou meio louca, mas acho que está tudo bem.
Que meu remédio me dê forças.
Acho que poderia continuar falando, mas vou ficar por aqui.
Até breve, espero.
Dill, xx.
quinta-feira, 7 de março de 2019
Who believes anything at this point
No momento ouvindo How could an Angel break my heart repetidamente enquanto tento curar o coração do dia.
Cometi alguns erros bobos e sofri consequências exageradas e injustas, mas quando não é você que faz as regras, acredito que é responsabilidade sua agir de maneira a evitar as consequências que você já conhece. Basicamente, se eu sei que fogo queima e ainda assim sou descuidada e me queimo, a culpa não é do fogo.
Tenho tentado aprender mais com tudo e uma das coisas que mais tem me feito bem é reconhecer a culpa em mim e não nos outros. É muito sofrido tentar mudar outras pessoas. Nunca me dei bem com isso. Prefiro me afastar.
Aconteceram muitas coisas nos últimos dias, e eu já começo a me sentir meio dramática sobre voltar pras aulas na outra cidade.
Como sempre não quero muito ir, mas tenho tentado me preparar melhor dessa vez. Pela primeira vez, estou comprando decoração e pensando em maneiras de tornar o meu lugar lá menos estranho e mais familiar.
Muitas coisas estão me cansando um pouco agora e eu ainda estou em dúvida quanto a algumas decisões. Acho que ainda não me decidi quanto a minha própria implicação com as coisas que me acontecem. Tentar o seu máximo nem sempre é a melhor opção, hoje eu sei disso. Mas o peso dos meus traumas também me tornaram uma pessoa preguiçosa e medrosa, que acaba se envolvendo pouco nas próprias decisões. Fico esperando o vento aumentar pra me levar pra algum lugar novo ao invés de fazer isso com minhas próprias pernas.
Não sei o que fazer exatamente. Mas a sensação de que eu devia fazer alguma coisas sempre cresce.
Não tenho tanto a dizer quanto imaginei.
Acho que vou agora.
Dill, xx.
domingo, 17 de fevereiro de 2019
Running thoughts
Estou meio agitada, com o coração acelerado e meio nervosa, acho que por causa do remédio. Fico tentando equilibrar com o outro remédio, mas continuo agitada, até pra dormir. O bom é que as crises de choro pararam totalmente, e estou feliz por isso.
Tive alguns problemas técnicos essa semana com o notebook e o cartão da minha câmera e fiquei preocupada em ter que comprar outro. Estou precisando de uma calça nova e meu fone de ouvido está estranho há meses, estou só esperando ele estragar de vez. Vou ter que equilibrar isso tudo com o início do semestre. Que aliás, já começa a me assustar. Até a minha vontade de desistir já está atacando.
Acho que minha melhor reação é resistir por teimosia. Teimosia corajosa, sabe? Sei que sou forte no sentido em que já aguentei muita coisa, mas muitas vezes me acho completamente fraca. É bem difícil eu ver um equilíbrio entre essas duas coisas, e esses extremos sempre me fazem mal.
Hoje em alguns momentos me senti triste e fiquei pensando que é bem difícil sentir o tempo todo que tenho que me desculpar por quem eu sou. Sinto que sou ofensiva, que quem eu sou é uma ofensa. Minha feiura, minhas manchas, minha vergonha, minha violência. Meu extremo desajuste. Tudo isso... acho que sinto que tudo o que apresento ao mundo é ofensivo em alguma medida.
Talvez por isso eu sinta que mereço repreensão.
Talvez por isso eu procure castigos em quase tudo.
Acho que só incito no mundo o que eu acho que mereço. Mas dói muito quando recebo.
Uma das coisas que ficou muito clara pra mim no ano passado é que não sei amar. Não sei o que é amor, nem desconfio. Mas também sinto pela primeira vez que quero aprender. Chegar numa espécie de extremo pela primeira vez me mostrou que qualquer coisas vale a pena pra tentar se salvar porque perder essa luta mental é sofrido demais. Acho que não consigo aguentar ser uma tragédia.
Virar uma história triste me assusta. Não é por vaidade, eu acho. Ou talvez seja. Virar palavras de pena me assusta muito.
A minha mania ou ímpeto de produzir coisas bonitas tem diminuído, não pensei muito ainda no por quê. Não sei se cansei, se não vejo mais razão nisso. Acho que também estou começando a ver outros tipos de beleza.
A beleza da confiança genuína, da entrega física e mental às pessoas e ao mundo. Essa beleza que sempre me foi desconhecida pela primeira vez talvez não esteja me aterrorizando.
O jeito que eu caí ano passado, como eu sucumbi a tudo me colocou numa posição aonde pela primeira vez a minha única opção era me abrir. Era isso ou morrer. Senti isso muito claramente, era isso ou morrer.
Ao mesmo tempo, consegui pedir amor de uma maneira ingênua que talvez eu só tenha feito quando era criança. Percebi o quanto de amor existe na minha vida pequena, e os pontos em que isso me sustenta. O medo do amor, a falta dele... tudo isso me marcou e andou comigo, me formou. Mas ainda sou muitos pontos obscuros.
Não sei o que eu queria dizer aqui. Só estava com o coração acelerado e um pouco triste por ser doente. Só posso seguir em frente.
Espero que sejamos fortes.
Dill, xx.
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