terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

When I was older

Nas minhas longas férias, sigo passando eu tempo da melhor maneira possível. Queria estar lendo mais, mas estou conseguindo estudar relativamente bem, e lendo alguns livros. Percebi depois de um tempo que a depressão forte em que caí no semestre passado ainda está longe de ser curada, e que devo manter um cuidado e atenção comigo por bastante tempo ainda. Alguns triggers que eu já conheço tenho procurado evitar, e tenho tentado pedir ajuda sempre que necessário, me abrir sobre meus estados. Frequentemente fico muito assustada sem grandes motivos porque as coisas crescem sozinhas na minha cabeça e quando vejo estou sem ar, agressiva e aturdida. Nesses momentos, tenho tentado reconhecer que isso também é a depressão, que essa doença não é só chorar e ficar deitado, mas é também agressão, desconfiança, auto-depreciação e etc. Nesses momentos então, tenho tentado pedir ajuda e me tratar como for necessário. Tem sido muito importante pra mim mesma saber que me coloco antes que qualquer outra coisa, porque se tem uma coisa que perdi há muito tempo é a confiança em mim mesma. É muito ruim saber que você não é capaz de tomar as melhores decisões por si mesma. Estou tentando mudar isso.
Assim, a proximidade do novo semestre começa a me assustar às vezes e eu tento não me desesperar totalmente. Tem me ajudade simplesmente ficar perto da minha família. Apesar de eu ter notado que preciso sair com uma certa frequência, se não quando volto a sair entro em pânico meio fácil.
Bom, eu continuo com as minhas doideiras financeiras, e me enrolei desde dezembro basicamente. Peercebi que voltei de novo a um sentimento de que preciso ter tudo, de que tudo me pertence. Assim, tudo que eu gosto eu quero, e se dá, eu compro. Passei tempo demais em shoppings esse verão, principalmente pelo ar condicionado. Mas por isso acabei gastando muito e estou chateada em precisar de ajuda de novo. Preciso parar e me encostar agora.
Dito isso tudo, eu estou muito, muito feliz. Tão feliz que tenho tido dificuldade de me arriscar em algumas coisas que tinha planejado. É como se tudo o que aconteceu tivesse me sugado muito e agora que estou num lugar calmo, de cura pra mim, não quero voltar mais. Claro que ainda quero tudo o que está lá fora, mas agora eu sei o preço de crescer, e isso me dá medo. Hoje sei que eu sair de casa pra fazer faculdade me deu uma experiência sem preço, que me obrigou a crescer muito além do que eu teria crescido em casa. Hoje eu sei mais precisamente o significado de maturidade, família e sacrifício. Estar em um lugar ruim e saber que se está lutando por algo melhor. Saber o valor de um abraço de quem se ama enquanto eles ainda estão aqui. Às vezes eu quero abraçar minha família o maior tempo possível e tentar mostrar como as amo. É realmente a única coisa que vale a pena, e eu já fui uma pessoa que não dá valor nenhum a isso.
Sigo com sonhos enormes e sendo uma mistura de ambição e terror a tudo. Acho que estou sempre brigando com o meu medo, acima de tudo. E se não fosse minha inconformação e idealismo extremos eu acho que nunca sairia do lugar, hah. Acho que nada é ruim em si, temos que aprender a usar nossas qualidades e defeitos; por isso é tão importante ser honesto consigo mesmo e saber quem somos.

Adieu, adieu.
Dill, xx.

P.S.: O título do post é a música da Billie Eilish que eu não paro de escutar. Se água pudesse cantar, seria assim.❤❤❤


E, minha deusa, o que é a fotografia de Roma, hein. Ainda não vi mas já venero.
Não se esqueça que seja quem você for, você faz parte do mundo e estamos juntos. Amar e viver exige muita, muita coragem, e falhar nisso não é nada ruim. Aprendizado dói, é como crescer dentro de uma casca velha. Mas a dor, o amargo, a chuva, o medo, o riso, o calor que conforta, tudo faz parte do mesmo todo. E estamos juntos.

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