quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Noël sans vert cheveux
Aya! Merry Happy, Merry Christmas.
Hoje é Natal, *o*
Tempo bom, sempre bom. E ontem foi um dia de grandes surpresas pra mim porque eu ganhei presentes! Isso é algo meio raro depois dos 15 anos. Bom, eu ganhei presentes e coisas tão legais que eu nem acredito. Da minha airmã eu ganhei uns bottons do SOAD E Green Day, uma necessaire (de bigodinhos!), um rímel e um cartão presente da Saraiva! Aya, livros! E meu pai (meu pai!), me deu uma caixinha de som que é a melhor coisa do mundo. Toca pen drive, celular e até mp4. Agora eu nunca mais fico no silêncio. *o*
Eu não sei o que foi mais impressionante: meu pai me dar presente, ou mei pai acertar no presente. Haha, eu realmente amei a caixinha, e amei os presentes da minha irmã também, cada um deles. Estou realmente impressionada. E muito feliz também.
O Natal aqui foi bem simples, eu nem vesti nada especial, só uma roupa que eu achei legal. Fiquei descalça, comi o que pude e um pouco mais. Não tiramos fotos, o que foi legal, porque eu acho meio chato ficar perdendo tempo para tirar fotos. Geralmente as pessoas perdem tempo tirando foto enquanto podiam estar fazendo algo para se lembrarem. Aí termina a noite, e tudo o que você tem são fotos, não histórias.
Meus gatos corriam toda vez que soltavam fogos, o que foi bastante frequente, então acho que para eles foi uma noite de exercícios(=^.^=). No fim da noite, nós colocamos um filme, Os Safados, que foi um pouco parado e fez minha irmã dormir. Meu pai foi dormir antes disso, e minha mãe não quis ver mesmo. Ficamos só eu e minha outra irmã assistindo, com os olhos queimando de sono (pelo menos os meus). Foi um filme legal, pela história, mas era realmente lento kkkk.
Assim foi o Natal aqui e foi um dos melhores, espero que tenham mais assim. Gostei porque ninguém estava preocupado em fazer uma festa animada ou muito feliz, e acho que foi isso que a deixou mais feliz. Foi tranquilo e legal, como deve ser. :D
Bom, quanto ao meu cabelo verde, houve um problema no salão (o descolorante estava em falta) e eu não pude fazer. Aliás, eu tenho que ir lá remarcar, mas provavelmente só vou pintar depois do Ano-novo. Não fiquei triste com isso, mas toda vez que eu vejo uma foto de cabelos coloridos, me dá uma ansiedade hehe.
Espero que você tenha tido um bom Natal, mas se você não teve, não ligue. É só mais um dia, e amanhã é outro. E tenha paciência com as pessoas, elas estão tão confusas quanto você.
Au revoir tout le monde,
Bucaneira Dill.
P.S.: Quando minha irmã me deu o presente, tinha um cartão, e ela escreveu algumas coisas bem legais. Mas acho que ela está um pouco preocupada comigo, porque ás vezes eu fico muito triste e reclamona. Também não sou muito educada quanto ás figuras santas (kkkkkk). Com isso, eu pude ver que faço outras pessoas sofrerem quando sou má comigo mesma, e agora quero ser outra coisa. Se eu não puder ser forte por mim, posso ser forte por quem eu amo.
Preciso seguir um frente, de verdade.
Tired of being nothing? Stand for something.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Nada, Dok Mi, Donuts e depressão.
OI.
Fala ae povo. Nada acontecendo na sua vida? Aham, para de me imitar.
Bom, minhas férias tem sido muito boas só por eu não estar no colégio. Assim, mesmo se eu perder meu pé, for sequestrada, ou ser atingida por um atampa de bueiro, eu ainda vou poder pensar: "pelo menos eu não estou na escola". Porque isso é algo que sempre conta.
Na semana passada (eu acho; tá passando muito rápido mesmo...) eu fui na casa de uma amiga minha e nós conversamos bastante, como quando nós estudávamos juntas. Nós cozinhamos também, cozinhamos muito porque fizemos biscoitinhos de polvilho frito e Donuts! Donuts! (entendeu? Donuts!)
Ficaram muito bons mesmo, nem parece que fomos nós que fizemos :p
Fizemos com cobertura de chocolate :p queria que tivesse algum aqui ainda...
Mas isso não seria bom pra mim exatamente agora porque eu estou tentando começar a tentar me alimentar melhor.
Se eu continuar com a minha alimentação atual, com muito otimismo eu chego aos 30 anos. Hahaha, calmalá, exagerei. Mas sério, detesto minha alimentação, tá uma completa bosta (boosta). O problema é que me enchem tanto o saco por causa de alimentação aqui em casa que me dá vontade de morrer. De verdade, eu queria parar de existir. Não é sempre, mas boa parte do tempo eu queria ser uma pedra. Não sentir nada, não ser nada, e nem sequer poder ficar triste por isso, já que eu não sentiria nada.
Eu tenho que tentar ser alguma coisa logo... estou me sentindo muito vazia, sabe. Oca memso. Nem consigo acreditar nas coisas, no mundo, sei lá... é difícil de explicar, mas eu me sinto tão morta que parece que nada existe. Pra mim, parece que tudo é uma mentira. Absolutamente tudo. Eu, você (o zoboomafoo não), as paredes, esse post, esse blog. Tudo morto, como eu.
Às vezes eu sinto como se tudo no mundo estivesse morrendo, ao mesmo tempo. E que nada que eu faça vai mudar as coisas. Tipo o Fim de tudo. Por isso eu tenho que fazer alguma coisa, me mexer.
Eu estava refletindo hoje, e pensei que sair do colégio me deixou livre do que me prendia antes. Isso é muito bom, mas agora eu tenho conciência que o que acontecer comigo, se eu ficar triste, deprimida, a culpa vai ser minha. Agora sou eu que decido o que acontece comigo. Espero que eu decida coisas boas.
Preciso encontrar um espaço pra mim nas coisas.
Pra terminar esse troço doido que ficou esse post (porque de Donuts pra depressão, né...), seguindo a mesma linha de pensamento, venho dizer que amanhã vou pintar minhas mechas verdes no cabelo. Estou bem ansiosa, e com medo também. Vai que, né.(o que?) (hã?)
Daqui a alguns dias eu posto de novo, falando qualquer coisa. Se eu tiver paciência de tirar alguma foto, quem sabe...(aham kkkkkk).
Boa noite, pessoinhas.
Vão ler seus livros. Tentem não morrer. E se forem fazer isso, façam de um jeito legal.
Adieu,
n'ecoutez pas moi, s'il vous plaît.
Bucaneira, le mort fille, XX.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
I think I'll be Alright
HA-HA!
Oi galerinha. Olha, eu estava lendo o meu último post antes de escrever este e, nossa... como eu estava estressada kkkk
No início das férias, tipo na primeira semana, foi um pouco difícil eu acostumar que eu não teria mais que sofrer todo dia. Eu continuei chorando por uma semana mesmo nas férias já, porque eu não conseguia entender que tinha passado, sabe? Mas agora já estou bem diferente, acho que não chorei nenhuma vez nessa semana :D yeyy!
Eu ainda estou tendo aulas em dois cursos que eu faço, mas lá é muito diferente da escola. Primeiro porque eu gosto do que estou aprendendo, e segundo que eu não falo com ninguém lá, mas também não desprezo nenhum deles. São pessoas legais. Ainda é um pouco difícil ir aos cursos, porque eu tenho uma certa dificuldade de sair de casa. Eu fico muito muito nervosa e é sempre difícil, mas a cada dia que eu consigo ir tento ficar feliz com isso. E quando eu volto já não dói mais.
Ah, e tem o Natal chegando também, né. A melhor época do ano *o*. Por mim sempre seria duas semanas antes do Natal, pra sempre kkkkk. As luzes na rua... tão legal. Só não gosto dessa correria de compras que tem. Isso enfeia muito o Natal. Taí duas coisas que o consumismo estraga: o Natal e a Moda. São coisas que sem o consumismo são profundas e bonitas, mas com ele ficam feias e rasas :(
Bom, esse post
Ah, e eu estou bem ansiosa pela semana que vem porque eu vou pintar umas partes do meu cabelo de verde :) kkkkkk, to doida pra ver como vai ficar. Estou morrendo de medo de ficar feio também, né, mas se ficar, a tinta preta custa 6 reais. Haha, reze pelo meu cabelo, s'il vous plaît.
Eu não acredito que alguém realmente leia essas coisas daqui, mas se você leu, obrigada pessoinha!
Desejo-lhe todos o travesseiros do mundo (isso é muito bom)!
Viva o presente, porque o futuro não existe e o passado não muda.
Se perdoar é o primeiro passo :)
Huaklo, vous tous!
Bucaneira, XX.
sábado, 2 de novembro de 2013
O Retorno de Mim
Nooossa, esse bolg ainda tá aqui. Meda. Mas legal, achei que o Google já tivesse excluído.
Bom, nem sei quanto tempo passou desde a última postagem... mas o que importa é que agora eu tenho uma coisa boa pra contar: eu vou terminar o ensino médio. Finalmente. Sério. Nem acredito. Falta tipo, um mês pra acabar tanta coisa ruim na minha vida, que eu nem sei como reagir (mentira, sei sim). Acho que vou sair por aí, andar sozinha, ver as coisas e ver se elas estão diferentes porque eu terminei o colégio. Eu não vou participar da minha formatura, porque eu não me sinto bem em eventos de turma. Eu sempre me sinto um peso ali, porque ninguém gosta de mim (sério, não é modo de falar). Não é que me odeiem, mas tipo, eu não sou nada ali, sou tipo um vaso de samambaia (sem ofensas, samambaias). Aí geralmente eu fico triste pensando que quando eu for embora, ninguém vai me abraçar, dar tchau, ou sequer notar que eu fui. E também, quando tiram fotos de turma, eu me sinto um peso, porque eu posso ver eles olhando aquela foto dali a alguns anos, pensando: "quem é essa aqui??". E não vão se lembrar de mim. Então eu vou ser aquela coisa estranha, o incômodo da foto. Então, querido, prefiro sair e comprar uma casquinha.
Agora falando da minha casa, eu estou realmente a beira de um ataque. Quer dizer, eu tenho um ataque quase todo dia mesmo. Eu acho que estou criando um câncer no pé de tanta raiva. Culpa da minha mãe (e minha também, tá.). O problema é que nós somos tipos completamente diferentes de pessoas, e o que tem acontecido é que ela simplesmente não desiste de falar mal do que eu como. Tudo porque há tipo quase um ano já eu resolvi não comer mais carne. Ó Deus. Se eu soubesse.
Eu sei que não me alimento bem. Mas antes de ela começar a me encher, eu até estava tentando mudar, acrescentar coisas à minha alimentação, talz... mas quando ela começou a falar, falar, falar, falar, eu perdi a vontade de viver. Porque eu sempre gostei de comer. Sério, tenho uma verdadeira alma de gordo. Pra mim, refeições são as melhores partes do dia, principalmente café-da-manhã e lanche. Por isso eu estou quase tendo um treco, porque agora em todas as minhas refeições ela começa a falar exatamente as mesmas coisas. E fala, e fala, e fala, e fala... Eu me estresso tanto que nem sinto mais o gosto da comida. Também, ela fica me chamando de idiota, não pára de olhar pro meu prato e comentar que ela conhece um filho-de-não-se-quem que como mais que eu "e-ele-é-só-um-bebê". Sério, minha vontade é quebrar tudo na cozinha. Tipo, literalmente, porque eu tenho uns ataques de fúria assim. Imagina você indo fazer fazer sua coisa preferida e todo dia vir alguém pra estragar isso. Uma vez eu comecei a jogar um monte de balde pela casa, rodo, vassoura nos armário e o caramba. Minha mãe quase me matou, mas aquilo teve outros motivos, eu estava muuito deprimida e revoltada porque minha mãe só fazia reclamar que eu não mudava porque não queria, e falava, e falava, falava, falava...
Bom, eu estou realmente me esforçando pra não fazer nada drástico, mas já está até difícil segurar os palavrões com ela, e olha que eu não xingo. Mas Jesus, é muita raiva. Acho que eu tenho que fazer terapia mesmo, isso deve ser clínico.
Por enquanto, eu continuo esperando as provas de fim de ano, rezando pra passar, chorando de raiva, quebrando as coisas no meu quarto mesmo já que na cozinha não pode... assim eu vou levando a vida
Espero que você seja feliz, seja você quem for :D
Bucaneira de volta, XX.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Como se encaixar no século XXI
Não pense, criança! Sons estranhos
bagunçam sua mente...
Não pense, vá assistir um pouco de
tv.
Vá se impressionar com a crueldade
deste mundo.
Perca a razão, ou venda-a
e compre a mais nova personalidade
disponível.
Acredite neles!
Não ouse questionar
Comporte-se, comporte-se!
Boas notas, boa mente.
Seja a criancinha inteligente
seus pais ficariam tão orgulhosos.
Orgulho é bom!
Seja melhor que os outros.
Derrube seus irmãos e irmãs,
mas não se esqueça de adorar Jesus na
igreja no domingo.
Está tudo bem, está tudo ótimo!
Contanto que você tenha tudo o que
quer.
Quem liga para a Somália?
Jesus certamente também não liga
Jogue seus jogos, criança
Cresça e estude
mas não demais, não demais!
Arranje um emprego, alimente o Estado.
Ame o seu Estado
o SEU Estado.
Não se importe com os outros
eles são de outra igreja,
não tem nada a ver com você.
Está tudo bem, está tudo ótimo!
O Sistema é bom, ele faz seu filho
feliz.
E agora chega a sua hora de dizer
Não pense, criança! Não pense!
Assista um pouco de tv, não ouse
questionar.
Comporte-se! Comporte-se!
Seja a criancinha inteligente
eu ficaria tão feliz!
Ame o Estado, alimente o Estado.
Está tudo bem!
Só não esqueça de adorar Jesus na
igreja aos domingos.
domingo, 30 de setembro de 2012
Untitled
Instável como um coração machucado
ela está sempre no limite
entre o bem e o mal
E a queda é algo que está sempre lá
esperando para a acolher
quando ela se destrair
De repente se manter de pé se torna difícil
e respirar a machuca.
A vida pesa em seus ombros
como quilos de desespero.
Tão fraca, vive no automático.
Não vê, não sente, não sabe.
Tentando se destrair
para não pensar na vida.
Não se pergunta nada...
tem medo das respostas.
Se esconde nas dúvidas
onde a ignorância é uma bênção
dada áqueles que temem a verdade.
Mas então ela não sabe mais por quê vive.
Mas continua, por puro costume
esperando algo acontecer
anda por aí, esperando um milgare.
ela está sempre no limite
entre o bem e o mal
E a queda é algo que está sempre lá
esperando para a acolher
quando ela se destrair
De repente se manter de pé se torna difícil
e respirar a machuca.
A vida pesa em seus ombros
como quilos de desespero.
Tão fraca, vive no automático.
Não vê, não sente, não sabe.
Tentando se destrair
para não pensar na vida.
Não se pergunta nada...
tem medo das respostas.
Se esconde nas dúvidas
onde a ignorância é uma bênção
dada áqueles que temem a verdade.
Mas então ela não sabe mais por quê vive.
Mas continua, por puro costume
esperando algo acontecer
anda por aí, esperando um milgare.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Nothing ahead, nothing behind.
Hoola! Hoje estou meio triste... normal pra mim. Parece que de tempos em tempos me bate uma coisa, sabe. A saudade aperta do nada, muito chato isso. Mas como dizem, quem é vivo sempre aparece, né. Fazer o quê. O "engraçado" é que eu sempre fico triste pelo mesmo motivo. Por mais que o tempo passe, não muda nada. Tudo bem, acho que já consigo lidar melhor com tudo, mas eu ainda me pego pensando em como seria bom se eu pudesse voltar no tempo, e ficar por lá mesmo. Mas logo eu percebo que não adiantaria nada, e que na verdade, não é isso que eu quero. Agora, quando eu penso em como era a minha vida há três ou quatro anos atrás, eu percebo que na verdade, era tudo uma enorme mentira. Uma mentira boa, mas era mentira. Minha família parecia normal. Parecia que eu era mentalmente saudável. Parecia que eu era feliz. Mas era tudo falso. Literalmente. Não dá pra sair falando qualquer coisa em um blog, mas o que eu posso contar é que em 2010 minha vida sofreu uma graande reviravolta. Mas foi uma reviravolta pra baixo. Sério, foi tipo beem desesperador. De repende minha família desmoronou, sabe? Ficar dentro de casa era um inferno, e nesse mesmo ano, eu também saí do colégio que eu mais gostei na vida e fui para o que eu mais odiava no mundo. Então era um inferno ficar em casa, e quase pior na escola.
Eu não queria ficar em lugar nenhum, e toda segunda-feira (quando eu ficava pior) eu pensava em pegar um ônibus pra outro lugar, qualquer um, contanto que eu não conhecesse. Eu me lembro da sensação de ficar no colégio. Era horrível. Eu tremia desde antes de entrar lá. A hora do recreio, então, parecia o caminho pro abatedouro. Todo recreio era a mesma coisa: eu ficava muuuito nervosa, gelada e rígida, com medo da turma do terceiro ano. Eles eram um idiotas que ficavam zoando todos que pareciam vulneráveis quando não tinham mais sobre o que conversar. Eles só mexeram comigo uma vez, mas depois disso, eu quase entrava em pânico todo recreio. Só conseguia ficar pensando se eles estavam olhando pra mim, se eles tinham me visto, e se passava alguém do meu lado eu achava que era um deles e quase congelava de medo. Não tinha amigos lá, e andar sozinha (hoje eu vejo) foi a coisa mais burra que já fiz. Imbecis como aqueles, covardes, adoram pessoas como eu, sozinhas. Eu tento não sentir raiva de pessoas do meu passado, mas sinceramente, deles eu não sei quando vou poder dizer que esqueci ou me recuperei.
Mas voltando aos tempos atuais, eu fico pensando que não valeria a pena voltar de qualquer forma. Prefiro a minha tristeza real que uma falsa felicidade. Agora que eu vejo como eram ridículas aquelas cenas de família feliz, de pai amoroso e de casal feliz que meus pais faziam, eu penso que nunca voltaria prara aquele tempo, ou sequer reviveria tudo aquilo. Como era tudo falso, eu não teria para o quê voltar. As coisas simplesmente mudaram, ou melhor, nunca foram. Eu mesma mudei. O que eu quero não existe mais,nem nunca existiu, não tem passado feliz pra sentir falta. Eu me identifiquei muito com uma coisa que o Frodo disse, no Livro O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei: "Não existe um retorno de verdade. Embora eu possa voltar, o Condado não será mais o mesmo, pois eu não serei mais o mesmo. Fui ferido por faca, ferrão e dente, sem falar no fardo que carreguei por tanto tempo. Quando poderei descansar?".
E em matéria de colégio eu até era feliz de verdade, mas aquilo também passou. E por pior que tenham sido (e estejam sendo) as mihas experiências depois que saí de lá, estou aprendendo muita coisa. Aprendi que ser feliz é uma coisa que não existe senão no imaginário das pessoas. Sério. Não é uma visão pessimista ou desesperada da vida, é simplesmente verdade. Não acredito que esse mundo foi feito para a felicidade. Nem acredito que somos daqui. Não me sinto como uma "coisa" da Terra, sei que vim de outro lugar, e espero voltar pra lá bem rápido. Inclusive, isso explicaria essa saudade constante de algo que eu sinto desde sempre. Parece que não importa onde ou como eu esteja, nunca está bom. E eu não acredio que eu seja incorfomada ou dessas pessoas revoltadas com tudo, que não aceitam a vida. Eu simplesmente não pertenço à este lugar. Eu não sou daqui. Não tenho prazer em estar aqui, nem nessa forma de vida pesada e frágil. Eu sei que sou alguma outra coisa em algum outro lugar, e não é aqui. Tenho um sentimento estranho dentro de mim, uma saudade enorme de casa, de uma casa que eu não posso descrever nem lembrar, que eu apenas sinto. Por isso eu sei que é verdade. Os olhos e a memória são falhos, se enganam. Mas os sentimentos não. São sinceros e únicos. Por isso eu sei que é verdade.
Bom, eu queria falar mais coisas, mas vou terminar dando um recadinho sobre a felicidade: cuidado onde você a coloca. Vou dar um exemplo de outro livro: Vida Feliz, de Joana de Ângelis: "Não a coloque (a felicidade) nas coisas, nos lugares, nem nas pessoas a fim de que não decepciones. A felicidade é um estado íntimo, defluente do bem-estar que a vida digna e sem sobressaltos proporciona." É isso aí. Os vícios, por exemplo, são uma distração que nós criamos para não encarar os problemas da vida. Eu sou uma que posso me dizer viciada em moda. E eu sou bem cara-de-pau porque tenho a perfeita noção de que a uso como distração, desculpa... uma coisa que me faça sentir bem, pelo menos por instantes. Uma coisa que eu conheça e me sinta segura dentro. É isso que os vícios fazem. Ou melhor, é para isso que usamos os vícios: pra nos prendermos numa mentira linda, onde tudo é perfeito e controlável, e nada é real. Existe algo melhor para pessoas covardes como nós?
P.S: Desculpem pelo post longo, precisava desabafar. Escrever faz bem. Acho que vou imprimir isso em uma camiseta. :D
So long, guys,
Bucaneira.
Eu não queria ficar em lugar nenhum, e toda segunda-feira (quando eu ficava pior) eu pensava em pegar um ônibus pra outro lugar, qualquer um, contanto que eu não conhecesse. Eu me lembro da sensação de ficar no colégio. Era horrível. Eu tremia desde antes de entrar lá. A hora do recreio, então, parecia o caminho pro abatedouro. Todo recreio era a mesma coisa: eu ficava muuuito nervosa, gelada e rígida, com medo da turma do terceiro ano. Eles eram um idiotas que ficavam zoando todos que pareciam vulneráveis quando não tinham mais sobre o que conversar. Eles só mexeram comigo uma vez, mas depois disso, eu quase entrava em pânico todo recreio. Só conseguia ficar pensando se eles estavam olhando pra mim, se eles tinham me visto, e se passava alguém do meu lado eu achava que era um deles e quase congelava de medo. Não tinha amigos lá, e andar sozinha (hoje eu vejo) foi a coisa mais burra que já fiz. Imbecis como aqueles, covardes, adoram pessoas como eu, sozinhas. Eu tento não sentir raiva de pessoas do meu passado, mas sinceramente, deles eu não sei quando vou poder dizer que esqueci ou me recuperei.
Mas voltando aos tempos atuais, eu fico pensando que não valeria a pena voltar de qualquer forma. Prefiro a minha tristeza real que uma falsa felicidade. Agora que eu vejo como eram ridículas aquelas cenas de família feliz, de pai amoroso e de casal feliz que meus pais faziam, eu penso que nunca voltaria prara aquele tempo, ou sequer reviveria tudo aquilo. Como era tudo falso, eu não teria para o quê voltar. As coisas simplesmente mudaram, ou melhor, nunca foram. Eu mesma mudei. O que eu quero não existe mais,nem nunca existiu, não tem passado feliz pra sentir falta. Eu me identifiquei muito com uma coisa que o Frodo disse, no Livro O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei: "Não existe um retorno de verdade. Embora eu possa voltar, o Condado não será mais o mesmo, pois eu não serei mais o mesmo. Fui ferido por faca, ferrão e dente, sem falar no fardo que carreguei por tanto tempo. Quando poderei descansar?".
E em matéria de colégio eu até era feliz de verdade, mas aquilo também passou. E por pior que tenham sido (e estejam sendo) as mihas experiências depois que saí de lá, estou aprendendo muita coisa. Aprendi que ser feliz é uma coisa que não existe senão no imaginário das pessoas. Sério. Não é uma visão pessimista ou desesperada da vida, é simplesmente verdade. Não acredito que esse mundo foi feito para a felicidade. Nem acredito que somos daqui. Não me sinto como uma "coisa" da Terra, sei que vim de outro lugar, e espero voltar pra lá bem rápido. Inclusive, isso explicaria essa saudade constante de algo que eu sinto desde sempre. Parece que não importa onde ou como eu esteja, nunca está bom. E eu não acredio que eu seja incorfomada ou dessas pessoas revoltadas com tudo, que não aceitam a vida. Eu simplesmente não pertenço à este lugar. Eu não sou daqui. Não tenho prazer em estar aqui, nem nessa forma de vida pesada e frágil. Eu sei que sou alguma outra coisa em algum outro lugar, e não é aqui. Tenho um sentimento estranho dentro de mim, uma saudade enorme de casa, de uma casa que eu não posso descrever nem lembrar, que eu apenas sinto. Por isso eu sei que é verdade. Os olhos e a memória são falhos, se enganam. Mas os sentimentos não. São sinceros e únicos. Por isso eu sei que é verdade.
Bom, eu queria falar mais coisas, mas vou terminar dando um recadinho sobre a felicidade: cuidado onde você a coloca. Vou dar um exemplo de outro livro: Vida Feliz, de Joana de Ângelis: "Não a coloque (a felicidade) nas coisas, nos lugares, nem nas pessoas a fim de que não decepciones. A felicidade é um estado íntimo, defluente do bem-estar que a vida digna e sem sobressaltos proporciona." É isso aí. Os vícios, por exemplo, são uma distração que nós criamos para não encarar os problemas da vida. Eu sou uma que posso me dizer viciada em moda. E eu sou bem cara-de-pau porque tenho a perfeita noção de que a uso como distração, desculpa... uma coisa que me faça sentir bem, pelo menos por instantes. Uma coisa que eu conheça e me sinta segura dentro. É isso que os vícios fazem. Ou melhor, é para isso que usamos os vícios: pra nos prendermos numa mentira linda, onde tudo é perfeito e controlável, e nada é real. Existe algo melhor para pessoas covardes como nós?
P.S: Desculpem pelo post longo, precisava desabafar. Escrever faz bem. Acho que vou imprimir isso em uma camiseta. :D
So long, guys,
Bucaneira.
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