quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Discontinuous construction---

Estou passando uns tempos em casa, e, depois de muita dificuldade pra me adaptar, acho que estou mais calma com isso. Repensei muita coisa desde a última vez que escrevi aqui, e aprendi algumas coisas que acho que posso levar pro resto da vida.
Consegui marcar e ir num psiquiatra na semana passada, e agora estou tomando dois remédios. Comecei a tomar ontem, e hoje estou bastante lerda, o que eu espero que mude com os dias. Ao mesmo tempo que me preocupo de tomar remédios desse tipo todo dia, eu sempre reclamei de instabilidade emocional, e isso sempre afetou a mim e às pessoas ao meu redor. Então talvez as coisas devam ser assim mesmo. Vou ver se e como me adapto a isso.
Estou depositando bastante esperança principalmente no antidepressivo porque um pouquinho de serotonina não ia me fazer mal nenhum, tenho certeza.

Bom, não estou fotografando, nem pintando nem bordando tanto quanto eu queria (na verdade, nem posso dizer que a coisa do bordado começou) mas tenho lido mais nos últimos dias, pelo menos.


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Comecei a escrever esse post, e depois por algum motivo desisti dele.
O remédio que estou tomando está me deixando bem lesada, está difícil manter meus pensamentos por muito tempo ou seguir com uma ideia. Toda vez que tomo ele lembro da Effy nessa cena...

porque parece que eu me droguei de certa forma é isso mesmo né. Adoro.

Mudando muito de assunto, com as coisas que tenho vivido nas últimas semanas, acho que finalmente entendi o que as pessoas querem dizer quando dizem que lutam/lutaram muito pra aprender a se amar. Percebi que minha maior luta é me aceitar e aceitar as pessoas que tenho à minha volta. Melhorei muito, muito nisso, e percebi que isso envolve tomar decisões que visem o meu bem-estar e não apenas minha sobrevivência. Sempre estive preocupada em sobreviver, em superar, em ficar nos lugares apenas o tempo suficiente pra que aquilo acabasse e eu pudesse ir embora. Enfim, nunca me dei tempo pra viver o que eu queria ou sequer pra planejar uma vida que eu quisesse. Sempre busquei o mais lógico, o que parecia mais "lucrativo" de certa forma (o que me faria ter mais vantagens no final, ou que me machucasse menos). Agora vejo que isso não tem nenhum ou pouquíssimo valor a longo prazo, e no momento me preocupo em não ver sentido no que estou fazendo todos os dias.
Mas vejo também que não é nem um pouco tarde pra mudar o meu jeito de viver ou de tomar minhas decisões, claro. Sou muito nova, e mesmo que eu fosse 20 anos mais velha não seria tarde pra mudar isso. O bom de não ter muita coisa é que nunca tenho muito a perder.

Enfim, me sinto mais livre pra muita coisa agora, tanto pra me realizar fazendo coisas que sempre quis por mais simples que sejam, quanto pra não fazer nada, ser absolutamente improdutiva ou mesmo pra me destruir. Pertenço a mim, e talvez pela primeira vez eu confie um pouco nisso.

Dill, xx.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

I just want some balance
some middle-ground

I would refuse any higher heaven
if that meant I would never have to go so deep in hell

I just don't want to fall
so far I couldn't come back
so far I

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Eternal tragedy

Finalmente baixei o aplicativo do blogger, e estou escrevendo esse post deitada na cama. São 2:25 da manhã é eu já perdi as contas de a quantos dias eu não durmo direito.
É a primeira vez que eu não consigo dormir de tristeza. Geralmente minhas piores crises tinham outros sintomas, mas não esse.  Um dia fui dormir às 5 da manhã, e isso porque me forcei, porque senti que podia virar a noite fácil.
As coisas estão difíceis aqui em casa,  e eu acho que estou ficando meio louca. Coisas que nunca tinham acontecido estão acontecendo dessa vez. Estou tendo mais episódios de agonia,  e estou muito, muito mais agressiva que o normal.
Hoje eu passei quase literalmente o dia todo chorando.
Estou com muito medo de mil coisas, irritada com outras.
É horrível sentir que estou ficando louca de novo.
Nessas horas eu volto a pensar que ir embora seria a melhor solução. Talvez a única.
Tenho tido muitos pensamentos de morte e isso me assusta.
Acho que minha única saída é fugir mesmo. Acho que isso é da minha personalidade. Estabilidade me sufoca.
Amanhã vou tentar mais algo sobre tudo isso. Estou cansada,  emocionalmente esgotada e com muito muito ódio.
Dill.

Drowned in dreams, choking in rality



Estou meio dopada no momento, mas queria escrever aqui.
Ontem foi um dia muito bom, apesar de cansativo, e eu cheguei a acreditar em várias coisas ao mesmo tempo.

Não sei o que fazer nem como fazer, estou com raiva e duvidando de tudo.
Me pergunto se a vida foi feita pra ser assim ou se estamos todos fazendo tudo muito errado.

Dill.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

T5


/Achei que devia vir aqui fazer um update. Não tem acontecido muita coisa nos últimos dias na verdade, porque tenho ficado muito em casa. Mas há um tempo atrás aconteceu uma coisa que eu não esperava tão cedo esse ano: finalmente consegui comprar minha DSLR. Aconteceu tudo bem rápido na verdade. Eu estava procurando câmeras de novo na internet, e achei alguns anúncios muito bons de câmeras pouco usadas, e estabeleci um preço que eu teria que pagar por mês. Aí fui falar com minha mãe sobre ela pagar parte da parcela e ela foi incrivelmente compreensiva, aceitou bem rápido. Nem entendi direito, mas fiquei tão empolgada que comprei a câmera no mesmo dia, hahaha. Mas como eu sei que enchi  o saco da família com esse assunto por anos, nem falei com ninguém que tinha comprado ela, só com minha irmã. O resto só ficou sabendo quando a câmera chegou mesmo. Chegou dia 27/01 *o*.

Desde lá estou usando ela, e até agora o que mais me impressionou foi a qualidade das fotos dentro de casa. Tirei algumas no meu quarto com o blackout fechado, só com a lâmpada acesa e o flash da câmera (que eu posso finalmente controlar a intensidade, algo que sempre quis). As fotos ficaram muito, muito boas, eu adorei. Ainda não pude sair com ela, porque como disse, estou ficando muito em casa. Espero poder fazer isso logo. Quero usar muito ela pra ganhar experiência e me sentir mais segura com isso.

Acho que vou deixar esse post por aqui, assim fica mais alegre, hah. 
Whateverr.
Só vou deixar algumas fotas aqui:

a clássica


Acho que são as melhores fotos até agora que não têm meu rosto nelas, hah. E sim, já comecei no monochrome.


Dill, xx.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Kill yourself or get over it




Child Psychology - Black Box Recorder

I stopped talking when I was six years old
I didn't want anything more to do with the outside world
I was happy being quiet
But, of course, they wouldn't leave me alone
My parents tried every trick in the book
From speech therapists to child psychologists
They even tried bribery
I could have anything
As long as I said it out loud

Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it

Of course this episode didn't last forever
I'd made my point and it was time to move on
To peel away the next layer of deceit
And see what new surprises lay in store
My school report said I showed no interest
"A disruptive influence"
I felt sorry for them in a way
And when they finally expelled me
It didn't mean a thing

Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it

(At that time she stopped what she was doing, she stopped playing. She stared, she had the facial grimicing, and then the psychiatrist was saying, "Julie, Julie, can you hear me? Can you open your eyes? Can you stick out your tongue?" And all of a sudden, Julie struck out.)

The November day when I came home
The Christmas decorations were already up
Spray on snow, coloured flashing lights
And an artificial tree that played Silent Night
Over and over again
My parents welcomed me with loving arms
But within an hour were back at each others throats
Normal, happy childhood back on course
Batteries not included

Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it
Life is unfair, kill yourself or get over it

sábado, 21 de janeiro de 2017

Everything is unbearable


Não sei mais como começar meus posts sobre fases ruins, porque parece que estou sempre nelas. Mas dessa vez, se serve de consolo, estou descobrindo algumas coisas interessantes.
Na semana passada eu estava muito irritada por não ter nada pra comer aqui em casa (nada pra mim, claro), e com muita raiva disso também. Minha mãe tinha feito empadão de frango pra ela e minha irmã, e não tinha nada pra eu comer. Isso é o mais chato dessas intolerâncias, nunca tem nada pra mim. Se existe uma opção, eu tenho que sair pra comprar porque minha mãe não faz isso. Como odeio sair, fico comendo a mesma coisa sempre. Faz umas duas semanas que só como ovo mexido. Sério.
Bom, com isso, acabei ficando muito irritada e resolvi comer de tudo que quisesse, e usei como desculpa um teste de intolerância a lactose que eu tinha no dia seguinte. Pensei: se já vou irritar meu intestino amanhã de qualquer forma, vou comer o que eu quiser. Mas acabei estendendo isso pro dia seguinte. Enfim, passei dois dias comendo tudo o que eu não podia. No primeiro dia não deu graandes problemas, só o de sempre, mas hoje, quase uma semana depois, estou me sentindo horrível.
Além de estar constipada desde o exame (o que já é comum pra mim), estou notando crises emocionais. Já li várias coisas sobre ligação entre o intestino e o cérebro, doenças psicológicas e alimentação, etc, e até mesmo já vi que depressão é um dos sintomas da síndrome do intestino irritável, que é o que acho que tenho. Bom, o que estou sentindo nos últimos dias é uma explosão do que tive a vida inteira: tristeza intensa sem motivo, incapacidade de suportar as menores coisas (choro por causa do calor, porque não tem comida, porque comi muito, porque não sei o que fazer, porque não consegui fazer o queria, porque não posso sair, porque tenho que sair, etc), variação intensa de humor, depressão. Ontem fui no mercado e por causa disso tive que sair no sol, coisa que já não gosto, mas no estado em que estou, voltei chorando na rua, e só não me enchi de lágrimas mesmo porque não queria chamar atenção. Também chorei no mercado, porque estava com muita vontade de comer alguma coisa mas TUDO que eu queria eu não podia comer. Novamente, esse tipo de coisa já é comum pra mim, e por isso notei a diferença: eu não estava conseguindo suportar as dificuldades com as quais eu já lido há muito tempo.

Enfim, estive pensando então que talvez boa parte dos meus problemas psicológicos/emocionais sejam devido a minha alimentação, mais precisamente a essa síndrome. Essa piora no meu estado emocional deve ser por causa da ingestão de glúten e lactose intensa da semana passada, e como eu não comia nada disso há muito tempo, estou vendo o efeito brusco que eles causam em mim. É louco, mas voltando a sentir tudo o que estou sentindo - física e psicologicamente - é como voltar a minha infância, adolescência. Porque muito do que estou sentindo agora é o que senti a vida toda. Eu sempre chorei muito, e sempre fui muito triste. Sem exagero algum, tive apenas momentos, fases curtíssimas de felicidade. Sempre estou sofrendo, chorando, me sentindo deprimida. Tudo isso me é muito familiar. Até mesmo ver os sintomas como sintomas é difícil pra mim, porque eu pensava ser simplesmente parte de quem eu sou.
Não sei o que queria dizer com esse post, porque na verdade eu só estou muito triste. Passei o dia assim, mas fiquei um pouco mais tranquila depois de tomar o remédio. Mas estive pensando que seria ótimo se eu tomasse antidepressivos. Talvez parasse essa roda gigante de humor que eu tenho.

Mas eu só queria mesmo desabafar sobre tudo que estou sentindo. Estou cansada de sentir a vida toda meu corpo sofrendo. Sempre foi assim, mil coisas me dão problemas físicos. Machucados, irritações, inflamações, cicatrizes, manchas. Meu corpo sempre foi e ainda é marcado por dentro e por fora. Sempre sendo agredido, sempre sofrendo, sempre, sempre. Tento melhorar as coisas, mas às vezes parece que muito pouco mudou.
Não sei se gosto de ser uma tragédia ou se isso só é tudo o que eu sei ser.

Só sei que estou cansada de nunca ter nada de bom a oferecer, nem pra mim nem pros outros. Realmente não sei qual é a utilidade de uma vida como a minha.

Nem sei mais o que escrevi aqui, só espero que não seja tão idiota.