Está bem tarde agora, e eu estava tentando entender matemática até agora. Eu achava física pior no ensino médio, mas agora que estou realmente tentando aprender as duas, física está bem melhor pra mim. O que também não significa que está uma maravilha.
Bom, estive passando os dias um pouco mais impaciente com as coisas, com menos vontade de estudar, mas continuando mesmo assim. No sábado, fui no parque de diversões com minhas irmãs. Foi incrível, eu fui numa montanha-russa com looping pela primeira vez na vida. Não sei se conta mesmo porque eu fui praticamente o tempo todo de olho fechado, haha. Quando vi a descida chegando, não consegui mais ficar de olho aberto.
Comi maçã do amor, cara! Parece que parques de diversões concentram as melhores comidas do universo. Tinha maçã do amor do lado de fora, churros, pipoca, sorvete, batatas chips, crepes, churros decorados... minha irmã me comprou uma casquinha de lá, que era gigante, muito alta mesmo, haha. Eu devia ter tirado uma foto, mas eu estava passando um pouco mal. É que eu fiz a inteligência de ficar com fome e ir em brinquedos muito movimentados. Não foi esperto.
Queria muito poder voltar lá, mas estou muito sem dinheiro. O pouco que me resta vou usar pra ir ver os Vingadores, então vou ter que poupar -_-.
Estou me tornando uma pessoa muito amarga nesses dias. Tenho pensado, e acho que minha falta de vontade de interação com as pessoas está indo pra um caminho sem volta. Sei lá, eu me acostumei com isso, e é meio difícil eu querer conversar, conhecer gente nova. O ruim, é que eu acho que eu ainda me sinto ofendida pelas coisas, pelas pessoas de alguma forma. Eu sou bem rancorosa e pra mim é difícil esquecer as coisas que aconteceram. E eu também não consigo de jeito nenhum confiar nas pessoas, em ninguém mesmo. Não confio na minha família, nos meus amigos. Acho que só confio em mim mesma, no sentido que sei que posso me virar com o que quer que aconteça. Mas também, sou uma boa filha da mãe comigo mesma quando eu quero. Sei lá, só acho que por eu estar saindo mais, tenho sentido mais as coisas. Sinto que me acham estranha por estar sozinha, e odeio isso. Odeio que o padrão de pessoa saudável seja uma pessoa interativa, que fala, e bláblá. E ao mesmo tempo, odeio quando eu sou uma completa deficiente em público, quando eu simplesmente não consigo dizer nada, nem sustentar olhares. Odeio parecer assustada em público, ou gentil demais.
Não consigo encontrar uma solução pra isso, uma forma de me sentir bem e equilibrar quem eu sou sozinha e quem eu sou em público. Ainda bem, que isso não está me incomodando tanto assim, então eu posso continuar.
Uma frase de um deficiente como eu:
"April 27. Incapable of living with people, of speaking. Complete immersion in myself, thinking of myself. Apathetic, witless, fearful. I have nothing to say to anyone - never. " Franz Kafka, Diaries of Franz Kafka .
Às vezes acho que algumas pessoas não nasceram pra vida comum, pra vida que é anunciada como comum. Não vejo isso como especial, tipo um prêmio, mas também não vejo como uma desgraça. Pessoas são pessoas, e elas são muito complexas pra se colocar um tipo como o aceitável e obrigar o resto a ser aquilo, ou ignorar quem não consegue. É ignorância limitar uma coisa tão grande. Acho que é isso é o que me mantém firme, saber que apesar de tudo, eu nunca vou exigir de mim mesma ser igual ao resto apenas pra incomodar menos a eles. Porque eu percebo que incomoda. Mas eu já passei tempo demais me maltratando, e as pessoas também. Já disse milhões de vezes que não vou mais deixar isso acontecer, e eu falo sério em todas elas.
Bom, entendendo ou não, sei que posso fazer qualquer coisa nesse mundo.
Adieu.
Dill, xx.
p.s: Descobri o novo clipe da Coeur de pirate essa semana e não consigo parar de ouvir. A música é linda e o piano é perfeito. A letra é linda, triste e verdadeira.
"Et te parler enfin, qu'il faut aimer la vie
et l'aimer même si
le temps est assassin et emporte avec lui
les rires des enfants
et le mistral gagnant"