quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Better days


Hoje foi o primeiro dia em que saí da bolha de desânimo que eu estava nos últimos dias. Tive duas notícias boas hoje, e acho que o fim do semestre, cada vez mais próximo, também contribuiu.
Uma das coisas é  bem boba: eu achei 4 reais numa das minhas bolsas de moeda e fiquei super feliz porque vou poder pegar o ônibus normal ao invés do da faculdade pra rodoviária, o que significa eu vou poder levar meu skate pra casa sem ser vista por meus "colegas" de faculdade. Fiquei feliz porque realmente não tenho de onde tirar dinheiro ultimamente, nem de onde sacar. Só tenho 6 reais na poupança. (These are hard times)

A outra notícia foi linda, fantástica. Fiquei sabendo hoje da dona da minha república que uma das meninas daqui, que fez um pandemônio na minha vida, vai sair. Não vou entrar em detalhes, mas ultimamente minha vida na república estava me desanimando muito. Eu ficava irritada aqui, e de ter que vir pra cá. Deixou de ser o espaço de descanso da faculdade e da minha casa que era antes. Ela era terrível em todos os sentidos: cínica, mentirosa, bagunceira, vivia fazendo barulho em horários terríveis e nunca se importava com ninguém. Os tempos que ela passou aqui foram horríveis pra mim e pra minha colega de quarto, que é muito parecida comigo. Nós duas estamos pulando de alegria hoje. A derrota dos inimigos é sempre memorável.

 Bom, de resto acho que não tenho tanto pra contar. Meu desânimo não deixou muita coisa acontecer. Estive assistindo filmes como La haine, que eu amei amei. Assisti também Perfume, que eu já tinha assistido mas sem prestar tanta atenção. É um dos filmes mais poéticos que já vi, sem dúvida. Nem sei se ganha de Orgulho e Preconceito (que continua sendo meu preferido).
Passou a Black Friday que acabou não sendo tão significativa pra mim quanto eu queria. Mas no dia fui no centro daqui, pra ir no McDonalds e fiquei muito feliz com minha batata média dupla por 7 reais. Até agora dá água na boca, haha. Depois disso fui passar nas lojas de roupa e acabei achando coisas também. Eu não ia comprar nada, mas na Renner achei uma camisa xadrez preto e branca, com babados no final e algumas tachas, linda linda. Uma vez tinha visto ela com uma amiga que me falou que parecia roupa da Marceline. Amei mais ainda. Comprei ela por inacreditáveis 30 reais. Nunca paguei tão pouco numa camisa xadrez boa assim na vida. Obrigada Renner 💖.
Passei na C&a também ~só pra olhar~, e não gostei de nada que estava em liquidação. Mas eu estava precisando de uma blusa preta de alça há um bom tempo, porque percebi que é muito boa pra colocar por baixo das minhas camisas, casacos. Achei por 15,90 e levei sem pensar muito.

Também fui num café com minha amiga nessa segunda feira e gostei muito disso. Eu não estava mais suportando ficar na república depois de um fim de semana inteiro ralando editando foto, cansada e triste com todo o resto. Fazia muito tempo que eu não ia num café, porque é o tipo de passeio que não estou podendo bancar neste momento. Mas fui e adorei dar uma respirada. Ficamos mais de 4 horas no café, conversando muito, comendo e tirando fotos. Depois fomos pra faculdade, jogamos tarot e eu pela primeira vez em um tempo, cansei mas fiquei feliz.

Amanhã eu vou pra casa, e mal posso esperar. Minha família aproveitou mais a black friday que eu, e agora temos uma Air Fryer em nosso patrimônio. Eu vou comer tanta batata frita, mas tanta, que vou até enjoar, hahah. Também compraram uma balança decente e espero que isso me ajude a me controlar no uso da Air fryer.

Acho que já contei quase tudo de importante. Estou apenas aguardando o fim do período, e espero que eu maneje bem as coisas nessa reta final/ entrada nas férias.

C'est tout,
Dill, xx.

domingo, 26 de novembro de 2017

Life is easier when I don't participate


 [...] for sure, but is it worth to be meaningless?

 Eu estou tentando escrever deitada agora, e espero que isso não dê muito errado.

Bom, vim de uma semana muito louca, muito mesmo, onde eu passei quanse o tempo todo me perguntando o que eu estava fazendo. Eu acabei, meio que de última hora, me colocando na participação de um evento da faculdade, específico do meu curso. Era com algo que eu gosto, mas que me obrigava a me movimentar perto das pessoas o tempo todo, estar com elas e pior, que chamava atenção. Eu nem sei com consegui fazer isso, na verdade. Até agora acho louco que eu tenha tentado e tenha conseguido, com algum grau de sucesso.

Faz bastante tempo que eu adquiri esse hábito, acho que de uma decisão, de simplesmente dizer sim pras coisas que eu quero, sem pensar muito na dificuldade ou em como vai ser difícil. Claro que peso a potencialidade de traumas envolvidos, mas sendo uma coisa levemente segura, eu aceito a oportunidade. Fico feliz com esse jeito novo de ser, porque pelo menos tenho coisas que me orgulho de ter conseguido fazer. Não exatamente pelo que elas são, mas pela dificuldade pessoal que tenho com elas. Às vezes me arrependo, ou largo tudo lá na frente, mas de qualquer forma, ainda conta pra mim como experiência.

No caso dessa semana foi assim: aceitei porque envolvia algo que eu gostava e era uma oportunidade de treinar, uma experiência pra mim. Durante os dias do evento, foi bem difícil pra mim, porque várias vezes fiquei sozinha, sem nenhuma das minhas amigas. Várias vezes estive em pânico, e tive muitos, muitos "erros", que aliás voltaram a acontecer com uma frequência alta. Tomei clonazepan todos os dias da semana, e só assim consegui fazer as coisas. O lado ruim, claro, foi a exaustão. Fiquei com muito sono todo dia, mas aguentei até o final.

Quando a semana acabou, achei que fosse me sentir imediatamente bem, mas a parte de edição foi bem pior. De repente, comecei a achar tudo o que fiz horrível, e na verdade estou com essa sensação até agora. Vi que devia ter tomado mil cuidados a mais, ter sido mais ativa procurando coisas interessantes. Uma parte me agradou muito, mas outras foram uma decepção bem grande. Vou ficar sem entrar no facebook pelo máximo de tempo possível agora porque quero passar bem longe de tudo isso. Quero esquecer do que fiz até que tenha passado tempo suficiente pra eu lembrar disso com carinho.

Com isso, várias vezes durante essa semana fiquei me perguntando por quê me meto nesse tipo de situação. Eu me pergunto porque muitas vezes, na hora do confronto, do pânico, me sinto muito triste comigo mesma, como se eu ter me colocado ali fosse um ato irresponsável ou de auto-ódio. Porque tudo isso complica muito minha vida. Lidar com as pessoas, com as expectativas delas e as minhas, com a responsabilidade e o peso horrível da exposição pública são coisas dificílimas pra mim, que me fazem sofrer de verdade.
Acho que tudo isso é porque eu ainda não encontrei um jeito de ser o que eu quero sem as partes ruins. Mas nem acredito que seja possível, sinceramente, porque na maioria das vezes eu quero coisas contraditórias. Reconhecimento e anonimato, amor e impessoalidade, sucesso e descomprometimento, etc. Então não sei se procuro por algo que sequer é possível, mas sigo insatisfeita.

Porque depois dessa semana o lado bom do orgulho de ter sobrevivido, de me sentir resistente apesar de não estar inteira, se mistura ao pavor da reprovação, da necessidade da exposição e do que pode vir dela, à criação de laços que são agradáveis no sentido que nascem considerações entre mim e outras pessoas, mas que vem colados numa possibilidade de cobranças futuras.

No geral, estou me sentindo bastante cansada das pessoas e do mundo. Acho que falei isso nos meus últimos 3 posts, então é uma crise longa. Tenho gostado de ficar muito tempo sem falar e sem ouvir, sem ser notada e de pensar em futuros agradáveis. Readquiri minha obsessão pela Califórinia, e tenho gostado de passar muito tempo imaginando um futuro lá. Se eu seguir a linha das últimas coisas acontecendo na minha vida, é bem provável que eu consiga.

Isso é talvez a melhor coisa de não ter ou não dar muito valor aos laços: estou sempre pronta pra ir embora e nunca tenho medo (ao menos não paralisante) de recomeçar, como for preciso.

"I know someday I'll find it
Well, I at least expect it"

Dill, xx.

domingo, 19 de novembro de 2017

I don't know how to begin

 Cause the story has been told before
I will sing along, I suppose
I guess it's just how it goes...


 Estou em casa agora, me sentindo muito cansada. Não sei por quê exatamente, tenho estado muito cansada. Mas se fosse pra chutar, diria que é emocional. As coisas na república têm sido um constante estresse, onde eu nunca sei com quem falo ou se falo, se alguém está chateada comigo e de qualquer forma, sempre estou chateada com alguém. Tenho estado cansada, acordado cansada, dormindo cansada. Estou acordando cedo de novo, como sempre acontece.

Ultimamente, umas das piores coisas pra mim está sendo minha vida financeira, que não está apenas mal, mas quase não posso dizer que ainda existe. Não tenho dinheiro pra absolutamente nada, ponto.  Tudo o que eu compro já entra como dívida, porque estou devendo há meses. Isso tudo é muito ruim e está sendo difícil pra mim tomar consciência da minha condição de verdade.

As coisas foram piorando nos últimos dois anos e eu não notei ou ignorei isso ao máximo. Me mantive fazendo minhas coisas, principalmente comprando roupas e comendo na rua, e isso me colocou numa bola de neve que me parece interminável. Estou tentando, e tentando, mas parece adiantar pouco. Bom, acho que o resultado só vai aparecer a longuíssimo prazo. Enquanto isso, sigo estressada.

Mas se tem uma coisa pra qual isso vai servir é que, sem dúvida, eu tenho vivido errado, e com isso quero dizer que coloquei uma dinâmica na minha vida quase que totalmente dependente do dinheiro. Eu tenho que trocar shoppings por praças e bibliotecas, visitar coisas perto da minha casa. Tenho que sair do eixo pegar ônibus, ir ao centro, comprar coisas por comprar, etc.
Acho que também é muito duro pra mim, porque aos 21 anos, eu esperava de mim alguma independência, ou algum tipo de poder de escolha. Mais liberdade no sentido de estar aonde eu gosto de estar. Mas a verdade é que nesses tempos de faculdade estou me sentindo muito presa. Tenho pouco tempo, pouco dinheiro, quase sempre me sinto atrasada em quase tudo. Gostaria de poder ter alguma coisa realmente minha.

Vim pra casa nesse fim de semana planejando compras de natal e ir ao cinema, mas por motivos óbvios a essa altura do post, tudo isso foi cancelado. Briguei com minha mãe por causa de dinheiro e já estou tão cansada disso que nem insisti no meu lado. Agora estou gastando tempo com nada, me sentindo cansada e tentando evitar quase todas as coisas que não consistem em sentar e assistir as coisas.

Mais uma vez, gostaria de poder ter alguma coisa realmente minha.

p.s.: Tenho ouvido muito Norah Jones, minha rainha dos hopeless times. Ela dá um charme à derrota, eu acho. E é sempre mais bonito quando a gente abre mão, ao invés de perder até o último segundo. So, here's for giving up:


domingo, 5 de novembro de 2017

When I get down, I get so down


Cá estou eu no último dia de um feriado prolongado onde eu não fiz quase que absolutamente nada. Minha única conquista foi assistir a segunda temporada de Stranger things em dois dias (que, inclusive, está muito melhor que a primeira).
De resto, estou dormindo muito, vendo séries e comendo, e lendo ocasionalmente. No geral, decidi não fazer nada ligado à faculdade no fim de semana. Isso me deixa muito ansiosa e me sentindo mal, acabo descontando tudo na comida aí fico triste, e tudo vai piorando. Então deixei os estudos para o que chamam de dias úteis, acredito que não por acaso.

Nesses períodos de isolamento, geralmente tem uma hora em que eu começo a perder a cabeça, a ficar muito nervosa, e se continuar, começo a ter crises de choro, etc. Dessa vez, só comecei a sentir algum desconforto ontem, ainda assim, acho que consegui contornar um pouco. Acordei mais ou menos bem e estou bem até agora. Tenho certeza que isso é porque eu não tentei ver nada da faculdade durante esse período. Mas mesmo ficando longe disso, sempre aparece a culpa por não estar estudando. Aí começo a repensar toda a minha vida e penso se deveria estar no meio acadêmico.
Ainda sinto em meu coração que meu lugar é por aí, explorando as coisas, sem destino ou lugar certo. Porque eu gosto das coisas passageiras, e a estabilidade é que me assusta. Não gosto, na verdade detesto pensar a minha vida centrada em uma coisa só, uma profissão, uma cidade, uma casa, etc. Só me sinto bem quando estou deixando as coisas.
Mas, como de costume, não sei como fazer isso, como viver do jeito que eu quero. Talvez o único jeito seja indo embora, deixando as coisas pra começar. Mas sinto que abandonar a faculdade me faria mal com os anos. Porque apesar de gostar de ir embora, não gosto de coisas inacabadas.

Bom, depois de bastante tempo voltei a descobrir músicas novas, graças ao Spotify. Criaram playlists para os personagens de ST, e eu adorei. Apesar de ter ficado triste quando um teste disse que eu era o Steve da série, haha. Ele é legal e a playlist dele também, mas a do Jonathan tem muuito mais a ver comigo e eu amo o Jonathan né. BB :*
Gostei também muito da playlist da Mad Max, uma personagem nova que é muito muito legal. Gostei bem mais dela do que da Eleven, hah. A playlist dela é cheia de músicas da Califórnia, punk-rock e outras coisas.
De todas as músicas, essa é a que eu não paro de ouvir:


Bom, agora vou tentar achar o que fazer com o resto do domingo. o/
"Well, I at least expect it"

Dill, xx.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Slow down

Acabei de chegar da faculdade depois de um dia longo e uma semana curta. Passei muito tempo em casa antes de voltar pra faculdade nessa semana, e por isso, passei dias difíceis. Estive muito nervosa nos dois dias de aula que tive. Voltei a ficar em pânico nas áreas mais movimentadas da faculdade, andando de cabeça baixa sem conseguir olhar pras pessoas. Tive alguns episódios das contrações de novo depois de muito tempo sem elas. Ainda assim, estão cada vez menores e quando estou bem, me sentindo segura, passo semanas sem que aconteça nenhuma.

Hoje eu também estava muito nervosa, e talvez pelo sono ou pelo café que tomei de tarde, estava me sentindo mais insegura, com dificuldade até de me mexer na sala de aula, naquela velha paranoia de achar que vão prestar atenção em mim. Foi uma luta pra eu conseguir sair pra beber água, mas pelo menos estou fazendo essas coisas que eu nunca, nunca fazia. Mas por causa do jeito que eu estava resolvi tomar um Rivotril e agora estou morta de sono, haha. Mas adoro esse efeito dele.

Hoje foi um dia cheio e corrido, mas bom. Tive uma aulas às 9 da manhã, e quando ela acabou, fui comprar um creme de cabelo que eu estava querendo (meu cabelo estava horrível hoje, quase voltei pra casa só pra lavar ele). Depois cabei comprando uma capinha pro meu celular também pra ver se protege mais ele dos 20 tombos por mês que ele leva.

Sobre a faculdade eu não quero falar porque acho que eu tenho que parar de falar e começar a fazer mais as coisas nesse sentido.

Amanhã é feriado e eu vou aproveitar bem do meu jeitinho introvertido: vou lavar roupa, ir no mercado, cuidar dos cabelos e ver séries. Ah, claro, e dormir quando eu quiser. Se isso não é felicidade eu não sei o que pode ser.

Vou dormir agora porque estou morta e já quero começar o meu feriado.

Bisous,
Dill, xx.