sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Sad, bad, tough days


a maior guerreira desse mundo
Mais uma vez perto do fim do ano uma briga generalizada na minha casa. De novo, o problema é minha mãe.
Ano passado passei a virada muito triste e chateada, esse ano vai ser a mesma coisa. Ainda não sei se vou pra algum lugar, bem provável que eu vá pra não ficar em casa.

Estou cansada dessas coisas de família das quais eu não posso me livrar. Às vezes e pergunto se isso é falta de maturidade ou se estou no meu direito de buscar o que é melhor pra mim. Porque muitas vezes maturidade e comportamento adulto ou responsável me parecem nomes bonitos pra conformidade. Quanto mais você aceita, quanto menos você luta e incomoda, mais você é elogiado. Quanto mais você procura estabilidade, o que é um outro nome para ficar preso a um lugar e algumas pessoas, mais as pessoas te parabenizam. Às vezes acho que as pessoas só se sentem confortáveis em ver outro destruindo a vida deles, se levando pro mesmo buraco que eles levaram a vida deles. Porque todo mundo se sente bem se ferrando em grupo. Já ver outro fazendo diferente, renegando as merdas que eles fizeram é algo completamente recriminável. É como se eles vissem que podiam ter feito diferente e não suportassem isso. Não sei, é o que eu penso.

Penso nessas coisas porque queria me livrar dos meus pais, porque os dois são pessoas ruins, egoístas, cegas pros próprios defeitos que condenam os outros a viver no mundo imaginário de contradição deles. Já eu nunca tive o talento de me conformar. Pro bem ou pro mal, tudo o que me incomoda, incomoda igual e diariamente pelo tempo que for. Meu maior defeito e talvez maior qualidade é nunca e acostumar com o que eu não concordo. Cada vez que me deparo com a mesma coisa sinto o mesmo pânico, fico igualmente abismada. E morro de medo do dia que eu perder isso.

Mas também estive me perguntando o quanto eu tenho de parte nisso tudo. Vivo falando que agressividade é medo, e odeio isso quando vem da minha mãe, que é agressiva e covarde nas mesmas medidas. Mas eu também sou assim às vezes. Apesar de nunca usar isso com os outros. Sempre que penso em falar alguma coisa com ela, quando chega a hora, meu tom é implicante, desafiador e humilhante. E nada bom pode vir disso. Ela faz e sempre fez o mesmo, mas com maior frequência e intensidade. Ela é ruim, má, e muitas vezes tenho nojo dela por isso. Mas o que eu mais odeio nela é ser sua filha, porque sou obrigada a ter um laço com ela. Por isso estava falando que queria me livrar deles. Porque na verdade não tenho grandes problemas com pessoas ruins desde que elas não estejam no meu círculo de pessoas. Estou falando dessas maldades pequenas, que tornam pequenas as pessoas que as fazem e as pessoas ao seu redor também.

Famílias nem sempre dão certo e ponto. Agora o problema é o que fazer com isso, já que ninguém fala sobre isso. Ninguém cogita a possibilidade de uma mãe não amar o filho ou o filho não amar a mãe. Quando se fala sobre isso é sempre na intenção de recuperar ou criar esse amor. Mas e quando isso não é possível? Ou quando não se quer isso? Pais são pessoas que um dia foram férteis e geraram uma criança, só isso. Não envolve amor, compreensão, sentimentos, nada disso. Tudo o que se precisa pra gerar pessoas é ser fértil. E isso não garante todo o resto necessário a vida de uma pessoa. O que fazer quando isso não dá certo, então?? Continuo me perguntando isso, mas não existe resposta porque a pergunta não é feita. Porque temos medo de mexer naquelas coisas que sempre estiveram lá. Apesar de aceitar a destruição não ser a destruição em si, sentimos como se ao aceitar o fim de certas coisas, fôssemos nós aqueles a dar fim nelas. Por isso eu digo, que eu nunca tenha medo de destruir, matar, dar fim ao que precisa acabar, morrer e ser destruído.

Mas daí surge um outro problema meu: eu só sei destruir. Não sei construir nada, só sei dar fim às coisas. E não posso viver nos escombros pra sempre (apesar de estar fazendo isso a vida inteira). Já notei isso alguns anos atrás, que o meu maior desafio é aprender a criar, dar e receber afeto. Frequentemente me sinto como um animal, pois quando o assunto é afeto, as minhas reações são completamente animalescas. Acho que porque nunca recebi isso. Meus pais falharam nisso, porque os pais deles falharam com eles, que provavelmente são frutos das falhas de outras pessoas. Por isso também nunca quero ter filhos. Eu, ao contrário dos meus pais, tenho noção do que é ter um filho, e sei que é muito mais do que eu posso dar. Não quero perpetuar esse vazio hereditário que vejo na minha família, e que muito provavelmente existe nas outras.

Bom, acho que já refleti demais aqui. Pelo menos esse post ficou mais conciso.

Pro ano que vem, não espero que as coisas deem certo, mas espero que eu aja certo com as coisas. Só posso controlar a mim mesma.

Adeus.

Dill, xx.


domingo, 18 de dezembro de 2016

Je voudrais m'arrêter

 Je voudrais m'arrêter
je ne peux plus respirer dans ce monde parmi vous
 

/Mais uma vez venho aqui com a cabeça e o coração cheios. Estou bastante nervosa com minhas últimas atividades na faculdade, apesar de saber que falta muito pouco pras minhas férias. Tenho só uma prova e um trabalho marcados ainda, mas estou tensa com ainda ter que fazer alguma coisa.
Tenho dormido mal, mesmo que eu esteja com muito, muito sono, e por isso estou diminuindo muito minha dose diária de café. O que é triste, claro.

Com essas coisas acontecendo, fico muito nervosa e estou comendo muito mais do que devia nos últimos dias (em grande parte porque é fim de semana e quando fico em casa é assim mesmo). Estou fazendo o que posso: tomando muito chá de camomila, e tentando, até certo ponto, fazer o que devo. Mas sempre fui uma pessoa ansiosa, e sou mais ainda assim com as coisas que eu quero, e nos últimos tempos, estou querendo muita coisa.

Meu mais recente projeto é bordar. Estou querendo aprender a bordar, e nessa semana comprei finalmente meu bastidor. Foi um absurdo de caro, 18 reais por um bastidor médio, mas comprei porque já estava no caixa e, fazer o que, queria o bastidor. Comprei na sexta, mas só tentei usar duas vezes até agora, mais pra treinar mesmo. Acho que preciso de u tecido específico pra isso (comprar mais...), mas estou sem dinheiro, como sempre. Realmente não queria comprar mais nada nesse mês. Meu projeto Câmera 2017 é muito sério, e tenho intenções de completá-lo antes do segundo semestre.

Bom, tudo isso está se misturando na minha cabeça, provas, trabalhos pra semana que vem, e câmeras daqui a 6 meses, bordados incompletos, faturas de cartão pra pagar, comidas que eu quero agora, etc, etc... Muitas vezes sinto todas as coisas da minha cabeça ao mesmo tempo, todas elas, do passado e do futuro, vindo à minha mente ao mesmo tempo, gritando pra existirem agora. Mas o meu agora é sempre muito pequeno, e eu sempre tenho que escolher algo, o que nunca é suficiente. Sei que não é nada saudável, e na verdade, essa semana a professora da faculdade falou algo sobre isso com o qual eu me identifiquei muito. Mas ela não disse como curar, tratar, consertar.  Então continuo sem saber como dar um jeito nisso.

Não estou conseguindo me expressar direito nem aqui, já que tudo me vem à cabeça ao mesmo tempo aqui também. Fico alternando entre mil coisas, e sempre acabo fazendo a menos importante, haha.

Bom, acho que já deu de falar da minha confusão. Estou muito feliz pensando que daqui a uma semana vou poder fazer planos pra férias. Quero sair, tirar fotos, fazer comidas e exercícios (esse último é o mais difícil, claro). E meus Diys, hahaha. Corro tanto sempre que às vezes acho que eu poderia me consumir. Quem me dera.



Hurry, hurry Dill,
xx.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Wishing

 Estou formulando algumas resoluções de ano-novo. Geralmente nem penso nesse tipo de coisa, mas perguntaram sobre isso lá no curso (perguntas de curso de inglês) e, pensando bem, tem muita coisa que eu estou precisando organizar.

A primeira é, sem dúvida, guardar dinheiro. Eu tenho reclamado que quero uma câmera semiprofissional há mais de 4 anos e desde lá não juntei nada. Seu eu tivesse juntado pelo menos dois reais, 10 reais por mês, talvez isso me ajudasse a pagar as parcelas e eu pudesse comprar minha câmera agora. Por isso, estou decidida a guardar dinheiro, qualquer quantia que eu possa. Isso também inclui arranjar formas de ganhar dinheiro, coisa que eu quero fazer há um bom tempo. Não posso trabalhar por causa da faculdade, mas eu queria fazer coisas pra vender. Vou amadurecer essa ideia, e fazer planos concretos pro ano que vem.

Além disso, quero me esforçar mais em aprender. Quero dizer, ler mais profundamente sobre as coisas, e reforçar o meu francês, talvez começar outro idioma.De qualquer forma estou tentando ter mais paciência comigo, porque desde o início do curso eu já melhorei muito. Eu preciso de tempo e calma, coisas que nem sempre andam juntas comigo.

Bom, apesar de ainda estar penando um pouco com minha nova intolerância alimentar, estou melhor acostumada e acho que estou mantendo uma dieta boa. Mas estou tendo que ler um monte de embalagens de coisas que eu sempre comi pra ver se ainda posso comer. Fico vendo as pessoas comendo algumas coisas e é muito chato saber que eu não posso. Mas pelo menos acabo tendo uma alimentação forçada e razoavelmente saudável, hahah.

Estou com muito sono porque acordei cedo hoje pra pegar o ônibus.

Estou me sentindo confusa com muitas coisas, sentimentos mesmo. Ainda não sei como arrumar tudo o que aconteceu nesse ano na minha cabeça e no meu coração. Espero me esclarecer no caminho.

Ah, e que 2016 acabe logo. 

Dill, xx.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

We don't have to speak at all--

Tinha começado a escrever um post mas não tenho gostado das coisas que escrevo. Por isso, vou fazer um post com roupinhas que não saem da minha cabeça. Estou vidrada em cardigans, casacos, jaquetas e etc, só porque o verão está chegando haha. Que tristeza. Deixo aqui o meu estilo mendigo-chic, para sempre o melhor estilo pra definir a minha verdadeira personalidade idosa que pra mim sinaliza uma vida calma e satisfatória.
Só de olhar coisas assim, consigo me imaginar numa casa minimalista, com uma caneca de café ou chá (dependendo da hora do dia), ouvindo só a minha respiração e o ronronar de um gatinho.



 







Se o céu existe, é um lugar onde as pessoas se vestem assim e só ouvem Norah Jones, hahah.

Chill Dill,
xx.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

My editable life

Is there a way of existing without being hurt?

I wonder how to live without existing
all I know is how to exist without living
and it's so heavy
way too heavy.

It's so sad I still can't forgive her.
It's so sad I still can't talk to her in a honest, clean way.

With her it's always a struggle
and I know she'll always try to destruct me
and sometimes I think that's the only reason why I keep her around
cause she's the only one who hates me as much as I do.

How can I destroy myself without dying?
How can I die and still wake up to the next day?




**
My mind has been full of sadness and regret, all for nothing. I still overreact at most things. I hope to the day I won't.

Dill, xx.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Time to think, time to breathe


Estou muito feliz em finalmente estar vindo escrever aqui em quase total controle de minhas faculdades mentais. Não estou triste, nem com sono, nem com tarefas urgentes pairando a minha volta. É quinta-feira e eu já estou em casa, com a minha família. Apesar de ter me estressado na última vez que vim pra casa, sempre sinto falta das minhas irmãs. Sinto saudades da minha cidade também, de passear aqui. Eu estava me sentindo muito esgotada nas últimas semanas, e sinceramente, vários acontecimentos na faculdade ainda estão me deixando bastante cansada. Está tudo muito incerto e eu continuo sem saber que posição tomar e sem certeza se devo tomar uma posição. Ao mesmo tempo, me parece muito irresponsável me manter alheia ou imparcial.

Bom, de qualquer forma, estou mais calma e contemplativa com as coisas. Provavelmente porque uma boa parte dos trabalhos difíceis que eu tinha pra fazer passaram, e eu vou ficar pelo menos uma semana se grandes sustos nesse aspecto. Inclusive, fiz uma apresentação que, pela primeira vez desde que comecei a faculdade, acho que posso avaliar como bastante boa. Consegui me expressar, e talvez pela primeira vez eu tenha sido entendida. Ou não. Mas eu fiquei tão satisfeita com o que fiz que isso pouco e importa.

Há uma semana participei de um evento incrível, que eu nunca imaginei poder participar, e foi muito legal. Fui sozinha, e consegui até conhecer duas pessoas, conversar com elas por um tempo razoável. Consegui me expressar, "ser eu mesma", e senti que isso ajudou. No início, do evento, e em alguns momentos, eu ficava com aquela minha linda cara de pânico, literalmente arregalando os olhos pra tudo (sério, eu faço isso. Se alguém me seguisse por aí com uma câmera renderia muitos memes). Também acho que em vários momentos poderia ter conversado mais, com mais pessoas. Vi um garoto da minha turma lá no evento, mas evitei ele até o último segundo. Nem sequer um aceno de cabeça de longe eu dei.
Inclusive hoje de manhã eu estava passando no térreo da faculdade quando a minha turma quase inteira veio na minha direção. Consegui evitar quase todos, e acho que a maioria nem me viu, mas no final tinha um deles lá atrás que ficou de cara comigo, e eu fiz a minha sequência de movimentos de pânico: arregalei os olhos, olhei pra baixo, e fiquei tentando desviar dele, sem conseguir encarar. Nessas situações eu fico com um ar de desespero que eu odeio, uma postura arredia. Isso aconteceu logo de manhã e eu fiquei chateada porque sempre detesto quando isso acontece. Parece que nada melhorou, ainda sou o bicho assustado de 4 anos atrás. Mas é claro que não sou 100% isso, nem estou 100% melhor, e é isso que eu tenho que entender. Eu vou melhorar, mas em alguns dias eu posso piorar. Alguns dias eu vou sentir que regredi muito, e em outros, eu vou sentir que talvez eu nem precise mais de remédios pra viver. Mas a verdade é que eu tenho que encontrar um equilíbrio nisso tudo.

 Bom, passando a acontecimentos banais, eu acho que desenvolvi mais uma intolerância alimentar. Sério. Eu comecei a passar mal com lactose há mais ou menos um mês, pelas minhas contas, e fiquei bastante relutante e reconhecer que estava intolerante a mais um tipo de alimento. Continuei comendo coisas com lactose, mesmo passando mal, mas eu comecei a engordar e não conseguir emagrecer (igual acontecia com o glúten), ficar inchada, bochechuda, tudo o que eu não gosto. Além disso, diferente do glúten, a lactose está me dando muita dor de cabeça. Se eu como lactose de noite, acordo com a cabeça muito pesada. Por isso tudo, essa semana resolvi tirar mesmo a lactose da minha dieta, e sofrer as consequências haha (não tem graça na verdade). Apesar disso, ainda tenho esperanças de reverter isso de alguma forma. Acho que sei mais ou menos o que tenho, e talvez possa ser tratado com probióticos. Mas preciso ir no médico antes.

Mas uma coisa eu tenho mais ou menos decidida na minha cabeça: se isso tudo não tiver jeito, eu viro vegana, hahaha. Sempre quis mesmo, mas preferia fazer essa escolha quando eu tivesse mais independência financeira. Mas nessa situação que estou agora é até mais fácil falar "sou vegana" do que falar "sou vegetaria intolerante a glúten e lactose". Aff, minha vida às vezes parece uma paródia, tem umas coisas inacreditáveis.

 Vou continuar a rodar pela internet aproveitando meu tempo de calmaria na vida.


À bientôt,
Dill, xx.


terça-feira, 22 de novembro de 2016

Jamais bien (never ok)

 

Infelizmente lá vem outro post desconexo e cheio de assunto. Fiquei a semana toda pensando em escrever aqui, mas sempre estava com a cabeça lenta, geralmente de sono. Estou sem tempo pra nada, e quando eu tinha algum era porque estava sacrificando horas de sono pra fazer alguma coisa. Por isso a cabeça lenta. Nem pensar em escrever mais um post incerto. Não tenho gostado muito do que coloco aqui porque minha cabeça está sempre confusa e triste, e acabo dizendo as coisas de um jeito diferente do que queria.

No momento estou alternando entre momentos de tristeza, ansiedade e um pouco de esperança. Acabei de tomar um chá de camomila pra ver se me ajuda a dormir. Mas de qualquer forma vou acordar às 4:30 amanhã e sei que não vou conseguir recuperar o sono direito. Queria voltar a tomar um remédio que me ajudava a dormir. Um remédio pra dormir, um remédio pra não chorar, um remédio pra conseguir sair de casa. Não gosto disso também, queria muito estar no psicólogo e no psiquiatra já, mas nunca tem vaga na agenda do hospital que eu vou. Acho que vou precisar desse tipo de acompanhamento por pelo menos metade da vida.
Falando assim, pode parecer que não vejo uma solução pra nada, mas na verdade tenho bastante esperança. Claro, isso muda muito ao longo do dia, mas acredito que eu veja as coisas mais como elas são quando acredito que posso mudar. Porque apesar de tudo sou muito forte, porque tudo pra mim é muito difícil e ainda assim posso dizer que consigo viver. Tenho vontades muito fortes em mim, só que nunca sei como externar isso. Me sinto me tirando de mim o tempo todo, sempre me sufocando, me matando o tempo inteiro, o tempo inteiro.

Tenho coisas difíceis pra fazer essa semana, e pra falar a verdade, não sei se ainda vou fazê-las. Tenho deixado meus compromissos bem em aberto. Se fica difícil demais, eu simplesmente não faço. Não me sacrifico ao extremo como antes. Talvez se eu tivesse feito isso desde sempre não estaria como estou agora.
Amanhã não vou entregar um trabalho que provavelmente vai me reprovar numa matéria em que eu já queria ter sido reprovada há muito tempo. Tenho um trabalho estranho também que parece que não vou ter que apresentar, mas existe a proposta de discussão em sala, e eu odeio falar. Eu odeio falar de verdade. De qualquer forma. Odeio chat, mensagens, comentários, e nem preciso falar de falar em voz alta. Claro que isso tudo em público, porque consigo me virar com qualquer forma discreta de expressão. Afinal de contas, tenho um blog desde os 13 anos.
 Tenho outra apresentação também que talvez nem aconteça, mas caramba, sou uma doente mental, eu não lido com a realidade, eu lido com a porra da minha cabeça.

Estou incomodada há semanas com o meu rendimento, devia ter lido 5 mil coisas nesse fim de semana e feriado, mas não fiz quase nada. Em alguns momentos estava ok com isso, mas às vezes me dá um ódio, quero me bater de novo, ou chorar, ou começo a pensar em desistir de tudo, e às vezes penso até que não tem mais nada pra desistir.

Não faço ideia de como me amar, nem amar ninguém, nem nada. Odeio a garota que vejo no espelho porque ela faz tudo errado e sempre piora as coisas pra mim.

Merda, acho que deu no mesmo, e esse post está uma bagunça. Sei lá, estou muito cansada da faculdade e queria que tudo parasse agora.
Queria que tudo parasse pra sempre.

Dill.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Tired and cold no sense at all



Oh, oh
here she comes again
the bad thing 
the sweet thing
the cursed thing
the only true thing.

 Nos últimos dias estive pensando muito em potencialidades, no quanto as coisas e as pessoas podem ser e fazer. Às vezes acho que vou conseguir realizar várias coisas no meu dia a dia mas geralmente não passa do planejamento, a não ser que a coisa envolva só a mim. Bom, eu queria escrever sobre isso há uns dias atrás e não escrevi, e agora não posso mais falar disso.

Estou numa semana boa mas meio estranha, em que eu não tenho certeza do que estou fazendo. Estou tentando adiantar uns trabalhos de qualquer jeito, pra evitar a paralisia do pânico que me faz não conseguir fazer trabalhos uma semana antes do prazo.

Estou aprendendo mais coisas, pelo menos, e notando que, ao contrário do que eu pensava até pouco tempo, talvez eu não seja exatamente burra por não estar entendendo a maioria das matérias atuais da faculdade. Eu, além de não ter tido contato antes com a maioria dos autores que estou lendo agora, não sou nada boa com mudanças, e meu período de adaptação deva pelo menos três vezes mais tempo que os outros.

Aliás, hoje estive em um evento na faculdade de discussão sobre identidade de gênero, mas em um certo momento começaram a comentar sobre direito de existência, e eu me identifiquei muito com a forma que falavam da dificuldade de se viver como trans, gay, bi, ou qualquer outra dessas formas de vida. Acho que em algum momento também comentaram sobre a força de ser singular, de ser diferente, e em como as coisas ao redor sempre tentam forçar o diferente pra um dos extremos existentes, pressionar um encaixe. Uma necessidade de encaixar a si mesmo e aos outros em moldes. Me identifiquei demais com essa parte, e pela primeira vez dentro da faculdade pensei que talvez eu possa ser quem eu sou sem me preocupar. Porque 100% do meu dia eu passo tentando mudar, me forçar a fazer coisas diferente, a falar com as pessoas, a não me esconder, a tentar participar, etc. E praticamente nada disso eu faria se estivesse sendo eu mesma.

Pensei também que estou na contra-mão desse mundo de hoje: enquanto tudo quer acelerar ao máximo e oferecer formas cada vez mais extravagantes de prazer, eu gosto do devagar, da quietude, das coisas pequenas. Talvez realmente esse mundo esteja tentando me moldar pra ser mais como ele. Mas pensando bem, o mundo não precisa fazer nada porque eu já internalizei quase que completamente esses julgamentos e cobranças. Minha cabeça tem uma voz que me odeia e me acompanha o dia inteiro apontando todos os meus erros.

Apesar de achar muito bonito e ter ficado feliz com esse apontamento que fizeram no debate, as coisas não mudaram muito: continuo sentindo uma necessidade extrema de tentar ser outras coisas que não são eu. Sinto que incomodo a ordem ao meu redor, como se eu fosse um tumor social. Me sinto uma deficiente quando estou em sociedade, e em qualquer grupo, sempre sinto que qualquer um ali vale mais que eu.
E sinceramente, não sei o quanto devo ouvir a esses discursos de "seja você mesmo", "procure autenticidade" porque na verdade essas práticas são muito, muito mal vistas e condenadas.
Talvez seja então uma questão de não esperar aceitação; nenhuma aceitação além da sua própria. É, acho que o erro não está na coisa de ser autêntico, mas em esperar que fazendo isso, vamos receber parabenizações pela nossa coragem e elogios pelo nosso eu.

Talvez seja uma questão de se apaixonar por você mesmo e não precisar do amor de mais ninguém. Isso me parece bastante coerente.

Estou com muito, muito sono (como deve dar pra notar pela narrativa).

Adieu,
Dill, xx.


P.s.: Estou ouvindo essa música agora. Algumas vezes meu coração só aceita esse tipo de música. Me parece a aceitação ao mesmo tempo de uma tragédia e da beleza do mundo; algo pesado, mas natural. Cosmos surgindo do Caos, esse tipo de coisa.

domingo, 6 de novembro de 2016

Update

 Wowie. Estou em casa no momento, e as coisas estão relativamente calmas, mas na verdade muita coisa está na expectativa e devia estar na fase preparatória. Sério, estou com tanta coisa pra fazer, tanto assunto inacabado que há três dias não desligo meu notebook porque tenho tipo 8 abas abertas com artigos ou textos pra ler que ou eu ainda não terminei, ou ainda tenho que trabalhar.
Tenho pelo menos 3 trabalhos próximos, dois deles de apresentação. Eu realmente espero que dessa vez seja menos sofrido, mas só posso esperar pra ver.

Na semana passada, resolvi fazer um "experimento" comigo e tomar o clonazepam todo dia, 0,250mg. Fiz isso, e os resultados foram bem além do que eu esperava. Porque o que eu esperava era talvez uma melhora no lado social, ter menos medo de falar com as pessoas, etc. E isso aconteceu, me senti mais propensa a falar em vários momentos, e até em aula, algumas vezes me peguei planejando alguma coisa pra falar, e a coisa era quase coerente (quase, hehe). Mas além dessas coisas, eu percebi uma melhora enorme no meu aprendizado. E tá aí uma coisa que eu nunca tinha notado: meu nervosismo atrapalha meus estudos. Só nessa semana percebi que quando estou em sala de aula, fico num comportamento mental de fuga, o que explica minha dificuldade em "colar" os assuntos. Sempre sentia que as coisas faziam sentido em "micro", mas não em "macro". Por eemplo, as frases do professor faziam sentido, eu entendia do que se tratava, mas se você me pedisse pra eu explicar o assunto da aula, eu não conseguia passar nem perto. Eu não conseguia organizar nada mentalmente, agora imagino que pelo estresse da ansiedade em sala. Pensando em como me sinto, parece que quando estou em sala, fico 100% focada em aguentar estar ali, e isso suga toda a minha energia e atenção. Fico mais preocupada em perceber se tem alguém olhando pra mim, tentando falar comigo e responder essa pessoa direito do que em entender a aula. Não sei se faço essa seleção conscientemente, porque na verdade meus estudos são mais importantes do que a minha vida social pra mim, mas infelizmente aprendi que as consequências de não dar atenção a vida social são bem maiores (ou mais sofridas).

Com o remédio, consegui entender duas aulas de duas matérias que, juro, eu não tinha entendido uma aula sequer nesse semestre. Eu estava boiando demais, e achava que era por causa da matéria em si, mais abstrata, mas nunca ia imaginar que controlando minha ansiedade eu ia entender melhor, aprender melhor. Isso foi muito bom, me senti muito feliz com essa possibilidade de melhorar meu rendimento na faculdade, que eu estou achando muito baixo.
Mas aconteceu uma coisa que eu não sei explicar: na quinta-feira, depois de já estar me sentindo cansada além do normal na terça, e meio triste na quarta, tive uma queda bem grande, e chorei bastante. Minha colega de quarto não estava lá, então pelo menos pude chorar a vontade. Fiquei bem mal, sem energia mental pra nada. Não sei se isso tem alguma ligação com o remédio. Porque eu tenho me sentido assim há um tempo já, querendo que o semestre acabe logo. Parece que já tinha que ter acabado, sabe? Estou me sentindo meio esgotada.
Pelo menos estão vindo bastante feriados, e dias sem aula.
Sei lá. Queria que as coisas estivessem num ritmo mais calmo.

Bom, amanhã vou acordar cedo, fazer o que der e depois sair com minha irmã. Espero que eu consiga relaxar.
Tenho tanta coisa pra ler, tanta coisa pra aprender e entender. Tudo cobra demais, e não vejo muito sentido nisso.

Tomei o remédio agora, espero acordar melhor amanhã.

Boa noite,
Dill, xx.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Drugs

Okok, venho escrever rapidinho numa pausa entre os meus estudos.
HOje é feriado e estou na república, mas estou aproveitando pra estudar filosofia. É, sempre faço isso, não fico à toa, mas também não estudo o que devo, estudo o que eu quero, hahaha.
Está bem quente mas mesmo assim estou tomando café porque acordei às 6h (é, no feriado) e estava zumbificando completamente. Mas ainda tenho muita coisa pra aprender, ler, escrever, ouvir... acho que vou morrer estudando.

Bom, essa semana eu tinha uma apresentação pra fazer, e ela em si não era grande coisa, mas eu estava em pânico. Estava literalmente roendo unhas, tendo palpitações, e dormindo mal desde o fim de semana passado. A apresentação foi ontem e eu fui razoável. Fui melhor que na última, e consegui falar bem, apesar de ninguém ter prestado atenção. Me senti bastante bem no dia. Foi uma das raras experiências desse tipo que eu terminei ainda com o astral, moral, sei lá como chamam, "lá em cima".  Quero dizer que nem fiquei revisando todos os erros da minha vida por causa disso.
Gostaria de dizer que o meu auto-controle está melhorando e que estou aprendendo a estabilizar minhas emoções e conquistar espaço e confiança no meu círculo social, mas a verdade é que eu tomei clonazepan. Tomei metade de um comprimido de 0,5mg (seriam 0,250mg, certo?) porque da última vez que tomei 0,5mg de manhã pra ir fazer uma apresentação eu fiquei desligada, meio dopada.

Dessa vez tomei menos, e fiquei ainda um pouco nervosa, mas percebi que dois sintomas foram quase anulados: o pessimismo de antes (tremedeira incontrolável, vontade de chorar, de desistir, compilação mental de tudo o que pode dar errado, etc), e o peso e "paranoia" de depois (sentimento de que fui mal, que todos perceberam isso e me acharam ridícula, que todos confirmaram o que pensavam de mim: que eu era inútil, deficiente, desajustada, etc, etc...).

Claro que fiquei muito muito feliz com isso. Esse remédio não salva ninguém, eu sei, mas ele me permitiu viver quase que só o presente (que é o que deveria acontecer, não é?). Diminuiu em uns 60%, 70%, o meu sofrimento, que é o pior.
Sabe, é a segunda apresentação que eu faço sob efeito de remédio, e em ambos os casos eu tive, pela primeira vez um aumento de confiança pra esse tipo de situação, e não uma diminuição. Toda apresentação que eu fazia eu terminava pensando que não servia mesmo pra aquilo, que eu não devia falar em público nunca mais. Eu queria morrer e me enterrar pra não passar por nada do tipo de novo. Já com o remédio, eu não fico super feliz, louca pra fazer mais apresentações, mas fico ou indiferente à situação (do tipo, "fiz o que pude, sei que posso melhorar") ou fico com uma sensação boa (tipo, "oh, até que isso foi legal").

Bom, agora estou um pouquinho preocupada porque quero tomar remédio sempre, e não sei até onde isso é certo. Os comprimidos que eu tenho, ganhei do meu pai, mas quero marcar um psiquiatra assim que possível.

De novo, me lembro que não preciso sofrer tanto. A noção de que a vida não precisa ser uma tragédia não é tão natural ou óbvia para algumas (muitas) pessoas. Mas às vezes me lembro disso, e posso tomar uma atitude.

E se eu cair, o chão ainda vai estar lá como sempre esteve.
Só quero tomar cuidado pra não ficar achando que "encontrei a resposta". Tenho mania de procurar respostas fáceis em tudo, mesmo que cada vez mais elas se mostrem impossíveis.

"I was naive and hopeful and lost
now I'm aware and driving my thoughts." 


Não consigo parar de ouvir essa música do The Neighbourhood. Antes era Daddy Issues, que continua sendo a música que eu quero tocando em loop no meu caixão.

Nossa, eu falo cada coisa.

Adieu,
Dill, xx.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Lamauvaisetête

Resolvi publicar isso aqui que estava no rascunho. Voilà:

/Estava estudando até pouco tempo atrás mas comecei a ficar nervosa, então aproveitei pra vir escrever.
Estou em casa, e vou ficar essa semana inteira aqui por causa de um evento lá na faculdade. Estou muito feliz de poder ficar aqui, não só por saudades da minha família, mas também porque ironicamente, tenho muito pouco tempo pra estudar quando estou indo pra faculdade. Na verdade, eu tenho descoberto e redescoberto que não sei estudar. E que cada coisa, assunto, tem um jeito diferente de ser estudado, o que me dá bastante trabalho já que eu sou a maior ilustração de inércia em forma de gente: sabe aquilo de o carro frear, e devido a inércia, continuar a se movimentar na direção que estava indo? Essa é a definição das minhas cabeçadas na vida. Eu vejo que estou fazendo a coisa errada, penso que devia parar de fazer isso e fazer diferente, mas continuo, por um bom tempo, fazendo as mesmas coisas, indo na mesma direção.
Bom, tenho tentado descobrir novas formas de estudar, e no geral, me dedicar mais. Hoje eu acabei enrolando muito aqui, e agora a noite fiquei com muita coisa pra fazer. Vou ter que deixar pra amanhã.

Estou planejando a compra do meu próximo celular agora, mas estou com uma dúvida crudelíssima: não sei se peço um celular ou uma câmera semiprofissional (a Canon T5, muito provavelmente). Meu celular está velho, e estava até dando uns erros muito brabos ultimamente, mas eu descobri que eram por causa do cartão de memória (??) e depois que eu troquei, ficou bom. Mas ele não tem uma boa câmera, e isso me irrita muito. A frontal é quase inútil, coitada, mas eu ainda consigo usar e as vezes até sai uma foto ~razoável~. Por isso eu queria um celular novo, e estive vendo uns modelos com câmeras muito boas por volta de 700 reais (que eu espero conseguir na black friday por 600).
Mas aí bate o meu sonho que tem quase a mesma idade que eu: uma câmera semiprofissional, de preferência da Canon. Antigamente, meu sonho imaculado era a T3i, mas tenho visto cada vez menos delas vendendo, aí estou com medo de comprar um modelo antigo que talvez comecem a parar de produzir. Por isso estou pesquisando agora a T5, mais recente. Pelo que vi, elas são muito parecidas, e já são tão boas que acho que a diferença varia mesmo é de fotógrafo pra fotógrafo.
Bom, eu sempre gostei de fotografia, e faz muito (muito) tempo que tenho sonhado com uma câmera dessas, mas além de serem bem caras (tenho achado a T5 por 1.580, isso porque é super promoção), eu sempre tive um medinho de comprar e não usar. De ficar com vergonha de tirar fotos com ela na rua, sei lá. Sou muito tímida, e às vezes tenho vergonha até de pegar um celular pra tirar foto de alguma coisa, imagina uma câmera grande dessas. Infelizmente, elas chamam atenção.
Tenho encontrado algumas T5 pouco usadas na internet por pouco mais de 1.000, o que eu até conseguiria pagar. Então fiquei pensando que posso comprar, mas aí vou ter que ficar com meu celular velho. Porque óbvio que meus pais não tem dinheiro pra comprar os dois (nem um talvez, pra ser sincera), e mesmo se eu comprasse a câmera, eu teria que pagar metade da parcela com a minha mesada. E eu ficaria um ano com pouco dinheiro pra comer, sair ou comprar roupas, cosméticos, qualquer coisa que eu quisesse na verdade, porque tudo isso sai da minha mesada. E geralmente isso me deixa bem mal-humorada. Mas, por outro lado, teria, finalmente, minha câmera.
Eu acho que a fotografia seria uma ótima forma de eu me expressar, e eu tenho procurado isso. Mas de novo, tenho medo de não conseguir me adaptar ao uso, e fazer meus pais pagarem uma coisa super cara pra no final me sentir uma idiota mimada que ficou batendo cabeça por uma câmera que ela nem sabia usar.
Não sei o que fazer mesmo, vou ter que esperar o tempo, as promoções, e falar com meu pais. Escrevi isso aqui mais pra me ajudar a pensar mesmo, por favor ignore meus dilemas materialistas.

Ontem eu quase liguei o notebook tarde da noite pra vir escrever aqui porque tive um pensamento um pouco mais claro sobre algo que eu estava sentindo há um tempo já. Quando eu vejo pessoas do meu meio social, principalmente as da minha idade fazendo alguma coisa, eu imediata e inconscientemente começo a tentar "imitá-los". Quero dizer que começo a tentar reproduzir não só o comportamento deles, mas a motivação. Eu começo a me esforçar pra ser igual a eles em todos os aspectos, mas nunca consigo reproduzir com fidelidade uma emoção sequer que eu vejo as pessoas terem em sociedade.
Eu sou tão fria que às vezes nem acredito. Porque parece que só eu sou assim, me sinto uma pessoa impossível. Pra mim, o jeito que as pessoas agem umas com as outras em público não faz o menor sentido. E como eu disse, mesmo assim ( acho que por isso), quando vejo esses comportamentos perto de mim, minha primeira reação é tentar naturalizá-los em mim.
Se eu vejo fotos de pessoas que eu conheço saindo, indo em barzinhos a noite, começo a tentar pensar que eu gosto de sair de noite, que eu gosto de bar, que eu devia começar a beber. Todos esses comportamentos não são em nada naturais a mim, e, mesmo assim, quando estou perto de pessoas diferentes de mim, sempre me pego tentando ser elas.
Não consigo entender muito o por quê disso. Talvez eu ainda esteja na paranoia de não ser notada, e esteja procurando me enquadrar pra "sumir na multidão". Porque eu nem preciso dizer que ainda tenho muito medo da vida social. Ainda tenho ansiedade social, ainda sinto que vou morrer se alguém falar comigo, etc.
Mas eu não entendo ainda totalmente isso. Porque eu abro mão de mim mesma tão fácil, tão rápido. Quando encontro qualquer coisa diferente de mim, jogo tudo o que eu sou fora sem nem pensar sobre isso. Acho que por isso não consigo conversar sobre mim quando estou conhecendo alguém: nessas situações eu não sou nada, não sou ninguém, sou uma folha em branco onde vou botar o que a outra pessoa quiser. Odeio isso.
Porque a verdade é que eu sinto que o que eu sou não é aceito de forma alguma. Eu sou uma pessoa naturalmente violenta, e com isso quero dizer que a violência é o meu traço mais significante. Eu não ajo com violência, mas ao mesmo tempo a violência está em tudo o que sou e faço.
Eu não sou nada leve, doce, ou agradável. Se eu fosse alguma coisa da natureza seria uma nuvem de tempestade, com relâmpagos e tudo.
Aliás, notei esses dias como eu sinto falta de extravasar minha violência. Nas poucas vezes que eu me "solto" e falo alguma coisa mais sincera, geralmente recebo uns olhares arregalados ou risadas frias.
Ao mesmo tempo, não é de hoje que eu noto que eu faço amizade com as pessoas mais diferentes de mim, e que tenho medo das pessoas mais iguais a mim. Quanto mais a pessoa parece comigo, e parece que pode ser minha amiga-alma gêmea mais eu me afasto.

E de novo, eu não entendo completamente o por quê.
Acho que vou continuar esse pensamento outro dia.

Choices



See I'm stuck in a city but I belong in the field. 
 
Olha dessa vez faz muito tempo mesmo que não entro aqui. E nem foi por falta de tempo. Fiquei a semana passada inteira em casa, e na verdade tentei escrever aqui duas vezes, mas não estava conseguindo escrever nada coerente. Não sei por quê, tenho estado assim, com a cabeça meio confusa. Começo a escrever e quando vejo estou escrevendo uma coisa bem nada a ver e nem eu estou gostando do que estou escrevendo.
Bom, hoje vim escrever meio sem objetivo também, só pra quebrar a fase de não escrever. Na verdade estou me sentindo meio mal.
Depois de vários dias em casa, veio o que eu já esperava: uma dificuldade dos infernos de voltar pro dia-a-dia na faculdade. Tentei me lembrar que eu ia voltar o tempo todo, pra ver se ajudava na hora do choque, e ajudou mesmo, acho que fiquei menos impactada. Mesmo assim, neste momento, estou com o coração pesado. É terça-feira e amanhã eu tenho muitas aulas, tenho trabalho pra entregar quinta-feira, e duas apresentações grandes pra semana que vem, que vão exigir trabalhos escritos pra cada uma. Eu odeio esse tipo de coisa. Odeio de verdade. Nunca me adaptei a trabalhos, sempre fui fã de provas, se dá pra dizer alguma coisa assim. Trabalho em grupo então. Nem vou comentar. Mas eu fico pensando às vezes em como as coisas exigem muito das pessoas. Meu dia a dia é muito corrido, muito mesmo, e me parece que estou sempre atrás, sempre correndo atrás de alguma coisa muito mais rápida que eu. Nunca li o suficiente, entendi o suficiente, escrevi, fiz, pensei o suficiente. Está sempre faltando alguma coisa e eu não consigo respirar no meio disso tudo.
Nessas horas que eu não sei se estou fazendo a coisa certa na vida. Acho que comecei a escrever um post aqui sobre isso, mas apaguei. Porque não posso deixar de notar que, apesar de saber que sempre odiei escola, e principalmente o modelo escolar de educação, fui eu quem estudou sozinha pra passar pra uma faculdade. E agora, no meio do meu segundo período de faculdade, eu não entendo direito por que fiz isso. Sempre quis estudar psicologia, disso eu sei. E acho que se existir um motivo coerente pra eu estar na faculdade é isso: preciso do diploma pra atuar como psicóloga. Mas ainda assim, eu acho que existem outros desejos em mim, talvez mais forte que a psicologia, mas que eu nunca dei vazão. E acho que foi por medo de querer.
Sabe, até hoje a melhor definição de dúvida pra mim é uma que eu li num dicionário infantil: dúvida é quando você sabe exatamente o que quer, mas acha que deveria querer outra coisa.
Não acredito que eu não saiba o que quero. Eu ou qualquer outra pessoa. Acho que eu tenho é muito medo de querer uma coisa muito louca, tão louca que poderia até me fazer feliz. Porque a felicidade, então, é mais apavorante ainda. Lembro daquelas piadas do Twitter do tipo "deus me livre ser feliz" e fico pensando o quanto eu tenho corrido atrás da minha infelicidade. Quer dizer, por que eu, com tantos lugares no mundo pra ir, tanta coisa pra fazer diferente, fui me colocar logo na faculdade? Sei que a faculdade parece uma escolha muito óbvia pra maioria das pessoas, mas por que fiz essa escolha pra mim? Por que fui me colocar num dos lugares que mais odeio? Não posso deixar de notar essa ironia gritante. Eu fico pensando se as outras pessoas são assim também. Se elas se colocam em lugares horríveis pra pelo menos sofrer uma dor que elas escolheram. Porque acho que é isso que eu faço. Talvez eu tenha aprendido com a minha vida até agora, que o sofrimento está sempre presente, não importa o que aconteça. Mas se ele não é inevitável, talvez eu possa prevê-lo, medi-lo, calculá-lo e ajustá-lo no meu dia-a-dia. Posso arranjar um trabalho e sofrer de 9 às 18. Talvez isso torne a dor um pouco mais palpável, um pouco mais lógica, não sei. Talvez mais controlável. Talvez pareçamos menos ridículos se parecermos no controle. Só não sei se vale a pena viver fingindo só pra não ser ridículo.

Bom, acho que me atrapalhei um pouco aqui, mas eu queria falar disso porque, como falei, tenho me sentido mal com a faculdade. Não tenho talento nenhum pra viver coisas que não fazem sentido pra mim. Sou muito revoltada com qualquer coisa que tente "ser porque é" ao meu redor, e acho isso bom e ruim ao mesmo tempo. Porque ao mesmo tempo que me sinto feliz por parecer mais autêntica (pra mim mesma, não pros outros), me sinto muito triste por parecer sempre sozinha nisso. Ninguém questiona, e principalmente, não gostam de quem questiona muito as coisas. Eu percebo o desconforto que eu sou pra muitas pessoas, porque geralmente acabo falando coisas muito duras que, não raro, são os fundamentos da vida dessas pessoas.
Eu considero a visão crítica quase um talento, como ver através das coisas, mas ao mesmo tempo, sei que além de isso não ser tão grande coisa, é algo muito difícil de domar e de ser aproveitado pro bem.

Acho que o que eu queria dizer com tudo isso é que eu devia buscar algum sentido nas coisas que faço. Mas ao mesmo tempo, não sei se estou exigindo demais das coisas. Porque todo mundo parece bem satisfeito com as coisas do jeito que são.
Ou talvez eu só esteja entendendo tudo errado. Não seria a primeira vez. Não sou muito boa em viver nesse mundo.

Le Dill, xx.

P.s.: Muito tempo que não coloco nenhum vídeo aqui.  Vou colocar Nightcall, que canaliza tão bem a noite na cidade que quase assusta. Estava na trilha sonora de Drive, um filme muito bom onde a noite também foi muito bem representada. Apesar de ter escolhido essa música, estou ouvindo Mr. Brightside, que me traz um conforto por soar um pouco como os anos 90.



sábado, 8 de outubro de 2016

La semaine noir

Yey. J'ai finalement trouvé un peu de temps pour venir écrire ici. Je suis chez moi maintenant et suis bien contente, en considerant le dernière semaine.
C'était une vraimente étrange semaine.
A semana já começou mal no domingo mesmo. Não vou descrever tudo passo a passo como aconteceu, mas de manhã eu notei que minha gata não estava bem. Minha mãe já tinha mencionado que ela não estava comendo durante a semana, e só no domingo de manhã eu notei que não tinha visto ela desde que eu tinha voltado, na sexta à noite. Por isso, fui ver como ela estava. Quando peguei ela e coloquei no chão da cozinha, ela caiu, como que desmaiando, sem força nenhuma nas patas. A partir daí começamos a correr, ligando pra táxi, veterinário. E nesse domingo ainda era dia de votação. Todo plano pro dia se desfez, e eu e minha irmã fomos levar nossa gata no veterinário. Levamos ela viva, e parecendo relativamente bem, mas ela acabou morrendo de tarde, depois que tínhamos deixado ela internada lá. Eu já tinha chorado em casa, lá no veterinário, e chorei mais em casa, quando soube da notícia. Ela estava com a gente há 12 anos, pelas nossas contas. Sempre morri de medo do dia que ela fosse morrer, e nos últimos dois anos eu olhava pra ela às vezes e pensava que ela estava velhinha e não iria durar pra sempre, mas não conseguia imaginar ela morrendo. Estou com muita saudade dela, desde o primeiro dia. Mas acho que já reagi melhor do que quando Tony morreu. Pelo menos no caso dela conseguimos correr, levar ela no veterinário. Só queria ter ficado com ela até o final, talvez. De qualquer forma, sei que cuidamos bem dela na enorme maioria do tempo, e acho que ela foi feliz com a gente. Enfim, Tica vai estar sempre comigo de todas as maneiras.

encore là.

A semana então começou assim, e eu no dia seguinte tive que viajar pra ir pra faculdade, como sempre. E foi uma semana chuvosa, de ventos frios, pessoas doentes e gripadas. Minhas amigas perderam ônibus, não podiam ir às aulas por algum motivo. Coisas estranhas continuaram acontecendo ao longo da semana, e minhas amigas perceberam também. Mas, apesar de tudo, eu consegui sobreviver e estou melhor agora.
Essa semana consegui fazer um trabalho difícil pra faculdade, e fiquei orgulhosa de mim. Tentei bastante fazer as coisas que eu tinha que fazer.

Nossa, aconteceu tanta coisa, na verdade. Sempre está acontecendo muita coisa agora, e isso é bom, no geral. Acho que nunca mais odiei a minha vida, só às vezes as coisas pesam, mas eu sei que poso fazer escolhas pra deixar tudo mais leve. Continuo colocando meu bem-estar em primeiro lugar. Minhas amigas até riem de mim porque fico falando que nada vale a minha paz, e isso é verdade. Não sou a pessoa mais relaxada do mundo, na verdade sou uma nervosa louca, às vezes neurótica, ansiosa patológica, mas, por isso mesmo, pude desenvolver mecanismos de controle pra mim no que para os outros é o caos, e pra mim é a vida. Nada vale a minha paz. Porque eu preciso da minha mente intacta, e sei que mantendo isso, posso reconstruir qualquer coisa que venha a quebrar.

Estou especialmente animada no momento porque nessa semana que vai começar não vou ter os trabalhos semanais que estavam me matando toda semana. Quarta-feira é feriado, e vou poder ficar na república estudando, e depois vir pra casa na sexta. Depois disso, pelo que estou vendo, vou poder ficar uma semana em casa por conta de um evento na faculdade. Já estou feliz pensando no tanto que vou poder adiantar de matéria nesse tempo. Estou lendo 3 livros no momento, mas na verdade tinha que estar lendo uns 7. Espero conseguir, haha.

Ontem vim pra casa já pensando em fazer um bolo do qual eu vi a receita no youtube  que era basicamente um absurdo de chocolate. Bolo de chocolate com recheio e cobertura, tudo chocolate. Fiz ontem, e no dia eu não gostei, mas hoje o bolo está bem melhor, e até pouco tempo atrás estava tendo problemas em parar de comê-lo, haha. Ficou lindo, escuro e cheio de recheio. Eu realmente amo cozinhar e comer.

Ah, na semana passada também tinha, finalmente comprado uma bolsa nova. Sou dessas pessoas de uma bolsa só, pelo menos é o que eu gostaria de ter. Na verdade tenho 4, por pura necessidade de adaptação às ocasiões. Se pudesse teria uma só. Por isso, sempre tenho uma que é a que eu mais uso: preta, média, de couro. Pois bem, a bolsa que eu estava usando como a de sempre estava muito feia já, e fui obrigada a comprar outra (acho muito feio couro descascando, mesmo). Acabei comprando minha primeira bolsa carteiro da vida, aquelas estilo satchel, linda demais. Sério, é muito linda e fica mais ainda com as roupas. Não sei por quê fiquei tão em dúvida quando fui comprar, é perfeita. Bom, etou bem feliz que vou poder ficar despreocupada com bolsa por um bom tempo.

Apesar disso(ou por causa disso?), estou meio chateada com meus gastos. Não estou conseguindo juntar dinheiro como queria ainda, e continuo me atrapalhando com as contas, gastando demais antes da hora. Acho que daqui a uns dois meses as coisas vão se desenrolar. Eu estava querendo comprar uma jaqueta do curso e da faculdade, mas isso vai ter que esperar, e muito. Se acontecer, haha. Por falarem frustrações financeiras, meu celular está dando vários erros, e eu acho que vou ter que comprar um bem furreca pra substituir ele, porque é o que eu provavelmente posso pagar agora.

Bom, acho que vou dormir agora. Sinto que esse post ficou muito mal escrito e talvez eu edite amanhã.
Agora vou ler, ler, ler pra amanhã acordar e ler um pouco mais.

Bisouss,
Dill, xx.

sábado, 17 de setembro de 2016

\Still fighting


So, it's been a while.
Estive e ainda estou querendo tirar um tempo pra fazer coisas como escrever aqui no blog, mas o meu semestre começou, e começou com tudo. Estou com pelo menos três trabalhos pra próxima semana e várias, várias coisas pra ler. Estava fazendo isso até minutos atrás, mas cheguei naquele ponto em que já não consigo processar muito bem as informações e começo a voltar no texto várias vezes, então resolvi dar uma pausa. E cá estou.

Estou tomando regularmente agora a homeopatia que eu falei no último post, e estou muito, muito bem. é incrível como esse remédio me ajuda. É clara a diferença, eu fico rindo quase o dia inteiro com o remédio, e sem ele, não consigo rir de nada. Nada. Por isso, até agora, minha experiência no segundo semestre tem sido bem diferente. Estou conseguindo, na maior parte do tempo, não sentir desespero. E isso é muita coisa.
Estou passando meus dias sem grandes traumas, que eram diários, e consigo conversar com pessoas agora. Até fui ver filme na casa da uma amiga, que está morando lá. Isso era impensável pra mim semestre passado. Então, sim, houve progresso, e estou feliz com isso.

Bom, deixando de lado as questões da faculdade (por favor), estou sem tempo pras coisas, mas mantendo meus interesses. Nesse mês, voltou a minha vontade de ter uma câmera digital semiprofissional. Eu sempre, sempre quis uma, e volta e meia eu meio que me decidia que ia comprar uma, mas óbvio que nunca deu. Essas câmeras são muito caras, e nas poucas vezes que meus pais me permitiam comprar uma coisa cara assim, eu geralmente pedia um celular ou notebook porque são coisas essenciais. Mas eu tinha planejado de no fim desse ano comprar (pedir) um celular novo, e agora decidi que vou pedir uma câmera no lugar disso. Não me importo de manter meu celular velho, eu só quero uma cãmera de verdade.
Sempre gostei de fotografia, e por isso sempre fui exigente com câmeras, achando a maioria delas muito bosta, haha. E agora, tenho sentido uma falta muito grande de ter alguma coisa mais "artística" no meu dia-a-dia. Eu não posso mais pintar em tecido como antes porque tudo o que eu uso pra isso fica em casa, onde eu só estou agora nos fins de semana. E também, tenho ficado mais animada com meu instagram, estou postando fotos mais legais, mais pensadas, digamos. Aí eu penso que gostaria muito de poder fazer isso melhor, estudar melhor fotografia, e praticar.

Bom, esse post foi ficando muito corrido porque me distraí demais escrevendo. Espero poder voltar em breve.

Bisous,
Dill, xx.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Down, down, and down again - is there a way up?


Minhas aulas voltaram e já terminei a primeira semana. Posso dizer que o pânico em que eu estava antes desta semana passou, e isso é bom, claro. Acho que fiquei menos ansiosa também durante essa semana, e o que me ajudou muito também foi que voltei a tomar a minha homeopatia staphysagria que estava esquecida no meu armário. Ela me ajuda muito, muito mesmo a não cair tão fundo na minha tristeza cotidiana. Sem ela, eu simplesmente começo a ficar muito triste e desanimada - coisas que eu já achava que eram simplesmente o meu jeito de ser, e que eu nem notava direito; só passei a notar depois de melhorar com o remédio e voltar a ter os episódios de tristeza. Se eu tomo ela hoje e não tomo mais, daqui a três dias estou chorando e tendo pensamentos muito pessimistas, tudo isso de forma calma, sem desespero, porque já é o meu "normal".  I've been down, down so long / looks like up, up to me.

Bom, com tudo o que aconteceu no pré-volta as aulas, eu resolvi me dar por vencida e procurar uma ajuda psiquiátrica. Porque eu sempre tive um pensamento meio revolucionário contra remédios pra "distúrbios mentais", não no geral do tipo deviam ser proibidos, mas de um jeito bem pessoal mesmo, sempre me recusei a recorrer a isso, por vários motivos. Primeiramente, eu tinha medo; de viciar, de piorar os sintomas (eu já ouvi casos horríveis de pessoas que tiveram o pânico aumentado com remédios que deviam controlar isso), de ter efeitos colaterais estranhos (algo que me deixasse uma pessoa diferente, de alguma forma), ou de ficar anestesiada por completo. Mas principalmente, o que me fazia não tomar remédios era a ideia de que eu estaria me apagando, ou maquiando quem eu sou pra conseguir viver, ter um lugar no mundo. Eu já falei várias vezes aqui no blog sobre a minha dificuldade em saber o que sou eu e o que é doença. O pânico, a ansiedade e depressão ocasional têm estado comigo há tanto tempo que eu nunca consegui estranhar os sintomas - pra mim, era aquilo que eu era, não existia um "antes dos sintomas", uma normalidade pra comparar com o que eu estava vivendo.
Vários episódios da minha infância hoje eu sei que foram ataques de pânico e ansiedade, e alguns períodos também identifico como depressão. Me lembro de achar um dos meus primeiros diários, e ver que na maior parte das páginas eu relatava tristeza e que eu chorava todos os dias e detestava a minha vida. E eu era só uma criança.  Por isso - por não saber o que é uma vida sem a doença - eu de certa forma, me identifico com o que eu sou. Toda a minha esquisitisse em público por mais que me cause muitos males, me é muito cara porque é também quem eu sou.
Acho que na verdade, isso pra mim se trata de confrontar o mundo com a anormalidade. Porque eu não acho certo, não concordo com essa forma de viver que nós temos de esconder tudo o que sai um pouco da linha ideal. Aliás, sempre fui revoltada com isso, com a dificuldade das pessoas de aceitar, respeitar o que é diferente. E socialmente falando, hoje em dia nós procuramos todas as maneiras possíveis de eliminar tudo o que é anormal: a gente faz cirurgia pra ficar mais parecido com todo mundo, a gente toma remédio psiquiátrico ra conseguir fazer o que todo mundo faz, viver como todo mundo vive, e vamos aos poucos eliminando tudo o que existe na gente de original, sincero, real. Eu não entendo essa obsessão por querer parecer com todo mundo. Me lembro que as garotas do meu colégio pareciam todas irmãs, absurdamente iguais. Mas também não posso falar disso como algo totalmente externo a mim. Afinal, por mais que eu seja a única na minha sala que se veste de preto, camisa xadrez e blusas largas, existem mil outras pessoas no mundo que vestem exatamente o mesmo, e não por coincidência. Essa maneira de se vestir, como quase todas as outras, é intencional e objetiva a identificação de um grupo. Mesmo que não se conheçam, essas pessoas podem se identificar como parecidas pela forma de se vestir. E eu também faço isso.
O que eu queria dizer, é que pra mim, tomar remédios psiquiátricos significava abdicar de quem eu sou em prol da ordem social. Parecia que eu estaria servindo a eles e não a mim. Porque, no fundo, às vezes penso que a doença não é o problema. Porque dentro de casa, sozinha com meu notebook e meus livros, eu não tenho síndrome do pânico, nem fobia social. E, se eu não tivesse quase todas as minhas atividades permeadas por interações social que me fazem falhar miseravelmente, e me sentir estranha, errada, idiota e inútil, eu não teria depressão (imagino, porque depressão pode ter causas neurológicas). Então, por boa parte da minha vida, eu tentava culpar o mundo a minha volta por tudo o que eu sofria, mas nunca tive sucesso nisso. Porque no fim do dia eu sempre culpava a mim. Eu estava fazendo tudo errado, eu não sabia ser do jeito certo lá fora. E pra falar a verdade, ainda não sei. E não quero saber. Porque só a pretensão de estabelecer um "certo" pra ser me dá nojo e tristeza.
É ridículo querer tolir algo tão precioso quanto a personalidade em prol da aparência social; pra ficar "bonito".




Mas como eu disse lá em cima, tomei a decisão de procurar um psiquiatra pra me receitar algum remédio. Porque eu não consigo viver do jeito que eu sou. Tudo pra mim é muito sofrido, muito cansativo. Não encontro prazer na maioria das coisas, e tudo o que as pessoas fazem me parece sem sentido. Eu não quero fazer parte do que eles fazem, nem fazer o que eles fazem. Mas eu quero poder respirar sem medo lá fora. Eu passo o dia inteiro tendo vários picos de pânico, seguidos por tristeza profunda, porque eu não consigo parar de ter medo. Eu não durmo direito, acordo muito cedo sem motivo. Me machuco, e acabo descontando todo o estresse em mim mesma. E o pior de tudo: não consigo ser quem eu sou lá fora. Não consigo me dedicar a faculdade como eu queria e deveria porque estou sempre morrendo de medo, tentando fugir de lá.
Então, eu vou tentar. Porque eu acho que meu sofrimento não é normal, e demorei a ver isso. Não sou a melhor pessoa do mundo, mas talvez eu mereça um pouco de paz.

Dill, xx.


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Talking to her


 Ok, let's talk about my fears. Porque hoje, assim como nos últimos dias estou num pico de ansiedade tremendo. Não consigo parar de comer e ficar triste, não só por isso, mas por todo o resto. Minhas aulas voltam na segunda-feira e eu não estou me sentindo bem com isso, naturalmente. A verdade é que lá é tudo muito difícil e a minha maior emoção ainda é medo. Por mais que eu tente de várias formas estabelecer a raiva em mim como emoção principal, na maioria das vezes tudo o que eu tenho é o medo. Pânico aterrorizador e paralisante, é o que eu sinto quase sempre. Não posso explicar como isso é cansativo e destruidor.
Eu fico tentando mascarar, ou pelo menos pintar de um jeito mais bonito as coisas que acontecem comigo porque tudo o que eu aprendi até hoje me deu uma noção de que tudo tem que ser bonito: é a ordem natural das coisas. O que é bonito é verdadeiro e bom. Acho que por isso tenho esse desespero quando as coisas dão errado ou um novo acontecimento me lembra do quão baixa, inútil e sem significado é a minha vida. E se você, ao ler esses adjetivos que atribuo a minha vida sentiu algo como ofensa ou repúdio, significa que você é iludido como eu. Porque uma vida baixa, inútil e sem significado ainda é alguma coisa. É vida, e essas características já a tornam valiosa (no sentido de que tem algum valor), porque as coisas não precisam ser bonitas pra existir. Uma vida sem amor ainda é uma vida, e tem o direito de existir, como todo o resto. Um dos meus vários problemas e vícios é julgar tudo, querer dividir as coisas em bonito e feio, bom e mau, e querer excluir, desintegrar tudo o que cai fora do belo, digno de existência.
Ao mesmo tempo que em mim existe uma força enorme que repudia quase totalmente tudo o que eu sou, existe uma pequena parte que eu sinto gritar todos os dias que só quer existir. E o desastre que eu sou nasce exatamente dessa guerra gigante entre querer matar e viver.
Eu falo em morte o tempo todo, e só comecei a notar isso nos últimos tempos, onde tenho pessoas ao meu redor pra me chamar atenção a isso. Eu vejo e prevejo morte o tempo todo, e principalmente desejo morte. De verdade, tenho uma forte atração por destruição, porque tudo que a morte deixa é o silêncio. É paz. E pra quem viveu e vive tanto tempo em guerra como eu, o silêncio é o único paraíso que pode existir. Sempre sinto pena das pessoas que desejam paz mais do que amor, sucesso ou qualquer outra coisa. Porque o desejo pela paz só vem depois de muita dor. Amor, alegria, entusiasmo são pra crianças. Coisas divertidas, mas tão perigosas e instáveis que só algo muito imaturo ou irresponsável pode desejar.

Bom, desculpe a confusão desse post, mas quando as coisas estão muito complicadas eu preciso escrever pra pensar. Eu estive me sentindo muito, muito ansiosa e em pânico, sentindo que eu tinha muito pra falar, mas sem conseguir parar pra me ouvir. Às vezes, esse é o único jeito de falar com ela.

Dill, xx.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Change your heart. Look around you.


Estou bem desanimada nos últimos dias. Ficando meio letárgica, como eu ficava antes. Parece que é um sintoma de ficar em casa. Tô naquele ponto de ficar olhando pras coisas que eu quero sem conseguir levantar pra ir até elas. Mas, ao mesmo tempo, do nada posso ter uma explosão de sei lá o quê, aí saio fazendo um monte de receita e como muito. Também faço isso com outras coisas. No momento, estou muito desanimada sem conseguir fazer nada. Estou triste na medida, nem demais, nem de menos.
Bom, estive baixando bastante séries e filmes, enchendo meu HD de coisas assim. Não sei por quê, baixei a primeira temporada de Blindspot, mas estou gostando. Baixei Deadpool, e estou tentando baixar a versão estendida de Batman vs Superman. O bom é que eu descobri um sagrado programa pra Ubuntu que roda vídeos com a legenda MUITO FÁCIL. Sério, agora eu não entendo por quê reclamam tanto de ver coisas com legenda no Ubuntu. Tô com medo de achar alguma limitação nele, hha. Espero que não.

Ontem consegui sair com a minha família e foi legal. Tem feito muito frio aqui de novo (esse ano está com uma frentes frias ótimas *O*), e consegui usar minha jaqueta. Comi tapioca, e consegui achar finalmente um caderno pra faculdade. De 10 matérias, da DC. Estou começando a ficar assustada com a quantidade de coisas que eu tenho relacionadas à quadrinhos. Tinha até um caderno do Batman lá, lindo de doer, mas se eu andar com mais um logo do Batman por aí, vão achar que eu trabalho na DC.
Estou na minha última semana de férias, e gostaria de dizer que não estou me precocupando, mas estou sim, e bastante. Estou roendo as unhas como louca. Durante o dia fico ansiosa, e à noite fico triste. Não sei de mais nada. Sei que não vai ser ruim quando eu voltar, assim como não está sendo ficar em casa, mas ao mesmo tempo, tudo é ruim. Aqui em casa tem os problemas de sempre, e eu fico querendo ir embora, e lá tem a vida me humilhando social e diariamente. Vou apanhar de qualquer jeito, então eu não devia estar ligando, mas acho que estou assustada por apanhar em lugares desconhecidos. Sei lá, isso aqui já está ficando bem sem sentido. Estou com sono e triste, então as coisas saem bem desconexas.

Tenho que aprender a viver sozinha e não esperar nada das pessoas. O que mais me irrita em mim é a esperança.

Daqui a pouco vou sair pro médico e espero que o dia ainda seja legal. Bom, eu ainda encontro paz e satisfação nas pequenas coisas, e como sempre, é nelas que eu me agarro.
Ainda não consegui fazer o post com as fotos das férias, mas tudo bem.

Infelizmente, muita coisa que eu queria fazer nas férias eu não consegui. Principalmente comida, haha. Não consegui fazer meu pão ainda (olha, vou tentar no sábado. Espero que dê), nem pizza, nem brownie. Mas fiz cookies, bolo de brigadeiro, bolo de caneca, torta de maçã. Acho que deve ter mais coisas, mas esqueci agora.


A song to the heavy heart.

Dill, xx.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Le film et les problèmes inattendus

Queria tratar esse blog melhor, do jeito que ele merece, escrevendo aqui quando estou de bom humor ou pelo menos sem correr. Agora parece ser um desses momentos. O dia está a coisa mais linda: está frio, o céu está todo tomado por nuvens, mas sem nuvens cinza, ou seja, não está tão escuro mas não tem nem sinal de sol. Porque o sol é completamente desnecessário (ok, eu queria que fosse). 
As coisas também estão meio calmas, mas na verdade estamos com um problema sério aqui em casa. Um problema com vizinhos que vem se arrastando há um bom tempo, e que ontem deu besteira. Eu odeio qualquer tipo de atrito, e aqui, nessa casa que estamos morando agora, foi a primeira vez que minha família teve (está tendo, na verdade) problemas sérios com vizinhos. São umas mulheres ridículas e irracionais que não gostam da gente sem motivo (mas tenho sérias suspeitas que são motivos religiosos), e isso por si só já seria problema, mas pra piorar tudo minha mãe é igualzinha. Aquilo de "quando um não quer, dois não brigam" é muito real pra mim, e eu sempre procuro balancear ao máximo todas as relações que eu tenho na vida: se a outra pessoa é irracional, eu procuro ser a racionalidade, se a outra pessoa é emocional demais, eu procuro ser centrada. Se a pessoa é explosiva, eu procuro ser calma e pensar muito antes de fazer alguma coisa. O problema aqui é que são um monte de mulheres infantis onde parece que elas competem pra ver quem se porta com menos maturidade. Elas falam uma coisa num dia e no outro estão agindo contrariamente àquilo, e minha mãe não perde a oportunidade de falar alguma coisa desnecessária quando a conversa já está numa situação delicada. Isso tudo me deixa bem cansada porque eu odeio ter que lidar com coisas que eu não construí. Eu já falei com minhas irmãs que se fosse eu lidando com essa situação desde o início, teria agido muito diferente delas. Aqui em casa são 4 pessoas, e dessas, só minha irmã mais velha e minha mãe estavam querendo levar a situação na briga até o final. Meteram advogado no assunto de um jeito que eu achei violento e desnecessário (porque esse é o tipo de coisa que ofende muito as pessoas, e por isso é o tipo de atitude que só deve ser tomada em último caso, pra mim), e teriam ido mais longe se eu não ficasse falando mil vezes que a gente não tinha dinheiro pra continuar com aquilo. Estávamos quase pagando mil e pouco pra advogado ir entregar aviso legal pra elas, sendo que nossa família não tem dinheiro pra isso. Literalmente pagando pra brigar.
E como falei, pra piorar, elas outras lá são iguais. Aliás, são bem piores, porque são baixas a ponto de não terem palavra nenhuma, já que ao longo da situação, várias vezes elas falaram uma coisa só pra depois "dar pra trás" com aquilo, e nunca, nunca se dando ao trabalho de explicar essa atitude.
Pra mim, não tem conversa com gente desleal assim, nem me dou ao trabalho.
Bom, por enquanto ainda está tudo na mesma, mas sábado eles meio que marcaram de ir todo mundo conversar com os advogados delas e nosso presentes, coisa que já devia ter sido feita há muito tempo.  Só espero que isso pare por aí.

Esse é o único motivo que está me deixando de coração pesado hoje, porque de resto, eu deiva estar muito feliz: vi Esquadrão Suicida ontem, e amei demais. Sério, adorei adorei adorei. Pra mim, o filme teve pouquíssimas ressalvas, os personagens são ótimos, o visual do filme é perfeito, e a história é fraca, mas leva o filme até o final sem graandes problemas. Ah, e depois de ver o filme, agora vejo que o hype todo na Harley Quinn é merecido: ela é perfeita.
Fui ver o filme com um medo bem grande de ser ruim, mas é ótimo ótimo, já estou esperando sair o dvd (de preferência com as cenas cortadas, que foram MUITAS).

Bom, de resto, estou tentando aproveitar meu dias, mas tenho muita coisa pra ler e fazer. Quero ler pelo menos 3 livros ainda, e ver uns documentários e filmes que estou adiando há séculos. Com foco e café eu consigo! haha.
Acabei de lembrar que eu ia fazer um post sobre os últimos passeio que eu fiz, com as fotos que tirei, mas agora o rumo já mudou completamente haha. Deixa pra próxima.

meus amores ^o^

Adieu,
Dill, xx.


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Expression

Elliot: the only one I can relate to.

Desde o meu último post eu passei por uma quedazinha na alegria em que estava, basicamente porque me dei conta do quanto eu gastei em tão pouco tempo. Me desequilibrei de novo com as contas e agora estou apertada como sempre. Isso é chato demais, e o pior pra mim é continuar sem saber como aprender a parar de fazer isso, haha.

Bom, estou sentindo muita falta de escrever mais, aqui ou não. Eu sempre escrevi bastante porque acho que é a melhor forma de se expressar e organizar a cabeça ao mesmo tempo, entender seus próprios pensamentos. Aliás, tenho sentido muita falta de me expressar de várias maneiras. Todo dia eu penso em alguma dessas coisas: fazer fotografia, guitarra, skate, pintura em tecido, costura ou cozinha. Essas são as coisas com as quais eu mais sou obcecada, de verdade. Aliás, tenho notado isso em mim: tudo vira obsessão. Isso tem aspectos positivos, como por exemplo, eu não desisto fácil das coisas, sou muito insistente e procuro mil maneiras de contornar uma dificuldade quando eu quero alguma coisa de verdade, mesmo que demore anos. Mas também, isso me faz insistir em coisas fúteis às vezes, ou que não tem um retorno a altura da energia que eu gasto sofrendo por elas. Eu coloco qualquer desejo numa posição de necessidade absoluta, e não sei cogitar a possibilidade de não conseguir aquilo. E por isso, claro, levo meus objetivos muito a sério.
E mais uma vez, não sei como mudar isso. Acho que no fundo, eu gosto de ser assim; sabe, meio louca obsessiva. É bem eu mesmo.
 Isso junto com a minha solidão e introversão são qualidades minhas que por mais que tenham efeitos ruins na minha vida, são tão parte de mim que eu não saberia dizer quem eu sou sem elas. E também tenho um certo apego por esses problemas, questões ou traços, porque bons ou ruins, eles estão comigo por mais tempo do que qualquer pessoa na minha vida (tirando minha irmã e meus pais, mas meus pais não contam), e não consigo deixar de vê-los como amigos. Amigos que me matam todos os dias, sim, mas amigos.

Bom, o dia de hoje foi bem desperdiçado pra mim, haha. Mas principalmente por um bom motivo: fiquei esperando a entrega da jaqueta que eu comprei. Chegou graças ao pai, porque eu pretendo ir no cinema com ela na terça ;).
Olha, não ficou perfeita em mim, e eu já cheguei a conclusão de que o problema não são as jaquetas, sou eu. Eu devo ser muito (muito) pequena mesmo porque TODAS ficam largas em mim. Essa que veio, ficou larga nos mesmos lugares: braços, punhos e costas. Pelo que estou vendo vou ter que mandar ajustar mesmo pra ficar perfeita, mas a que chegou hoje eu gostei muito. O couro é bem escuro, e parece ser mais resistente do que o da outra que eu tenho. Veio com um cinto que eu adorei também, e acho que vou conseguir usar bastante. Estou doida pra montar uns looks bem gótica loca pra sair de casa, hahaha.

Ai, apesar de algumas coisinhas, no geral minhas férias estão sendo muito felizes e muito bem aproveitadas. Estou conseguindo sair bastante e passar bastante tempo com minhas irmãs.
Ontem eu fui ver uma exposição no Rio com minha irmã e depois de lá, encontramos minha outra irmã pra irmos num café que ela conheceu e adorou. E que agora eu adoro também porque lá eu tomei o melhor. café. da. minha. vida. Sério, esse é o tipo de coisa que a gente nem imagina como pode ser melhor, mas pode sim, e muito. Eu não sei explicar direito, mas era muito muito gostoso. Agora eu entendo aquelas torras de café super caras que vendem por aí, haha. Depois de lá, demos um duro pra achar pão de queijo pra eu comer. Sempre fico dando trabalho pras pessoas quando saio pra comer em grupo, detesto isso. Mas elas foram bem pacientes, haha.

Hoje de manhã nós fomos num clube aqui perto, ficamos um bom tempo na beira do mar, num cais que tem lá. Lindo, calmo. O tipo de momento raro onde tudo está simplesmente bem. Ficamos lá um bom tempo, depois viemos pra casa, e já combinamos de ir num outro passeio no domingo. Quero mesmo aproveitar tudo o que puder, enquanto puder. O tempo passa muito rápido, e eu também não quero voltar a desenvolver meus antigos hábitos nada saudáveis.

Bom, está bem tarde mas eu queria muito escrever um pouco. Espero que amanhã eu faça coisas mais úteis, porque hoje foi meio disperso haha.
Só pra não perder o costume: tô doida pra ver Esquadrão Suicida.

Adieu,
Dill, xx.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Update--

Batman e pelinhos<3 br="">

Oolha a frequência dos posts, que coisa linda.
Acabei de acordar de uma soneca pesadísima porém curta, hah. É que estou tentando parar de tomar o café normal, e passar a tomar apenas o descafeinado, já que eu tenho ansiedade e nos últimos dias de aula eu estava tomando muito muito café pra ficar acordada, e não gostei nada disso. Não gosto de me alimentar mal, não sou dessas pessoas que come fritura sempre que pode. Na verdade, estou sempre procurando alternativas saudáveis pras coisas que eu como. Mas com essa coisa do café está sendo um pouco difícil, hoje fiquei muito sonolenta mesmo, e com um pouco de dor de cabeça.

Também parei de usar maquiagem todo dia pra ir pra faculdade e estou troquei o sabonete de enxofre que eu usava no rosto pelo Dove. Estou usando só isso, não uso mais tônico nem nada, só creme hidratante e protetor solar às vezes. Olha, minha pele está linda como nunca tinha visto na vida. Linda mesmo, com um brilho leve e natural, não aquele brilho exacerbado que ficava e que depois eu descobri ser causa do adstringente com muito álcool que eu usava. Só de parar de usar o tônico com álcool minha oleosidade diminui muito, mas aí fiquei sem opção pra tirar a maquiagem todo dia, e por isso parei de usar. Nos primeiros dias foi difícil porque apesar de minha pele estar boa, eu tenho muitas manchas no rosto por causa das antigas espinhas. Nessas férias estou me concentrando em cuidar bem da pele pra quando minhas aulas voltarem eu já estar quase sem manchas ;)

Ultimamente (nos últimos meses na verdade) tenho confundido muito meus sonhos com a realidade. Eu acordo achando que o que eu sonhei, aconteceu e que o que aconteceu, eu sonhei. Sério. Hoje acordei achando que tinha sonhado ter comprado um casaco de pelinhos, aí lembrei que era verdade. E sempre, vivo lembrando de coisas que aconteceram nos últimos dias que me parecem que foram sonho. Tenho um pouquinho de medo disso, hah.

Estou tentando colocar minhas séries em dia agora que tenho tempo. Terminei Penny Dreadful com o coração em pedaços, mas tudo bem. A Vanessa não tinha como levar aquela vida mesmo, haha. Mas achei o final corrido, mal feito. Não gostei das últimas cenas da Vanessa, parecia outra pessoa, e não acho que tenham explicado direito. Além disso, a Brona e o Dorian ficaram meio que sem final e o Dr. Jekyll entrou na série só pa fazer aquilo? Achei mal aproveitado :/
Agora vou terminar Orphan Black, começar a nova temporada de Mr. Robot, Demolidor e mais outras mil coisas, haha.

Adieu,
Dill, xx.


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Finding treasure

~fluffy~

Voilà! Estou em casa e oficialmente de férias. Na verdade ainda faltam algumas notas pra receber, mas nada que eu possa ter reprovado. Estou dormindo mais e tão feliz por isso. Sério, cada vez que vou dormir sabendo que não tenho hora pra acordar, meu coração fica extasiado.
Estou tentando sair bastante, não ficar em casa fazendo nada. Hoje fui na rua procurar um monte de coisa e acabei não achando nada, mas achei outras coisas muito legais. Consegui achar A BLUSA DA HERLEY QUINN *O*.  EU já tinha perdido as esperanças de encontrar porque mal lançou e acabou. Esse filme está com um hype do tamanho do Empire State hahah. Sério, um dia eu saí na rua e vi 3 pessoas com camiseta de Esquadrão Suicida e o filme nem estreou! hahah. Bom , estou muito muito feliz agora que vou poder ir com minha brusinha de Harleyy.
Eu também estava bem cismada com coisas felpudas nesses últimos tempos. Primeiro tentei comprar um casaco felpudo lá que saiu de estoque, aí fiquei pensando pensando, e procurando outros casacos felpudos. Não conseguia achar nenhum barato porque, bom, é uma peça cara mesmo. Mas o que eu sempre quis mesmo foi um cardigan felpudo porque é mais leve e discreto do que o casaco memso, mas esse então, era mais difícil de achar ainda.
Eis que hoje eu me deparo com um cardigan felpudo branco na C&A. Fiquei louca procurando na loja, não achei, aí pedi pra menina e ela pegou do manequim mesmo pra mim XD. É lindo lindo lindo lindo. Sério, os pelos são perfeitos, lindo demais. Não gostei muito dos botões, mas usando aberto praticamente não aparece. Ai, estou apaixonada.

Acabou que eu gastei metade da minha mesada em um dia né. Mesmo assim, só comprei porque sabia que ia dar pra pagar, só que a partir de agora vou ter que me segurar MUITO. Esse mês vou ver Esquadrão Suicida ainda e pretendo comprar aquele combo de pipoca feita de milho de ouro que eles vendem. Realmente preciso para agora.

 Agora vou tentar aproveitar meu diazinho aqui.

Bisouss,
Dill, xx.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Dear head, shut up

Daddy Issues
 Dear head, shut up
I can't listen no more.
It's late,
so shut up.
Is one night too much to ask for?

São 3:42 da manhã e eu estou acordada, escrevendo aqui. O problema é que o café realmente funciona.
É que eu tinha um trabalho pra fazer pra amanhã e queria já deixar feito hoje, pra amanhã eu fazer só a revisão. Pra isso, eu tomei café às 17 e pouca da tarde. Só que eu tomei duas xícaras. Deu uma da manhã, duas, eu terminei o trabalho, deitei na cama e estava me sentindo nervosa. O coração palpitando, a cabeça queimando, a respiração rápida. Ainda estou mais ou menos assim, mas acho que é porque eu estava dançando igual uma louca no meu quarto (dança é um jeito estranho de definir isso, já que eu fico pulando e socando o ar com meus halteres). Bom, me deu fome aí fui na cozinha, acabei com uma torta de maçã que eu tinha feito hoje mesmo, tomei chá de cidreira pra me dar sono, e acabei fazendo um "pão de queijo" de sanduicheira, mas botei muito ovo e ficou praticamente um omelete. Omelete às duas da manhã. A que ponto chegamos, hah.

Bom, agora estou no meu quarto, meio elétrica, mas com a cabeça sonolenta, que aliás, é como eu tenho passado minhas últimas semanas.
Vim pra casa na quarta-feira fugindo igual o Escobar foge da Federal, mas voltei ainda com dois trabalhos pra fazer. E gastei o dia de hoje praticamente inteiro nisso. Consegui terminar um, e o outro eu acabo amanhã. Vai ser meu último laço com o primeiro semestre, e aí vou estar livre. Por três semanas. Mas cara, são três semanas. Vou aproveitar.
Durante essas semanas vou tentar ir "malhar" todo dia num clube que tem aqui perto, quero ler meus livros e ver filmes. Aliás EU VOU VER ESQUADRÃO SUICIDAA *O*.  Finalmente esse filme vai estrear meu deus. Não pude comprar meu taco pra ir no cinema, mas tudo bem, haha.

Bom, agora está batendo um soninho. Quem sabe eu durmo um pouco ainda hoje.

Bisouss,
Dill.